As primeiras lendas e mitos
É provável que os primeiros mitos tenham surgido ainda no período Paleolítico, em algum momento entre 250 mil e 40 mil anos antes de Cristo. Evidências arqueológicas mostram indícios de que o Homem de Neandertal – um predecessor do Homo sapiens – tinha uma consciência mitológica, com crença num mundo metafísico, práticas ritualísticas e construções de santuários. Mas, foi somente com o desenvolvimento da linguagem e dos sistemas de escrita que os registros mitológicos das eras ancestrais chegaram mais claramente até nós.
É provável que os primeiros mitos tenham surgido ainda no período Paleolítico, em algum momento entre 250 mil e 40 mil anos antes de Cristo. Evidências arqueológicas mostram indícios de que o Homem de Neandertal – um predecessor do Homo sapiens – tinha uma consciência mitológica, com crença num mundo metafísico, práticas ritualísticas e construções de santuários. Mas, foi somente com o desenvolvimento da linguagem e dos sistemas de escrita que os registros mitológicos das eras ancestrais chegaram mais claramente até nós.
Representação do deus Shiva
Assim, sabemos que nos tempos das primeiras grandes civilizações, como a egípcia que surgiu há cerca de sete mil anos, eram as lendas e os mitos que explicavam a aventura humana. Transmitidas oralmente de geração para geração, essas narrativas eram vistas como verdadeiras, como reveladoras da “história” do mundo e da humanidade para aqueles povos.
Nos primórdios, os mitos tinham o papel de contar como tudo começou. Eles narraram como em um tempo em que nada existia a intervenção de entes sobrenaturais fez surgir o cosmo, o mundo, os reinos animais e vegetais, os comportamentos humanos ou simplesmente uma montanha.
Seu objetivo desde o princípio tem sido explicar a realidade e a complexidade do mundo em que vivemos. E eles não são simplesmente o produto de uma ou várias imaginações criativas que inventam histórias fantásticas. Os mitos se originam a partir de uma visão mística das experiências humanas mais essenciais.
Como observa Joseph Campbell, um dos maiores estudiosos sobre mitologia, o que é comum a todos os seres humanos se revela nos mitos. Uma mitologia reúne assim as narrativas místicas de uma determinada cultura em uma determina época sobre a busca da verdade, do sentido de estarmos vivos, da experiência de vida de um povo.
Uma das mais antigas mitologias é a egípcia. Cerca de cinco mil anos antes de Cristo, no norte da África, os egípcios formaram uma das primeiras civilizações da história. Muitas das lendas e mitos que floresceram naquele período foram influenciadas pela relação deles com o Rio Nilo, cujas margens irrigadas pelas cheias periódicas eram as grandes provedoras de alimentos para aquela civilização.
Segundo a mitologia egípcia, no princípio dos tempos só havia um caótico oceano de águas revoltas. Quando essas águas baixaram, surgiu uma faixa de terra e sobre ela estava o deus Aton, que teria iniciado então a criação do mundo e das coisas que fazem parte dele.
Esse deus criador também foi conhecido como Ra, ou em outra versão como Amon. Ele chegou a ser reverenciado como o pai de todos os reis e deuses egípcios. Entre os mais importantes descendentes de Rá está Osíris, considerado deus da fertilidade, da agricultura e, após sua morte, deus dos subterrâneos ou do mundo inferior.
O mito de Osíris era visto pelos egípcios como uma metáfora da vida, da morte, do renascimento e da vida eterna. A mitologia egípcia, composta por lendas e mitos inter-relacionados, procurava explicar vários aspectos da vida cotidiana, da natureza e do mundo espiritual, como o nascer e o pôr-do-sol, a morte e o além, as mudanças das estações, a existência dos planetas, do sol e das criaturas vivas.
Quase tão antiga quanta a egípcia era a civilização suméria, que ocupava a Mesopotâmia, região do Oriente Médio onde hoje está o Iraque. Povo agrícola que desenvolveu técnicas de irrigação para vastas áreas secas e desérticas da Mesopotâmia, eles desenvolveram um conjunto de lendas, mitos e crenças espirituais que influenciariam a mitologia cristã, principalmente no Antigo Testamento, a judaica, a islâmica e também a grega. O dilúvio é um dos temas presentes na mitologia suméria e a lenda de Gilgamesh um dos principais relatos que revelaram o conjunto de deuses e heróis daquela civilização.
