Para mim, são muitas as possibilidades; vou tentar enumerar algumas, que julgo mais relevantes:
1- Como a Ufologia trabalha em sua maior parte com a análise de testemunhos, não tendo objetos sólidos" a analisar, fica difícil a aplicação das regras das demais ciências. Se formos considerar um tratamento mais abstrato, similar aquele empregado em ciências como a parapsicologia e a própria psicologia a gente sempre esbarra na argumentação de má identificação dos fenômenos (por exemplo, o material contido na série que comecei a enviar: "eles não são de Zeta", onde se questiona inicialmente a própria natureza do fenômeno).
2- O fato da Ufologia exigir em grande parte a evolução das ciências irmãs relacionadas ao fenômeno (por exemplo, astrologia, físicas, metafísica, etc). Isto é, ela por si só desafia as linhas básicas destas ciências convencionais...
3 - O próprio estigma de "maluquice" que por tantos e tantos anos a ortodoxia, política e a mídia marcam os fenômenos envolvidos.
4- A falta de independência das instituições científicas, em sua maioria custeadas pelas linhas ortodoxas e politicamente corretas; só pesquisam o que é de interesse dos poderosos complexos militares e industriais e a gente até hoje não sabe como profissão de fé se estas entidades não realizem pesquisas "negras" e tem bem mais conhecimento do que indicam sobre a matéria...
5- A resistência de grandes grupos dominantes em geral (religiões, doutrinas, interesses econômicos e geopolíticos) a que haja o reconhecimento científico da importância do tema. Reconhecer a Ufologia como ciência, de certa forma seria endossar naves de alta tecnologia, culturas avançadas, outras formas de energia, outros conhecimentos bem além dos nossos. Reconhecer a Ufologia como ciência é abrir as portas para a correição das experiências e vivências e a negação da pecha de lunáticos e grupos marginais.
Você já pensou nas implicações deste reconhecimento? A gente viu, claramente, na posição de Balducci com que delicadeza a Igreja Católica tende a considerar o tema; ao colocar uma possibilidade de uma avançada civilização extraterrestre ele deixa implícita uma superioridade espiritual em relação a nós.
Ao aferir a estes seres esta maior parcela espiritual, fecha também as portas para uma interação nós e eles... É a mesma coisa que faz o projeto SETI; um impalpável comunicado por rádio torna-se a escolha cientificamente aceita. Assim também fechamos as portas a todas as incomodas implicações das espaçonaves e extraterrestres em nosso planeta...
Os fracos argumentos negativos das possibilidades das visitas das espaçonaves e extraterrestres (velocidade da luz, custo de tal empreitada, interesse, etc) é a mais clara amostra de como se furtar a abordar as certíssimas evoluções em termos sociais e de ciências (é como se tivéssemos já esgotado todas as possibilidades).
A grande verdade é que uma ciência ufológica seria um fardo incomodo demais para as instituições anteriormente citadas. Como ciência, ela teria que ser levada a sério e jogaria por terra todas as mesmices que se vem há décadas divulgando. Mas o meu sentimento é o de que estas instituições, intra muros, tem um comportamento bastante diferente.
Esta posição de descrédito e desinteresse não passe de uma fachada para a não divulgação de tomadas de posições bem mais sérias e condizentes com a realidade. Esta negação contínua das possibilidades ufológicas me parece ser bem mais a pílula edulcorada que é oferecida as massas, temerosas de caírem no ridículo do politicamente incorreto. Para mim, estas instituições sigilosa e discretamente já tratam d Ufologia como ciência. Só não querem reconhecer isto publicamente.
Lydia Ribeiro
Continua
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