segunda-feira, 28 de maio de 2007

Reencarnação

Não lhes disse que eles veriam uma luz, nem que se encontrariam com alguma pessoa que tinham conhecido em vida, e tampouco que passariam pelo interior de um túnel. Uma média de 49% conheceu sensações de calma e paz profundas e não encontrou dificuldades para aceitar a própria morte. Outros 30% experimentaram sentimentos muito positivos de alegria e libertação. 20%, em média, viram seu corpo depois de haver morrido e flutuaram acima dele enquanto observavam a atividade que lhe ocorria em torno.

A crermos no relato dos meus sujeitos depois que despertaram da hipnose não há dúvida de que a morte foi a melhor parte da viagem. Reiteradas vezes contaram que era agradabilíssimo morrer, e descreveram a sensação de libertação que experimentaram depois de haver deixado seus corpos. Até sujeitos que sentiam um medo terrível de morrer antes do seminário me contaram que, depois de experimentar a morte numa vida passada, tinham perdido o medo em sua existência atual.

- Morrer era como ser libertado, voltar novamente para casa. Como se um grande fardo tivesse sido erguido dos meus ombros quando deixei o corpo e flutuei na direção da luz. Eu sentia afeição pelo corpo em que vivera naquela existência, mas era tão bom ser livre!

Eis aí uma resposta muito comum à experiência da morte em minha amostra. As emoções que meus sujeitos experimentavam por ocasião da morte eram tão fortes que se refletiam em seus corpos atuais. Meus olhos se encheram de lágrimas de alegria quando você levou à experiência da morte, - disse um sujeito.
- As lágrimas me deslizavam pelas faces no presente, mas todo o meu corpo sentiu levíssimo logo depois que morri.

Cerca de 10% dos meus sujeitos afirmaram ter-se sentido transtornados ou ter experimentado emoções de tristeza por ocasião da morte. Experimentavam tais emoções em virtude do tipo de morte ou das pessoas que deixavam para trás. Surpreenderam-se ao ver-se fora de seus corpos e mesmo assim tentaram manter contato com seus entes amados.

- Sinto-me tão triste porque estou deixando aqui meus dois filhos, - disse um sujeito do sexo feminino, que morreu de parto. - Estou preocupada por não saber quem tomará conta deles e fico perto do meu corpo, tentando consolar meu marido.

Continua

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