domingo, 25 de março de 2007

Carl Sagan é fonte de inspiração para cientistas e ufólogos até hoje

Equipe UFOs
Renato
A. Azevedo é engenheiro e escritor, co-editor do site Aumanack [www.aumanack.com], colunista da revista Scifi News [www.scifinews.com.br] e consultor da Revista UFO. Leia abaixo seu texto.

“O cosmos é tudo o que existe, que existiu ou que existirá. Nossas contemplações mais despretensiosas dele nos induzem a um calafrio na espinha, uma perda de voz e sensação de vazio, como em uma memória distante de uma queda a grande altura. Sentimos que estamos próximos do maior dos mistérios”.


Com essas palavras, quase poéticas, se inicia uma das mais importantes obras daquele que é conhecido como o maior divulgador científico de todos os tempos, Carl Sagan.
Ele é freqüentemente lembrado como cético e, infelizmente, sempre mencionado nos meios ufológicos como um “chato” empedernido e sem imaginação, desses que não acreditam em nada e arrumam qualquer argumento, mesmo que absurdo, para desqualificar o que chamam de pseudociências – entre as quais incluem a Ufologia.


Mas é completamente errado pensar assim. É muito preocupante que membros da Comunidade Ufológica Brasileira, além de destratarem o nome e a obra de Sagan, ainda critiquem seu “excessivo cientificismo” quanto ao Fenômeno UFO.
É lamentável que essas pessoas – muitas das quais poderiam ser chamadas de “excessivamente crentes” – não conheçam mais a fundo a obra de Sagan e cometam a injustiça de colocá-lo na mesma categoria de outros indivíduos desqualificados, críticos contumazes da Ufologia.

Sagan, sem dúvida, acreditava na existência de vida extraterrestre. No próprio capítulo inicial de sua premiada série Cosmos [1980], mostrou que existem centenas de bilhões de galáxias, cada uma contendo em média centenas de bilhões de estrelas.

Já na época em que a série para TV e o livro homônimo eram produzidos, no final dos anos 1970, o autor defendia que deveriam existir, talvez, tantos planetas quanto estrelas nas galáxias.



Afirmando que na parte do universo que conhecemos deve existir dez bilhões de trilhões de planetas, Sagan defendia a existência de vida extraterrestre claramente. “Face a esses números esmagadores, qual a probabilidade de que uma única estrela comum, o Sol, seja acompanhada por um planeta habitado?

Por que seríamos nós, aconchegados em alguma esquina perdida do cosmos, tão afortunados? Para mim, parece bem mais provável que o universo esteja repleto de vida”.
Quantos foram os astrônomos, nos últimos anos, mesmo face a tantas descobertas extraordinárias na área de planetas extrassolares e organismos extremófilos [Capazes de viver em circunstâncias onde antes não se acreditava possível], a fazer afirmações como esta? Assim foi Sagan, quase sempre “profetizando” fatos que depois seriam constatados.


Com a descoberta de mais de 200 planetas existentes fora do Sistema Solar e de várias espécies de organismos vivendo na Terra em condições há alguns anos consideradas impossíveis – até o momento em que este artigo está sendo elaborado –, a maioria dos cientistas atuais já aceita tranqüilamente a existência de vida extraterrestre e o fato de que, em nosso sistema, o planeta Marte e os satélites Europa e Titã, respectivamente de Júpiter e Saturno, são fortes candidatos a hospedá-la.


Aliás, Sagan foi um dos primeiros astrônomos a apontar que poderia haver oceanos nestas luas. Hoje, muitos cientistas falam abertamente da possibilidade de vida extraterrestre em planetas e satélites de outros sistemas estelares, e até exoplanetas gigantes já foram descobertos dentro do que chamam de “zona habitável” do espaço, mas Sagan foi o precursor disso.
Se tais planetas possuírem corpos ao redor, é altamente provável que tenham condições para abrigar água líquida, e portanto, serem berços de vida.

Leia a matéria na íntegra adquirindo a Revista UFO 130.
fonte:
http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=2672

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