Porque não é ciência. Numa tentativa quase desesperada de se tentar ser sucinto, na conceituação do que seja ciência, é impossível deixar de se observar algumas questões que muito importam para a Ufologia. A idéia de Fenômenos, por exemplo. Que podem ser conceituados rapidamente como os efeitos que os fatos provocam. Portanto são observáveis. O fenômeno ufológico, no entanto, tem sido disperso.
E essa dispersão vem de dois fatores principais – a completa impossibilidade de se trazê-lo para o laboratório e de reproduzi-lo; e, por conseqüência disto, as inúmeras controvérsias a respeito de suas origens, modo de manifestação e principalmente suas Causas. Não mais se pode negar que os fatos ufológicos ocorrem. Mas suas causas e explicações são incontáveis, dentre estas as ainda desconhecidas.
Como o desconhecimento parece mais marcante no fenômeno ufológico, costuma-se partir para a escolha de hipóteses cuja confirmação ainda é absolutamente impossível para o método e para a própria doutrina científica. Haja vista o exemplo da origem extraterrestre, de “naves” pilotadas por seres dotados de alta tecnologia. Eis porque a ufologia nada mais é do que um sistema ainda embrionário de estudos, com pouca ou quase nenhuma metodologia, ainda na fase de tentativa de coleta de dados sobre um fenômeno.
Nem informações concretas ainda possuímos. Apenas alguns dados. Mesmo assim, tais dados encontram-se mesclados numa complexa e enorme mistura de teorias, dentre elas as acadêmicas e as transcendentais. Das primeiras, destacam-se todas as hipóteses explicativas de ordem psicológica e sociológica, quando não as que pertencem aos campos da geologia, da física, da astronomia, até da meteorologia.
E essa dispersão vem de dois fatores principais – a completa impossibilidade de se trazê-lo para o laboratório e de reproduzi-lo; e, por conseqüência disto, as inúmeras controvérsias a respeito de suas origens, modo de manifestação e principalmente suas Causas. Não mais se pode negar que os fatos ufológicos ocorrem. Mas suas causas e explicações são incontáveis, dentre estas as ainda desconhecidas.
Como o desconhecimento parece mais marcante no fenômeno ufológico, costuma-se partir para a escolha de hipóteses cuja confirmação ainda é absolutamente impossível para o método e para a própria doutrina científica. Haja vista o exemplo da origem extraterrestre, de “naves” pilotadas por seres dotados de alta tecnologia. Eis porque a ufologia nada mais é do que um sistema ainda embrionário de estudos, com pouca ou quase nenhuma metodologia, ainda na fase de tentativa de coleta de dados sobre um fenômeno.
Nem informações concretas ainda possuímos. Apenas alguns dados. Mesmo assim, tais dados encontram-se mesclados numa complexa e enorme mistura de teorias, dentre elas as acadêmicas e as transcendentais. Das primeiras, destacam-se todas as hipóteses explicativas de ordem psicológica e sociológica, quando não as que pertencem aos campos da geologia, da física, da astronomia, até da meteorologia.
Dentre as outras, as atribuições a atuações sobrenaturais e, não se negue, a crença na visita extraterrestre inteligente. A Ufologia, pois, é apenas um campo de dedicação a fenômenos atípicos, que define a coleção de uma casuística. Como tal, serve ou deveria servir de fonte para os estudos das ciências estabelecidas. Estas só assim são consideradas quando possuem uma epistemologia própria, aceita e adotada pelos meios acadêmicos, com metodologia apropriada e correta.
O fenômeno ufológico, como todo e qualquer fenômeno, só pode ser Compreendido e Estudado com o uso da razão, do método e sistematicamente, características do conhecimento científico, com utilização do raciocínio filosófico, portanto dialético, lógico.
O fenômeno ufológico, como todo e qualquer fenômeno, só pode ser Compreendido e Estudado com o uso da razão, do método e sistematicamente, características do conhecimento científico, com utilização do raciocínio filosófico, portanto dialético, lógico.
Ciência, para Sílvio Luiz de Oliveira (in Tratado de Metodologia Científica, São Paulo: Pioneira, 1997, p. 48), abrange praticamente todos os campos do conhecimento humano, relacionados com fatos ou acontecimentos e agrupados por princípios que são as regras. Ufologia ainda não possui regras, mesmo porque a maioria dos ufólogos parecem não saber que ciência se faz com regras.
O citado autor ainda conceitua Ciência como o estudo, com critérios metodológicos, das relações existentes entre causa e efeitos de um fenômeno qualquer, no qual o estudioso se propõe a demonstrar a verdade dos fatos e suas implicações práticas. Para o procedimento científico, um dos principais passos é a Escolha Da Hipótese, que a final deverá ser confirmada ou negada.
