domingo, 8 de abril de 2007

continuação -Dossiê Cometa: França revela seus segredos


CRÍTICA AOS ESTADOS UNIDOS – E o efeito parece ter sido igual em todo o mundo: um misterioso silêncio cobrindo o assunto, como se nada tivesse acontecido. Isso foi ainda mais visível nos Estados Unidos, duramente criticado por sua política de acobertamento à questão ufológica, condenada pelo Cometa.

Apenas agora, em maio último, alguns jornais norte-americanos liderados pelo The Boston Globe começaram a tratar do assunto. Mas até então nenhum posicionamento oficial foi obtido de Bill Clinton ou de seus assessores. No Brasil e resto da América Latina, absolutamente nada se registrou como reflexo da divulgação do relatório.

No entanto, em círculos ufológicos do mundo todo o documento caiu como uma bomba, tendo oportuno e significativo poder de destruição. O Cometa é presidido pelo general do Exército do Ar Denis Letty e conta, entre seus colaboradores mais ilustres, com o físico Jean-Jacques Vélasco, diretor do que está sendo considerada a versão atual do GEPAN, o Service d’Expertise des Phénomènes de Rentrées Atmosphériques [Serviço de Análise de Fenômenos de Reentradas Atmosféricas, SEPRA].

Vélasco tem bom relacionamento com a comunidade ufológica, participando de congressos em que entusiastas apresentam suas teses sobre a origem extraterrestre dos UFOs. Mas tem uma visão científica e crítica da natureza de tais objetos. A entidade que preside atualmente fica nos arredores de Toulouse e seria uma espécie de sucessora do centro ufológico oficial criado em 1976 por ordem do próprio presidente d’Estaing.

Ainda segundo Gildas Bourdais, a idéia de criar o grupo Cometa surgiu em 1995, depois de uma conversa entre o generais Letty e Bernard Norlain, então diretor do IHEDN. Este, juntamente com o ex-presidente do CNES André Lebeau, apoiou a iniciativa de Letty e pediu que fossem dados os primeiros passos na direção de se realizar aquele que hoje é considerado o mais completo e imparcial estudo oficial sobre UFOs já feito até então.


Letty não se conformava com o fato dos arquivos da Aeronáutica francesa conterem casos ufológicos para os quais não foram encontradas explicações convencionais. “Os objetos observados tinham que ser alguma coisa lógica, armas secretas inimigas ou ainda efeitos de alucinações”, disse o general referindo-se ao documento. “Mas não eram! Eram, isso sim, objetos de origem extraplanetária. E como tal mereciam estudo apropriado”, finalizou.

INFLUÊNCIA ALIENÍGENA –
Letty decidiu então reunir especialistas de renome para confeccionar um documento que pudesse ser considerado polêmico. Os UFOs e a Defesa é o resultado, e está dividido em três partes. A primeira é dedicada aos casos ufológicos franceses e estrangeiros.

A segunda descreve como funciona a investigação ufológica na França e em outros países, além de mencionar explicações científicas para o fenômeno. E a terceira – muito polêmica – discorre sobre as medidas que o Ministério da Defesa francês deve tomar quando considerar os relatos de pilotos civis e militares, e suas conseqüências.

Um dos muitos pontos interessantes do material é a menção da possível influência dos extraterrestres sobre as civilizações que habitaram a Terra no passado, sintetizado na referência as “...máquinas voadoras que Ezequiel descreveu longamente, a guerra aérea do Ramayana, a epopéia de Gilgamesh, os Elohin do Gênesis...”, entre outros trechos do documento.

O dossiê é um duro golpe contra os céticos, pois afirma com certeza a origem extraterrestre dos UFOs e sua realidade física, indicando que estão sob controle de seres inteligentes que não pertencem ao nosso planeta. Por sua vez, representa um revés às teorias psicossociais que tentam explicar o fenômeno ufológico dentro de um contexto que o Cometa considera reducionista.

Dois dos casos de registro de UFOs mais bem detalhados no relatório são o ocorrido com o avião norte-americano
RB-47, em julho de 1957
,
e o acontecido sobre Teerã, em setembro de 1976. Estes fatos marcantes na história da Ufologia receberam de vários detratores tratamento desdenhoso.

Os redatores do documento expedido pelo Cometa consideram a interpretação desses casos – especialmente a feita pelo cético dos EUA Philipe Klass – como banal e retrógrada. O Cometa também condena sem compaixão o governo dos Estados Unidos por ocultar informações sobre os UFOs, e o acusa de manipulá-las a seu favor.

O general Letty vai mais longe, citando a queda de uma nave alienígena em Roswell, em 1947, e o resgate de seus tripulantes, com o subseqüente estudo dos corpos e sua tecnologia. “Fatos como esse não poderiam ser ocultados da população”, sugere o Cometa.

Como se não bastasse, o documento dá seu atestado positivo a dois casos clássicos de aparições de humanóides, algo igualmente inédito na história da Ufologia Mundial, tendo-se em conta os pareceres de diversos cientistas e militares de alto escalão. Um é o Caso Valensole, ocorrido nos Alpes de Haut-en-Provence, em 1º de julho de 1967
, e o outro é o Caso Cussac, acontecido em Cantal, em 29 de agosto de 1967. Em ambas as situações foram observados seres extraterrestres de baixa estatura.

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