Roberto Silvestre - Astrônomo
Pesquisador e grande difusor da Astronomia, sobretudo,junto à comunidade estudantil brasileira, Roberto Silvestre falou conosco sobre vários aspectos do estudo astronômico, com destaque às viagens lunares.
Pesquisador e grande difusor da Astronomia, sobretudo,junto à comunidade estudantil brasileira, Roberto Silvestre falou conosco sobre vários aspectos do estudo astronômico, com destaque às viagens lunares.
O homem foi à lua:
Entrevista exclusiva:
Por: Pepe CHAVES
VF: Quando e por que o senhor veio a se interessar pela Astronomia?
RS: Não tenho lembranças de momentos anteriores ao meu interesse pela Astronomia ou pela Ciência de um modo geral. Esse sentimento sempre me acompanhou de uma forma crescente até os dias de hoje, gerando uma atividade que é a mais importante de minha vida profissional. Parece que foi mesmo o amor à primeira vista que atraiu minha atenção para o céu, pois desde cedo tive o contato visual com o Cosmos e a oportunidade de presenciar fenômenos de grande beleza.
VF: O senhor tem alguma religião ou credo específico?
RS: Não sigo nenhuma religião oficial, mas meu comportamento é orientado pela certeza de que a Terra é uma jóia rara no Sistema Solar, que a vida é preciosa em todas as suas formas e que as pessoas devem desenvolver-se interiormente para superar as diferenças que são hoje a causa de grande sofrimento para todos. Tudo o que faço é motivado por um sentimento forte de que existe um propósito para o Universo e para os seres que nele habitam. Talvez não se possa dar a isso o rótulo de religiosidade, mas o trabalho pelo bem coletivo, sem conotações egoístas, tem citações bíblicas conhecidas. O que faço segue essa filosofia, sempre, fluindo de um modo muito natural. Eu não saberia como agir de outra forma.
VF: Por favor, nos fale um pouco de seu trabalho astronômico desenvolvido em Uberlândia.
RS: Eu sempre estudei o céu, fiz observações, obtive fotografias de fenômenos astronômicos e contribuí com dados para centros de pesquisa variados, mas não havia percebido minha verdadeira missão. Pode-se considerar aquela fase como de preparação para o que viria depois. Há doze anos, uma casualidade me levou a mostrar o céu aos alunos de uma escola, através de um pequeno telescópio.
Do adorável encontro com os alunos surgiu um pedido de palestra que logo se transformou em dezenas. Hoje faço cerca de 120 palestras por ano, calculo e divulgo fenômenos na mídia, tiro dúvidas de alunos, capacito professores, ajudo estudantes nos trabalhos para as feiras de ciências, recebo visitas escolares e de outros grupos no observatório que construí em cima de minha casa, mantenho pessoas de minha cidade bem informadas através de uma lista de distribuição de boletins, divulgo informações em uma página na Internet e conscientizo a população para o problema pouco conhecido da poluição luminosa, causado pelo desperdício absurdo de luz artificial, que está no tirando a visibilidade do céu noturno sem nenhuma necessidade. É um trabalho voluntário, difícil e permanente, quase sem férias, mas muito compensador.
Continua
RS: Não tenho lembranças de momentos anteriores ao meu interesse pela Astronomia ou pela Ciência de um modo geral. Esse sentimento sempre me acompanhou de uma forma crescente até os dias de hoje, gerando uma atividade que é a mais importante de minha vida profissional. Parece que foi mesmo o amor à primeira vista que atraiu minha atenção para o céu, pois desde cedo tive o contato visual com o Cosmos e a oportunidade de presenciar fenômenos de grande beleza.
VF: O senhor tem alguma religião ou credo específico?
RS: Não sigo nenhuma religião oficial, mas meu comportamento é orientado pela certeza de que a Terra é uma jóia rara no Sistema Solar, que a vida é preciosa em todas as suas formas e que as pessoas devem desenvolver-se interiormente para superar as diferenças que são hoje a causa de grande sofrimento para todos. Tudo o que faço é motivado por um sentimento forte de que existe um propósito para o Universo e para os seres que nele habitam. Talvez não se possa dar a isso o rótulo de religiosidade, mas o trabalho pelo bem coletivo, sem conotações egoístas, tem citações bíblicas conhecidas. O que faço segue essa filosofia, sempre, fluindo de um modo muito natural. Eu não saberia como agir de outra forma.
VF: Por favor, nos fale um pouco de seu trabalho astronômico desenvolvido em Uberlândia.
RS: Eu sempre estudei o céu, fiz observações, obtive fotografias de fenômenos astronômicos e contribuí com dados para centros de pesquisa variados, mas não havia percebido minha verdadeira missão. Pode-se considerar aquela fase como de preparação para o que viria depois. Há doze anos, uma casualidade me levou a mostrar o céu aos alunos de uma escola, através de um pequeno telescópio.
Do adorável encontro com os alunos surgiu um pedido de palestra que logo se transformou em dezenas. Hoje faço cerca de 120 palestras por ano, calculo e divulgo fenômenos na mídia, tiro dúvidas de alunos, capacito professores, ajudo estudantes nos trabalhos para as feiras de ciências, recebo visitas escolares e de outros grupos no observatório que construí em cima de minha casa, mantenho pessoas de minha cidade bem informadas através de uma lista de distribuição de boletins, divulgo informações em uma página na Internet e conscientizo a população para o problema pouco conhecido da poluição luminosa, causado pelo desperdício absurdo de luz artificial, que está no tirando a visibilidade do céu noturno sem nenhuma necessidade. É um trabalho voluntário, difícil e permanente, quase sem férias, mas muito compensador.
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