sábado, 26 de maio de 2007

Raios cósmicos podem devastar vida na Terra

Melott disse que seu grupo de trabalho aplicou o modelo que eles desenvolveram ao maior banco de dados sobre fósseis existente, e confirmou a constatação de uma flutuação na densidade a cada 62 milhões de anos. Em estudo recentemente aceito para publicação pelo “Astrophysical Journal”, os dois cientistas da Universidade do Kansas discutem diversos mecanismos possíveis para que a exposição aos raios cósmicos resulte em extinções maciças.

Uma possibilidade é que os organismos recebam doses daninhas de radiação de partículas alta carga energética conhecidas como múons, produzidas pela colisão entre os raios cósmicos e a atmosfera terrestre.“Por si sós, os raios cósmicos não são tão perigosos”, disse Medvedev. “Eles criam partículas dotadas de carga elétrica que se propagam pela atmosfera e especialmente múons, que podem penetrar fundo nas águas marinhas".

As mudanças na química da atmosfera e a redução da camada de ozônio que as acompanha também podem causar mutações mais intensas, ele acrescentou. Além disso, as partículas dotadas de carga elétrica produzidas pelo bombardeio com raios cósmicos podem gerar aumento considerável na presença de nuvens, o que geraria alterações no clima.

Os pesquisadores dizem que seu modelo não explica todas as maiores extinções em massa. Por exemplo, a extinção dos dinossauros, que as teorias mais aceitas atribuem ao impacto de um asteróide contra a Terra, não se enquadra no ciclo de
62 milhões de anos.

No que tange ao futuro, as implicações são controversas. O Sistema Solar recentemente passou pelo plano central da galáxia e está subindo, disse Melott, o que poderia implicar em maior exposição a radiação. Mas, acrescentou ele, “o próximo efeito cíclico dos raios cósmicos só se fará sentir dentro de 10 milhões de anos".

(Terra /National Geographic)
http://poeiracosmica.verdadeabsoluta.net/cms/?p=41

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