Muitas hipóteses já podem ser confirmadas ou negadas na Ufologia, em se tratado do estudo de caso. E quando isto é possível só se pode raciocinar, agir e pesquisar dentro do conhecimento das ciências estabelecidas e acadêmicas. Caso contrário, não se fará ciência. Aqui, cabível novamente o exemplo da hipótese extraterrestre de um Ufo – impossível que seja confirmada.
E se algo em ciência não admitir, a priori e ao menos teoricamente, Ambas as possibilidades para se trabalhar – negar ou confirmar a hipótese – não será científico. Isto é regra elementar e indispensável de raciocínio e de pesquisa. Não há neste position paper qualquer negação ideológica da hipótese extraterrestre.
Acontece que é uma hipótese ainda impossível de ser trabalhada. Quando isto for possível à ciência, então a Ufologia fará parte oficial da Astronomia, da Física, da Biologia ou de qualquer outra Ciência estabelecida. Mas continuará sendo um sistema informativo e nada mais.
Vejam-se agora os aspectos lógicos da ciência, resumidos pelo citado autor, desta feita às páginas 49 e seguintes da mesma obra. Para ele, a logicidade da ciência manifesta-se por meio de procedimentos e operações intelectuais, que:
a) Possibilitam a observação racional e controlam os fatos;
b) Permitem a interpretação e a explicação adequada dos fenômenos;
c) contribuem para a verificação dos fenômenos, positivados pela experimentação ou pela observação;
d) Fundamentam os princípios da generalização ou o estabelecimento dos princípios e das leis;
Fala-se em razão, quando se pode falar em regras de raciocínio. E estas, pertencentes ao campo da dialética e da lógica, seguem o compromisso do método. Devem ser conhecidas por todo pesquisador. Por exemplo, não há proposições de pensamento que redundem em conclusões aceitáveis, se elas próprias ainda não estiverem incorporadas à aceitação da área de conhecimento a que pertencem.
O controle de fatos pode ser entendido como a manipulação deles, para compreensão detalhada, ou como o registro rigoroso de ocorrências, em todas as suas nuances. Se muitos fenômenos ufológicos comportam explicação adequada, outros não.
Mesmo porque, se os próprios ufólogos mais influentes dizem que “não existe apenas a ufologia científica”, ou “não existe uma ufologia mística e outra científica, mas a ufologia é uma só”, então não se pode misturar ciência com alardeados conhecimentos transcendentais. Uma coisa é total e completamente incompatível com a outra. Aliás, isto é, em dialética, exemplo claro e visível de contradição.
Já podemos perceber princípios ou formular leis, em torno da manifestação do fenômeno ufológico? Por certo não. E não se confunda experimentação ou observação com emocionadas e fascinantes experiências de cunho estritamente subjetivo, pessoal. João Almeida Santos e Domingos Parra Filho, no seu “Metodologia Científica” (São Paulo: Futura, 1998, p.21) evocam Kant, para conceituar o conhecimento científico.
Segundo o autor de “Crítica da Razão Pura”, existem conhecimentos de natureza formal (isto é Lógica Formal), que recebem o conteúdo dado pela experiência. Esse conhecimento formal, que obtém na experiência o seu conteúdo é o conhecimento científico. Então não bastam supostas experiências subjetivas, individuais, desprovidas das condições para análise racional baseada em bem estruturados fundamentos.
Ou seja, o que Kant parece ter dito é que a experiência é a aplicação prática do que se conhece em teoria e com bases seguras. Isto já é Lógica Material, que trata do conteúdo do conhecimento. Em termos exemplificativos, pois, pode-se ilustrar isto na ufologia – não serão o “contatado”, ou o “abduzido”, as personagens dessa dualidade científico-racional mencionada por Kant.
Mas o pesquisador, o sujeito cognoscente, que deve equilibrar a prática e a teoria. Os dois autores citados dão um conceito sintético, porém realista, do que seja Ciência, à página 273 da mesma obra: é um sistema de proposições rigorosamente demonstradas, constantes, gerais, ligadas mediante as relações de subordinação. Ufologia está muito longe disto.
Pode-se, porém, fazer ciência na ufologia? Deve-se. Agir cientificamente é utilizar os conhecimentos das Ciências e isto é óbvio. Mas ufologia não é ciência. Esperamos, com afinco, é que a ufologia receba a atenção das Ciências.
Como não é finalidade desta enquête um maior aprofundamento da postura dos que dela participam a convite, pode-se finalmente ter a pretensão de destacar que no livro deste autor, “O Caso Varginha” (Campo Grande: Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores, 2001, p.19-25), a Introdução tem exatamente este sub-título: Ufologia é Ciência?. Páginas em que há diversas outras ponderações, a ratificar o conteúdo dos presentes comentários.
Ubirajara Franco Rodrigues
Continua
Ubirajara Franco Rodrigues
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