Três teorias tentam explicar como perdemos nosso casaco de pele natural
Por: Mark Pagel
Nós humanos somos os únicos “pelados” entre as mais de cinco mil espécies de mamíferos. Imagine como seu cachorro ou gato de estimação (ou mesmo um urso polar) seria, ou se sentiria, sem seus “casacos de pele”. Os cientistas já sugeriram três explicações principais para a falta de pêlo nos humanos. Todas giram em torno da premissa de que seria vantajoso para nossa linhagem em evolução ficar cada vez menos peluda, seis milhões de anos desde que compartilhamos um ancestral com nosso parente vivo mais próximo, o chimpanzé.
A hipótese do símio aquático sugere que entre seis milhões e oito milhões de anos atrás, ancestrais dos humanos modernos, com características de macacos, tinham um estilo de vida semi-aquático, já que buscavam alimento em águas mais rasas. Um casaco de pele natural não é um isolante eficiente na água, e por isso a teoria afirma que evoluímos para perder os pêlos e substituí-los, assim como fizeram outros mamíferos aquáticos, por níveis relativamente altos de gordura corporal.
Por mais criativa que seja essa explicação – e útil ao nos dar uma desculpa para estarmos acima do peso –, evidências paleontológicas de uma fase aquática na existência humana têm se provado enganosas. A segunda teoria afirma que perdemos os pêlos para controlar nossa temperatura corporal ao nos adaptarmos à vida na savana, de clima quente.
Nossos ancestrais símios passavam a maior parte do tempo em florestas com temperaturas amenas, mas um hominídeo peludo caminhando sob o Sol não seria a melhor das opções. A idéia do resfriamento do corpo parece razoável, mas mesmo que a falta de pêlo tenha facilitado a perda de calor durante o dia, também perderíamos mais calor durante a noite, quando na verdade precisaríamos retê-lo.
Continua
Por: Mark Pagel
Nós humanos somos os únicos “pelados” entre as mais de cinco mil espécies de mamíferos. Imagine como seu cachorro ou gato de estimação (ou mesmo um urso polar) seria, ou se sentiria, sem seus “casacos de pele”. Os cientistas já sugeriram três explicações principais para a falta de pêlo nos humanos. Todas giram em torno da premissa de que seria vantajoso para nossa linhagem em evolução ficar cada vez menos peluda, seis milhões de anos desde que compartilhamos um ancestral com nosso parente vivo mais próximo, o chimpanzé.
A hipótese do símio aquático sugere que entre seis milhões e oito milhões de anos atrás, ancestrais dos humanos modernos, com características de macacos, tinham um estilo de vida semi-aquático, já que buscavam alimento em águas mais rasas. Um casaco de pele natural não é um isolante eficiente na água, e por isso a teoria afirma que evoluímos para perder os pêlos e substituí-los, assim como fizeram outros mamíferos aquáticos, por níveis relativamente altos de gordura corporal.
Por mais criativa que seja essa explicação – e útil ao nos dar uma desculpa para estarmos acima do peso –, evidências paleontológicas de uma fase aquática na existência humana têm se provado enganosas. A segunda teoria afirma que perdemos os pêlos para controlar nossa temperatura corporal ao nos adaptarmos à vida na savana, de clima quente.
Nossos ancestrais símios passavam a maior parte do tempo em florestas com temperaturas amenas, mas um hominídeo peludo caminhando sob o Sol não seria a melhor das opções. A idéia do resfriamento do corpo parece razoável, mas mesmo que a falta de pêlo tenha facilitado a perda de calor durante o dia, também perderíamos mais calor durante a noite, quando na verdade precisaríamos retê-lo.
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