ESBOÇO FEITO POR GALILEU mostra seis das sete estrelas de Plêiades visíveis a olho nu. À direita, fotografia astronômica desse asterismo
Não sabemos com qual de suas lunetas Galileu fez essas observações, mas podemos deduzir. Comparando esse desenho de Galileu com os catálogos atuais de brilho de estrelas, nota-se que ele enxergou estrelas de até magnitude 9 através da luneta. Como o ganho em magnitudes = 2,5 x logaritmo do ganho em luminosidade, isso significa que a objetiva da luneta coletou 16 vezes mais luz que o olho nu, o que dá um diâmetro quatro vezes maior que o da pupila.
Como a pupila à noite tem 0,6 cm de abertura, deduz-se que a objetiva da luneta de Galileu tinha 2,5 cm de diâmetro. De fato, esse era o diâmetro das primeiras lunetas galileanas. Seguindo esse mesmo raciocínio, não é difícil mostrar que se Galileu tivesse um telescópio como o Soar, cujo espelho primário tem 4,1 metros de diâmetro, conseguiria observar astros 467 mil vezes mais fracos que a olho nu (ganho de 14 magnitudes), o que implica um limite de magnitude 20.
Através do Soar, se poderia enxergar uma estrela como o Sol a 37 mil anos-luz, enquanto a olho nu o limite de visibilidade do Sol seria de apenas 65 anos-luz. Esses cálculos mostram por que o poder coletor, ou seja, o diâmetro da objetiva é o parâmetro mais importante de um telescópio / luneta, e isso é bem exemplificado por uma imagem moderna das Plêiades, que mostra que esse aglomerado contém mais de uma centena de estrelas, em vez das apenas 35 vistas por Galileu. O poder coletor permite revelar astros de brilho mais fraco que o limite detectado pelo olho humano.
O segundo parâmetro de uma luneta /telescópio é o poder resolvente, homólogo à acuidade na visão humana. Quanto menor as coisas que se enxerga, maior o poder resolvente. Desenhe dois pontinhos bem próximos entre si numa folha de papel. Pregue-a na parede e se afaste até não conseguir mais distinguir um do outro. A esta distância, a separação angular entre eles é de 2 minutos de arco, se você tiver uma acuidade visual típica.
Conhecimentos elementares de geometria permitem calcular o poder resolvente de seu olho usando um triângulo tendo como base os dois pontos na folha e sua distância até a parede. Com esse poder resolvente conseguimos distinguir uma pessoa a uma distância de 3,5 km (separar um ponto localizado na cabeça de outro nos pés).
As primeiras lunetas de Galileu permitiam um fator quatro vezes maior, ou seja 15 km. Foi isso que encantou seus patrocinadores. Eles podiam avaliar quantos soldados e quantas armas havia no convés dos navios inimigos muito antes que entrassem no porto.
Continua
Como a pupila à noite tem 0,6 cm de abertura, deduz-se que a objetiva da luneta de Galileu tinha 2,5 cm de diâmetro. De fato, esse era o diâmetro das primeiras lunetas galileanas. Seguindo esse mesmo raciocínio, não é difícil mostrar que se Galileu tivesse um telescópio como o Soar, cujo espelho primário tem 4,1 metros de diâmetro, conseguiria observar astros 467 mil vezes mais fracos que a olho nu (ganho de 14 magnitudes), o que implica um limite de magnitude 20.
Através do Soar, se poderia enxergar uma estrela como o Sol a 37 mil anos-luz, enquanto a olho nu o limite de visibilidade do Sol seria de apenas 65 anos-luz. Esses cálculos mostram por que o poder coletor, ou seja, o diâmetro da objetiva é o parâmetro mais importante de um telescópio / luneta, e isso é bem exemplificado por uma imagem moderna das Plêiades, que mostra que esse aglomerado contém mais de uma centena de estrelas, em vez das apenas 35 vistas por Galileu. O poder coletor permite revelar astros de brilho mais fraco que o limite detectado pelo olho humano.
O segundo parâmetro de uma luneta /telescópio é o poder resolvente, homólogo à acuidade na visão humana. Quanto menor as coisas que se enxerga, maior o poder resolvente. Desenhe dois pontinhos bem próximos entre si numa folha de papel. Pregue-a na parede e se afaste até não conseguir mais distinguir um do outro. A esta distância, a separação angular entre eles é de 2 minutos de arco, se você tiver uma acuidade visual típica.
Conhecimentos elementares de geometria permitem calcular o poder resolvente de seu olho usando um triângulo tendo como base os dois pontos na folha e sua distância até a parede. Com esse poder resolvente conseguimos distinguir uma pessoa a uma distância de 3,5 km (separar um ponto localizado na cabeça de outro nos pés).
As primeiras lunetas de Galileu permitiam um fator quatro vezes maior, ou seja 15 km. Foi isso que encantou seus patrocinadores. Eles podiam avaliar quantos soldados e quantas armas havia no convés dos navios inimigos muito antes que entrassem no porto.
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