Infelizmente, alguns se entregam à sôfrega e insaciável sede de poder, vendendo sua dignidade e anestesiando suas consciências, fazendo das badalações, e das corrupções, trampolins para galgarem postos, e da infelicidade alheia meio de se enriquecerem.
Sem dúvida alguma, grande parte da humanidade está se deteriorando moral e espiritualmente. O ser humano está cada vez mais animalesco e cruéis, em cujos crimes demonstram ferocidade, os quais estão aumentando dia a dia, e cada vez mais brutais, de forma que nenhum governante terá condições de contê-los, cuja única arma para combatê-los será primeiramente a sua automoralização, e depois o rigor das Leis, o respeito às normas legais, com punições exemplares e severas aos infratores, não importando a idade, o sexo e as posições sociais.
As religiões por sua vez estão desvirtuando seus fins, se locupletando com a ignorância, o fanatismo e a desgraça alheia, cujos fieis na sua grande maioria são sugestionáveis e infelizes, que por esta razão agarram-se a estas religiões, como as únicas tábuas da salvação, e são sempre enganados pelos falsos profetas.
Outros são vítimas das prepotências, das arbitrariedades, do egocentrismo e das maldades próprias dos déspotas e traidores, que infelizmente atingem o poder, enganando a fé pública e o povo, pisando e esmagando os seus semelhantes, em face aos desvios de caráter, e suas ganâncias desenfreadas, seus recalques e frustrações; com os condimentos da falsidade, da invencionice , das detrações, das mentiras e das corrupções, que volatilizadas no ar, depois de tramadas, sussurradas, cochichadas, e acobertadas pelas altas cúpulas, em face aos interesses escusos, principalmente os interesses políticos.
E pelo fato destas práticas fazerem parte de um “Sistema”, seus atos se tornam impalpáveis como os germes das grandes epidemias. Lamentavelmente, o homem que quiser sobreviver com menos percalços, discriminações, perseguições e sofrimentos, neste mundo das formas, mesmo contra a sua formação moral, terá de dançar de acordo com a sintonia da batuta corrupta do maestro, no ritmo da hipocrisia, da incompetência, da corrupção e da falsidade, que nos atingem como um punhal, com a crueldade dos aleives.
Sem dúvida alguma, a exemplo de outras civilizações que sucumbiram, estamos nas últimas páginas da história deste “Planeta dos Homens Maus”. Mas, para nos conformarmos, servindo-nos de bálsamo, o vosso irmão, Jesus, também foi considerado em seu tempo como um perturbador da ordem pública, uma ameaça para os senhores donos absolutos da verdade, numa época em que o povo o aclamava e o campo estava inculto.
Era ousado demais... Chegava a ser insulto aos Césares, ao Clero, e aos poderosos, que tinham medo de serem desmoralizados, de perderem seus poderes políticos com a conscientização daquele povo liderado pelo seu mestre e profeta, que muito embora não fosse deste mundo, preocupava-se com as injustiças do seu tempo, aclamando que todos que o céu cobria eram irmãos eram iguais... Que não havia superiores, nem grandes, nem pequenos, servos ou senhores, e por isso, foi traído pelo seu irmão de sangue chamado Judas.
Ele julgado pelos seus próprios discípulos, e sentenciado por Poncio Pilatos a morrer na cruz, pelas mãos dos romanos. E para que não mais haja outros Ieshus condenados a morrerem na cruz, pedimos a intervenção urgente por parte de vocês, Seres Alienígenas e que podemos chamar de “Irmãos do Espaço”, para elaborarem e aplicarem a verdadeira Justiça, acabando de vez, com a corrupção e a impunidade que assola os governantes, os políticos, na sua grande maioria corruptos e os poderosos, os quais são exemplos e estímulos para todos os criminosos comuns, que estão a cada minuto mais violento, atacando com ferocidade novas vítimas, dentre outras práticas nocivas; seqüestrando, estuprando e matando inocentes.
Dr. JOSÉ GUILHERME RAIMUNDO
Professor de Direito Penal e Processo Penal na Universidade Bandeirantes de São Paulo. Doutor em Psicologia, pela Universidade Metropolitana de São Paulo
(Escrevi este artigo, o qual publicado no Jornal O Estado de São Paulo, quarta-feira, dia quatro de outubro de 1994, num desabafo, ao constatar tantas corrupções políticas e administrativas em nosso País.