Cientistas encontram nova pista para vida em Marte
Um vasto oceano de gelo coberto com poeira é o local mais provável para a existência de vida em Marte, informaram hoje o jornal britânico Times. Em um estudo publicado na Geophysical Research Letters, a equipe do pesquisador Lewis Dartnell, da Universidade de Londres, analisou as imagens enviadas pela Mars Express, sonda da Agência Espacial Européia.
O equipamento revelou uma massa de gelo na região de Elysium, local rico em vulcões adormecidos nas proximidades da linha do Equador marciana. Os cientistas acreditam que a poeira foi espalhada pela superfície de gelo depois de violentas tempestades, cobrindo uma área conhecida por Mar do Norte.
O estudo sugere que, há milhares de anos atrás, a água se infiltrou nas fissuras antes de congelar, carregando micróbios com ela. Segundo os estudiosos, esses microorganismos usaram o gelo a cerca de 7,5 metros abaixo da superfície para se proteger da luz ultravioleta e da intensa radiação que atinge a superfície do planeta.
Subsolo de Marte pode esconder água e CO2.
A água e o dióxido de carbono (CO2) que formavam a densa atmosfera de Marte se dispersaram em pequenas proporções no espaço e poderiam estar contidos no subsolo do planeta vermelho, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos.
Uma equipe de pesquisadores europeus determinou, com base nos dados recolhidos pela sonda européia Mars Express, que uma pequena parte da atmosfera de Marte, desaparecida há cerca de 3,5 bilhões de anos, de fato escapou para o espaço sob o efeito dos ventos solares.
Stas Barabash, do Instituto de Física Espacial da Suécia e Jean-André Sauvaud, do Centro de Estudos Espaciais de Raios em Toulouse, na França, são dois dos autores desta pesquisa, que será publicada na revista Science. Eles estabeleceram que apenas entre 0,2 e 4 milibares (unidade de pressão) de CO2 e alguns centímetros de água foram perdidos no espaço.
Ao tentar descobrir para onde foi à atmosfera densa de Marte, os pesquisadores estimam que ela poderia estar no subsolo do planeta. Dois robôs americanos, Opportunity e Spirit, confirmaram que a atmosfera de Marte continha água e CO2. Vários indícios, como camadas de sedimentos e traços de margens e leitos de rios secos, testemunham uma atividade hidrológica intensa no passado de Marte.
A água líquida não está presente hoje na superfície de Marte. A quantidade de vapor d'água na atmosfera é muito baixa e a água sob forma de gelo existe apenas nas calotas polares e em algumas crateras. Mas essas quantidades de água não são suficientes para explicar os traços geológicos observados, o que leva os cientistas a desconfiar de que poderia haver grandes quantidades de água no subsolo do planeta.
Sondas Viking podem ter destruído vida em Marte
Um cientista americano apresentou a hipótese de que as sondas Viking, que chegaram a Marte há 30 anos, possam ter achado rastros de vida nesse planeta, que, no entanto destruíram por ignorância. Num relatório apresentado durante uma reunião da Sociedade Astronômica dos Estados Unidos, em Seattle, Dirk Schulze, da Universidade de Washington, disse no fim de semana que "é possível" que já tenha acontecido um encontro com "a vida" em Marte.
As missões das duas sondas, que chegaram a Marte em 1976 e 1977, informaram que, definitivamente, não havia nenhum tipo de vida no árido planeta. As condições de frio e calor extremos impediriam um desenvolvimento biológico como o da Terra. Segundo Schulze, as naves da Nasa buscavam formas de vida similares à da Terra, onde o elemento crucial é a água salgada.
No entanto, a vida em Marte poderia ter evoluído com um fluido formado por água e peróxido de hidrogênio, que mantém sua forma líquida sob temperaturas muito baixas e não congela as células. Além disso, o líquido seria compatível com processos biológicos se fosse acompanhado por outros compostos estabilizadores, que protegem as células de seus efeitos nocivos.
Schulze observou que a substância desempenha funções úteis nas células de muitos organismos terrestres, inclusive mamíferos. As sondas não detectaram vida baseada em peróxido e é até possível que tenham eliminado seres vivos, afogando e superaquecendo micróbios, disse.
Uma das experiências das Viking consistia em lançar água no céu e aquecer. "O problema é que os cientistas da época não tinham idéia de qual era o ambiente em Marte", afirmou. "Se a hipótese está certa, isso significaria que matamos os micróbios marcianos durante nosso primeiro contato extraterrestre. Eles foram afogados pela nossa ignorância", sugeriu.