Enquanto a mitologia suméria influenciaria principalmente as religiões e mitos ocidentais, no Oriente uma das mais antigas e importantes mitologias era a hindu. Estudiosos acreditam que os mitos e as lendas hindus começaram a surgir há cerca de dez mil anos.
A principal fonte escrita do que os indianos chamam de “história dos tempos ancestrais” está no “Mahabharata”, obra literária provavelmente escrita no final do século 3. A mitologia hindu tem uma visão cíclica da vida e do Universo, na qual as principais divindades responsáveis pela criação e destruição de todas as coisas existentes são Shiva, Vixnu e Brama.
Nos primórdios, os mitos tinham o papel de contar como tudo começou. Eles narraram como em um tempo em que nada existia a intervenção de entes sobrenaturais fez surgir o cosmo, o mundo, os reinos animais e vegetais, os comportamentos humanos ou simplesmente uma montanha.
Seu objetivo desde o princípio tem sido explicar a realidade e a complexidade do mundo em que vivemos. E eles não são simplesmente o produto de uma ou várias imaginações criativas que inventam histórias fantásticas. Os mitos se originam a partir de uma visão mística das experiências humanas mais essenciais.
Como observa Joseph Campbell, um dos maiores estudiosos sobre mitologia, o que é comum a todos os seres humanos se revela nos mitos. Uma mitologia reúne assim as narrativas místicas de uma determinada cultura em uma determina época sobre a busca da verdade, do sentido de estarmos vivos, da experiência de vida de um povo.
Uma das mais antigas mitologias é a egípcia. Cerca de cinco mil anos antes de Cristo, no norte da África, os egípcios formaram uma das primeiras civilizações da história. Muitas das lendas e mitos que floresceram naquele período foram influenciadas pela relação deles com o Rio Nilo, cujas margens irrigadas pelas cheias periódicas eram as grandes provedoras de alimentos para aquela civilização.
Segundo a mitologia egípcia, no princípio dos tempos só havia um caótico oceano de águas revoltas. Quando essas águas baixaram, surgiu uma faixa de terra e sobre ela estava o deus Aton, que teria iniciado então a criação do mundo e das coisas que fazem parte dele.
Esse deus criador também foi conhecido como Ra, ou em outra versão como Amon. Ele chegou a ser reverenciado como o pai de todos os reis e deuses egípcios. Entre os mais importantes descendentes de Rá está Osíris, considerado deus da fertilidade, da agricultura e, após sua morte, deus dos subterrâneos ou do mundo inferior.
O mito de Osíris era visto pelos egípcios como uma metáfora da vida, da morte, do renascimento e da vida eterna. A mitologia egípcia, composta por lendas e mitos inter-relacionados, procurava explicar vários aspectos da vida cotidiana, da natureza e do mundo espiritual, como o nascer e o pôr-do-sol, a morte e o além, as mudanças das estações, a existência dos planetas, do sol e das criaturas vivas.
Quase tão antiga quanta a egípcia era a civilização suméria, que ocupava a Mesopotâmia, região do Oriente Médio onde hoje está o Iraque. Povo agrícola que desenvolveu técnicas de irrigação para vastas áreas secas e desérticas da Mesopotâmia, eles desenvolveram um conjunto de lendas, mitos e crenças espirituais que influenciariam a mitologia cristã, principalmente no Antigo Testamento, a judaica, a islâmica e também a grega. O dilúvio é um dos temas presentes na mitologia suméria e a lenda de Gilgamesh um dos principais relatos que revelaram o conjunto de deuses e heróis daquela civilização.
Enquanto a mitologia suméria influenciaria principalmente as religiões e mitos ocidentais, no Oriente uma das mais antigas e importantes mitologias era a hindu. Estudiosos acreditam que os mitos e as lendas hindus começaram a surgir há cerca de dez mil anos.
A principal fonte escrita do que os indianos chamam de “história dos tempos ancestrais” está no “Mahabharata”, obra literária provavelmente escrita no final do século 3. A mitologia hindu tem uma visão cíclica da vida e do Universo, na qual as principais divindades responsáveis pela criação e destruição de todas as coisas existentes são Shiva, Vixnu e Brama.
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