A Caminho de Ceres
Após orbitar Vesta por 7 meses, a Dawn irá tentar uma manobra nunca antes tentada: deixar a órbita de um corpo distante, e voar para outra órbita. Este tipo de "salto de asteróides" seria praticamente impossível se a Dawn usasse combustível convencional de foguete. "Nós precisaríamos dos maiores foguetes que os EUA tem para carregar todo o propelente," disse Marc Rayman, Engenheiro de Sistemas do Projeto Dawn do Laboratório de Propulsão a Jato.
Ao invés disto, a Dawn usa propulsão iônica, que requer somente um décimo de todo o propelente. Os motores da Dawnforam testados numa espaçonave experimental conhecida como Deep Space 1 (em português Espaço Profundo 1, gerenciada pelo programa Novo Milênio da NASA. Os motores iônicos eficientes da Dawn irão empurrar a nave de Vesta, chegando em Ceres por volta de fevereiro de 2015.
Medindo 950 km de diâmetro, Ceres é de longe o maior objeto no cinturão de asteróides. