quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Corpo de Luz


Corpo de Luz

Como terapias baseadas na existência de uma "energia vital” , como a acupuntura ou a homeopatia, obtêm sucesso? Até algumas décadas atrás, a ciência não tinha nenhuma explicação para isso. Mas algumas descobertas feitas desde então deram fôlego para uma nova hipótese a do biocampo -, que defende a existência de um campo eletromagnético de fraca intensidade produzido por todos os seres vivos.

Esse campo biológico que interage com o meio próximo pode ser o ponto de partida para a convergência entre as perspectivas ocidental e oriental na medicina. Nos séculos 19 e 20, a medicina no Ocidente era território cativo da perspectiva mecanicista o que significa dizer que o ser humano é visto como uma máquina (por mais maravilhosa e surpreendente que ela seja).

A saúde deriva do bom funcionamento dessa máquina e a doença nada mais é do que um defeito de uma ou mais peças. A medicina alopática reinava como representante inconteste dessa linha de pensamento, incumbida de "consertar" o corpo com tratamentos baseados em remédios que combinam substâncias químicas, além de radiações nucleares e cirurgias.

As últimas décadas, porém, têm registrado um avanço de outras formas de terapia sobre as fronteiras antes inexpugnáveis da alopatia.

No Brasil, o progresso recente mais notável nesse sentido foi feito pela acupuntura ¬ela atingiu tamanho grau de aceitação que já conseguiu ingressar na rede pública de saúde e faz parte do currículo de conceituadas faculdades de medicinas do País.

Um estágio semelhante foi alcançado pela homeopatia, enraizada por aqui desde o século 19. Se evidências estatísticas apontam para o bom funcionamento dessas terapias e de outras na mesma linha, como o shiatsu, a medicina tradicional chinesa e a quiropatia , é lógico supor que algum fundamento científico existe por trás delas.

Até algum tempo atrás, porém, além da má vontade dos pesquisadores ortodoxos ao encarar esse assunto, faltavam também elementos em que se basear para fazer as devidas correlações.

De forma algo indireta, porém, foi da própria ciência ortodoxa que vieram as descobertas preliminares nesse sentido: de acordo com seus estudos, os organismos vivos passaram a serem vistos como sistemas complexos, não lineares e auto organizados, que permutam constantemente energia e informações com sua vizinhança para sobreviver.

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