D. R. Gonçalves (Instituto de Astrofísica das Canárias).
Outro olhar... Outro olhar sobre o que nos rodeia... Outro olhar sobre o Universo... Em Português!
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Imagem da Nebulosa Planetária do Olho de Gato (NGC 6543), uma das nebulosas planetárias melhor conhecidas do céu. A imagem revela a bela simetria desta nebulosa, especialmente na região central. Também se pode observar o halo tênue de material gasoso que a envolve, se estendendo até uma distância de três anos luz.
A imagem foi obtida pelo Telescópio Óptico Nórdico (NOT), situado no Observatório Roque de los Muchachos do Instituto de Astrofísica das Canárias. As cores (falsas) representam a emissão de luz por parte de átomos de diversos elementos químicos: o vermelho provém de átomos de Azoto enquanto que as tonalidades verdes e azuis têm origem em átomos de Oxigênio. Os Astrônomos calculam que as regiões mais externas do halo têm entre 50.000 e 90.000 anos.As nebulosas planetárias são produzidas nas últimas etapas da vida de uma estrela semelhante ao nosso Sol. Quando o seu combustível nuclear acaba, a estrela não consegue contrariar a força da gravidade e colapsa sobre si mesma. Este facto provoca uma subida da sua temperatura e permite o inicio de novas reações nucleares no seu interior.
Em seguida (quando a estrela se converte numa estrela Gigante Vermelha e finalmente acaba como uma estrela Anã Branca), mais da metade da sua massa é expelida através de fortes "ventos estelares". Quando este gás expelido pela estrela é aquecido até cerca de 10.000 graus por ação da radiação do núcleo da estrela, forma-se um dos objetos astronômicos mais belos, uma Nebulosa Planetária.
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