Marte é o principal e mais acessível laboratório planetário para o teste experimental da hipótese exobiológica. Frustração das Viking levou o planeta a um esquecimento temporário.
Por: Eduardo Dorneles Barcelos e Jorge Alberto Quillfeldt
A hipótese exobiológica, ou seja, a hipótese de que existe vida em outros locais do Universo,é antiga como nossa civilização, tendo experimentado sucessivos ressurgimentos em função de determinadas descobertas científicas: desde os "canais de Marte", equivocadamente descritos por Lowell no final do século 19, até o impacto dos experimentos de síntese de biomoléculas em ambientes primitivos simulados por Stanley Miller em 1953. Sempre houve breves ciclos de euforia seguidos de longas pausas céticas.
Após milênios de especulações sobre a possibilidade de que não estejamos a sós no Universo, a ciência deflagrou um aparato de investigação para a busca de formas de vida, inteligentes ou não, localizadas no Sistema Solar ou entre as estrelas. Tudo começou no final dos anos 50, quando o vôo espacial ainda engatinhava e a própria biologia moderna recém iniciava sua revolução.
Naquele momento não tínhamos ferramentas para testar in loco a hipótese exobiológica. Porém, se o bom senso sugeria que a vida era possível em outras paragens, por que também não vida inteligente? Daí a supormos a existência de civilizações tecnológicas com capacidade de comunicação, era um passo.
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