Não faltou quem dissesse que os pés do salvador não foram cravados, mas simplesmente amarrados à cruz com cordas; mas tal hipótese tem em contra, tanto o testemunho unânime da tradição, que vê em Jesus crucificado o cumprimento daquele célebre vaticínio: "transpassaram minhas mãos e meus pés" (Sl 21); como nos próprios evangelhos, pois lemos em São Lucas (Lc 24, 39-40) “vejam minhas mãos e meus pés; sou eu mesmo; apalpem e vejam. E, dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés”.
Diz Bosssuet: como descrever os padecimentos morais que nosso Senhor Jesus Cristo suportou durante sua horrorosa agonia, quando uma multidão saciava seus olhos com o espetáculo daquela agonia, acompanhando-o com todo tipo de ultrajes que lhe encheram até o último momento? Além disso, sofria ao ver o olhar abnegado de sua mãe e de seus amigos, a quem suas dores tinham prostrado em profunda tristeza.
Todo Ele era, digamos assim, um tormento em seus membros, em seu espírito, em seu coração e em sua alma. De todas as mortes, a da cruz era a mais desumana, suplício infame, que no império romano se reservava aos escravos (servile suppliciun).
Depois das palavras no Getsemaní vêm as pronunciadas no Gólgota, que testemunham esta profundidade, única na história do mundo: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" Suas palavras não são só expressão daquele abandono, são palavras que repetia em oração e que encontramos no salmo 22.
Continua
Diz Bosssuet: como descrever os padecimentos morais que nosso Senhor Jesus Cristo suportou durante sua horrorosa agonia, quando uma multidão saciava seus olhos com o espetáculo daquela agonia, acompanhando-o com todo tipo de ultrajes que lhe encheram até o último momento? Além disso, sofria ao ver o olhar abnegado de sua mãe e de seus amigos, a quem suas dores tinham prostrado em profunda tristeza.
Todo Ele era, digamos assim, um tormento em seus membros, em seu espírito, em seu coração e em sua alma. De todas as mortes, a da cruz era a mais desumana, suplício infame, que no império romano se reservava aos escravos (servile suppliciun).
Depois das palavras no Getsemaní vêm as pronunciadas no Gólgota, que testemunham esta profundidade, única na história do mundo: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" Suas palavras não são só expressão daquele abandono, são palavras que repetia em oração e que encontramos no salmo 22.
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