Planetas fora do Sistema Solar
Note-se que ainda não detectamos diretamente nenhum planeta fora do Sistema Solar, embora desde 1992 existam evidências gravitacionais (efeito Doppler nas linhas espectrais demonstrando movimento em torno do centro de massa) da existência de mais de sessenta deles em várias estrelas na nossa Galáxia.
Não podemos detectar os planetas diretamente porque a estrela em volta da qual o planeta orbita é muito mais brilhante que o planeta, ofuscando-o. Estes métodos indiretos, gravitacionais, só conseguem detectar grandes planetas, tipo Júpiter, que não podem conter vida como a conhecemos, porque têm atmosferas imensas e de altíssima pressão sobre pequenos núcleos rochosos.
Planetas pequenos, como a Terra, requerem precisão muito maior do que a atingível pelas observações atuais. Como os efeitos gravitacionais só indicam a massa e a distância do planeta à estrela, não podem detectar nenhum sinal de vida. A estimativa do número N de civilizações na nossa Galáxia pode ser discutida com o auxílio da equação de Drake, proposta por Frank Drake (1930-), diretor do projeto SETI:
Onde fp é a fração provável de estrelas que tem planetas (menor que 0,4), fv é a fração provável de planetas que abrigam vida, fi é a fração provável de planetas que abrigam vida e desenvolveram formas de vida inteligente, fc é a fração provável de planetas que abrigam vida inteligente e que desenvolveram civilizações tecnológicas com comunicação eletromagnética, é a taxa de formação de estrelas na Galáxia, e Tt é o tempo provável de duração de uma civilização tecnológica.
A única variável razoavelmente bem conhecida é . Podemos fazer um cálculo otimista, supondo que a vida como a nossa pulula na Galáxia, assumindo N = fp Tt, isto é, que o número de planetas com vida inteligente seria dado pelo número de novas estrelas vezes a duração de uma civilização tecnológica.
Usando =3/ano, fp = 0,4, e Tt de um século, chega-se a N=120. Podemos estimar a distância média entre estas "civilizações", assumindo que estão distribuídas pela nossa Galáxia. Como nossa galáxia tem aproximadamente 100 000 anos-luz de diâmetro por 1000 anos-luz de espessura, o volume total da galáxia é da ordem de e a distância média entre estas "civilizações" (dc )onde Se N=120, obtemos anos-luz. Num cálculo pessimista, o valor de N pode cair por uma fator de um milhão. Nesse caso, para haver uma única civilização tecnológica na galáxia além da nossa, ela deveria durar no mínimo 300 mil anos.
Continua
Note-se que ainda não detectamos diretamente nenhum planeta fora do Sistema Solar, embora desde 1992 existam evidências gravitacionais (efeito Doppler nas linhas espectrais demonstrando movimento em torno do centro de massa) da existência de mais de sessenta deles em várias estrelas na nossa Galáxia.
Não podemos detectar os planetas diretamente porque a estrela em volta da qual o planeta orbita é muito mais brilhante que o planeta, ofuscando-o. Estes métodos indiretos, gravitacionais, só conseguem detectar grandes planetas, tipo Júpiter, que não podem conter vida como a conhecemos, porque têm atmosferas imensas e de altíssima pressão sobre pequenos núcleos rochosos.
Planetas pequenos, como a Terra, requerem precisão muito maior do que a atingível pelas observações atuais. Como os efeitos gravitacionais só indicam a massa e a distância do planeta à estrela, não podem detectar nenhum sinal de vida. A estimativa do número N de civilizações na nossa Galáxia pode ser discutida com o auxílio da equação de Drake, proposta por Frank Drake (1930-), diretor do projeto SETI:
Onde fp é a fração provável de estrelas que tem planetas (menor que 0,4), fv é a fração provável de planetas que abrigam vida, fi é a fração provável de planetas que abrigam vida e desenvolveram formas de vida inteligente, fc é a fração provável de planetas que abrigam vida inteligente e que desenvolveram civilizações tecnológicas com comunicação eletromagnética, é a taxa de formação de estrelas na Galáxia, e Tt é o tempo provável de duração de uma civilização tecnológica.
A única variável razoavelmente bem conhecida é . Podemos fazer um cálculo otimista, supondo que a vida como a nossa pulula na Galáxia, assumindo N = fp Tt, isto é, que o número de planetas com vida inteligente seria dado pelo número de novas estrelas vezes a duração de uma civilização tecnológica.
Usando =3/ano, fp = 0,4, e Tt de um século, chega-se a N=120. Podemos estimar a distância média entre estas "civilizações", assumindo que estão distribuídas pela nossa Galáxia. Como nossa galáxia tem aproximadamente 100 000 anos-luz de diâmetro por 1000 anos-luz de espessura, o volume total da galáxia é da ordem de e a distância média entre estas "civilizações" (dc )onde Se N=120, obtemos anos-luz. Num cálculo pessimista, o valor de N pode cair por uma fator de um milhão. Nesse caso, para haver uma única civilização tecnológica na galáxia além da nossa, ela deveria durar no mínimo 300 mil anos.
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