Após análise de dados obtidos pelo telescópio espacial Spitzer,
cientistas concluem que Universo está recheado de planetas com
dois ou mais sóis, como Tatooine, da série Guerra nas estrelas
Agência FAPESP
Em uma famosa cena de Guerra nas estrelas, logo no início do primeiro filme da série, de 1977, Luke Skywalker está ao lado da casa de seus pais adotivos, ao entardecer, enquanto a câmera se movimenta e mostra que o planeta Tatooine tem não apenas um, mas dois sóis.
O duplo pôr-do-sol criado por George Lucas pode deixar de ser encarado como ficção. Um grupo de astrônomos dos Estados Unidos, usando o telescópio espacial Spitzer, da agência espacial Nasa, concluiu que sistemas planetários são tão ou mais abundantes em sistemas de estrelas duplas do que naqueles de uma única estrela, como o Sistema Solar do qual a Terra faz parte.
Como mais da metade de todas as estrelas faz parte de sistemas estelares binários ou múltiplos, a descoberta feita agora permite concluir que o Universo está recheado de planetas com dois sóis.
“Aparentemente, não há impedimento algum para a existência de sistemas planetários em sistemas binários. Deve haver incontáveis planetas com dois sóis ou mais”, disse David Trilling, da Universidade do Arizona, que coordenou o estudo, em comunicado da Nasa. Os resultados do estudo estão publicados na edição atual do Astrophysical Journal.
Astrônomos já sabiam que planetas podem se formar em sistemas binários muito amplos, nos quais a distância entre as estrelas é mais de mil vezes a distância da Terra ao Sol, ou mil unidades astronômicas. Dos cerca de 200 planetas além do Sistema Solar descobertos até agora, uns 50 orbitam um dos membros de uma dupla estelar dessa magnitude.
O novo estudo se concentrou em sistemas com estrelas binárias mais próximas, separadas a distâncias que variam entre zero e 500 unidades astronômicas. Trilling e colegas usaram os sensores de infravermelho do Spitzer para procurar não por planetas, mas por discos de poeira em sistemas binários.
Tais discos são formados por pedaços de rocha que não chegaram a se formar em planetas. De acordo com os pesquisadores, a presença desses detritos indica que o processo de construção de planetas ocorreu em torno de uma estrela, ou estrelas, possivelmente resultando em planetas maduros.
Os cientistas procuraram por discos de poeira em 69 sistemas binários localizados entre 50 e 200 anos-luz da Terra. Todas as estrelas eram mais novas e mais massivas do que o Sol, que se encontra na meia-idade. Os resultados indicaram que cerca de 40% dos sistemas tinham discos, taxa superior à verificada em sistemas de uma só estrela.
Os astrônomos também se surpreenderam ao descobrir que os discos de poeira eram ainda mais freqüentes (cerca de 60%) nos sistemas em que as estrelas estavam mais próximas umas das outras. O Spitzer detectou discos que orbitavam não apenas uma, mas as duas estrelas ao mesmo tempo, o que permitiria cenários como o de Tatooine.
www.nasa.gov/spitzer
Em uma famosa cena de Guerra nas estrelas, logo no início do primeiro filme da série, de 1977, Luke Skywalker está ao lado da casa de seus pais adotivos, ao entardecer, enquanto a câmera se movimenta e mostra que o planeta Tatooine tem não apenas um, mas dois sóis.
O duplo pôr-do-sol criado por George Lucas pode deixar de ser encarado como ficção. Um grupo de astrônomos dos Estados Unidos, usando o telescópio espacial Spitzer, da agência espacial Nasa, concluiu que sistemas planetários são tão ou mais abundantes em sistemas de estrelas duplas do que naqueles de uma única estrela, como o Sistema Solar do qual a Terra faz parte.
Como mais da metade de todas as estrelas faz parte de sistemas estelares binários ou múltiplos, a descoberta feita agora permite concluir que o Universo está recheado de planetas com dois sóis.
“Aparentemente, não há impedimento algum para a existência de sistemas planetários em sistemas binários. Deve haver incontáveis planetas com dois sóis ou mais”, disse David Trilling, da Universidade do Arizona, que coordenou o estudo, em comunicado da Nasa. Os resultados do estudo estão publicados na edição atual do Astrophysical Journal.
Astrônomos já sabiam que planetas podem se formar em sistemas binários muito amplos, nos quais a distância entre as estrelas é mais de mil vezes a distância da Terra ao Sol, ou mil unidades astronômicas. Dos cerca de 200 planetas além do Sistema Solar descobertos até agora, uns 50 orbitam um dos membros de uma dupla estelar dessa magnitude.
O novo estudo se concentrou em sistemas com estrelas binárias mais próximas, separadas a distâncias que variam entre zero e 500 unidades astronômicas. Trilling e colegas usaram os sensores de infravermelho do Spitzer para procurar não por planetas, mas por discos de poeira em sistemas binários.
Tais discos são formados por pedaços de rocha que não chegaram a se formar em planetas. De acordo com os pesquisadores, a presença desses detritos indica que o processo de construção de planetas ocorreu em torno de uma estrela, ou estrelas, possivelmente resultando em planetas maduros.
Os cientistas procuraram por discos de poeira em 69 sistemas binários localizados entre 50 e 200 anos-luz da Terra. Todas as estrelas eram mais novas e mais massivas do que o Sol, que se encontra na meia-idade. Os resultados indicaram que cerca de 40% dos sistemas tinham discos, taxa superior à verificada em sistemas de uma só estrela.
Os astrônomos também se surpreenderam ao descobrir que os discos de poeira eram ainda mais freqüentes (cerca de 60%) nos sistemas em que as estrelas estavam mais próximas umas das outras. O Spitzer detectou discos que orbitavam não apenas uma, mas as duas estrelas ao mesmo tempo, o que permitiria cenários como o de Tatooine.
www.nasa.gov/spitzer
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