A missão Phoenix da Nasa partirá em agosto deste ano para estudar o ambiente do planeta. Não está prevista uma investigação sobre a existência do peróxido, mas a nave descerá numa região subpolar cujas baixas temperaturas poderiam facilitar o ambiente para a existência de micróbios do tipo previsto por Schulze.
http://noticias.terra.com.br
Um vasto oceano de gelo coberto com poeira é o local mais provável para a existência de vida em Marte, informaram hoje o jornal britânico Times. Em um estudo publicado na Geophysical Research Letters, a equipe do pesquisador Lewis Dartnell, da Universidade de Londres, analisou as imagens enviadas pela Mars Express, sonda da Agência Espacial Européia.
O equipamento revelou uma massa de gelo na região de Elysium, local rico em vulcões adormecidos nas proximidades da linha do Equador marciana. Os cientistas acreditam que a poeira foi espalhada pela superfície de gelo depois de violentas tempestades, cobrindo uma área conhecida por Mar do Norte.
O estudo sugere que, há milhares de anos atrás, a água se infiltrou nas fissuras antes de congelar, carregando micróbios com ela. Segundo os estudiosos, esses microorganismos usaram o gelo a cerca de 7,5 metros abaixo da superfície para se proteger da luz ultravioleta e da intensa radiação que atinge a superfície do planeta.
Subsolo de Marte pode esconder água e CO2.
A água e o dióxido de carbono (CO2) que formavam a densa atmosfera de Marte se dispersaram em pequenas proporções no espaço e poderiam estar contidos no subsolo do planeta vermelho, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos.
Uma equipe de pesquisadores europeus determinou, com base nos dados recolhidos pela sonda européia Mars Express, que uma pequena parte da atmosfera de Marte, desaparecida há cerca de 3,5 bilhões de anos, de fato escapou para o espaço sob o efeito dos ventos solares.
Stas Barabash, do Instituto de Física Espacial da Suécia e Jean-André Sauvaud, do Centro de Estudos Espaciais de Raios em Toulouse, na França, são dois dos autores desta pesquisa, que será publicada na revista Science. Eles estabeleceram que apenas entre 0,2 e 4 milibares (unidade de pressão) de CO2 e alguns centímetros de água foram perdidos no espaço.
Ao tentar descobrir para onde foi à atmosfera densa de Marte, os pesquisadores estimam que ela poderia estar no subsolo do planeta. Dois robôs americanos, Opportunity e Spirit, confirmaram que a atmosfera de Marte continha água e CO2. Vários indícios, como camadas de sedimentos e traços de margens e leitos de rios secos, testemunham uma atividade hidrológica intensa no passado de Marte.
A água líquida não está presente hoje na superfície de Marte. A quantidade de vapor d'água na atmosfera é muito baixa e a água sob forma de gelo existe apenas nas calotas polares e em algumas crateras. Mas essas quantidades de água não são suficientes para explicar os traços geológicos observados, o que leva os cientistas a desconfiar de que poderia haver grandes quantidades de água no subsolo do planeta.
Sondas Viking podem ter destruído vida em Marte
Um cientista americano apresentou a hipótese de que as sondas Viking, que chegaram a Marte há 30 anos, possam ter achado rastros de vida nesse planeta, que, no entanto destruíram por ignorância. Num relatório apresentado durante uma reunião da Sociedade Astronômica dos Estados Unidos, em Seattle, Dirk Schulze, da Universidade de Washington, disse no fim de semana que "é possível" que já tenha acontecido um encontro com "a vida" em Marte.
As missões das duas sondas, que chegaram a Marte em 1976 e 1977, informaram que, definitivamente, não havia nenhum tipo de vida no árido planeta. As condições de frio e calor extremos impediriam um desenvolvimento biológico como o da Terra. Segundo Schulze, as naves da Nasa buscavam formas de vida similares à da Terra, onde o elemento crucial é a água salgada.
No entanto, a vida em Marte poderia ter evoluído com um fluido formado por água e peróxido de hidrogênio, que mantém sua forma líquida sob temperaturas muito baixas e não congela as células. Além disso, o líquido seria compatível com processos biológicos se fosse acompanhado por outros compostos estabilizadores, que protegem as células de seus efeitos nocivos.
Schulze observou que a substância desempenha funções úteis nas células de muitos organismos terrestres, inclusive mamíferos. As sondas não detectaram vida baseada em peróxido e é até possível que tenham eliminado seres vivos, afogando e superaquecendo micróbios, disse.
Uma das experiências das Viking consistia em lançar água no céu e aquecer. "O problema é que os cientistas da época não tinham idéia de qual era o ambiente em Marte", afirmou. "Se a hipótese está certa, isso significaria que matamos os micróbios marcianos durante nosso primeiro contato extraterrestre. Eles foram afogados pela nossa ignorância", sugeriu.
A missão Phoenix da Nasa partirá em agosto deste ano para estudar o ambiente do planeta. Não está prevista uma investigação sobre a existência do peróxido, mas a nave descerá numa região subpolar cujas baixas temperaturas poderiam facilitar o ambiente para a existência de micróbios do tipo previsto por Schulze.
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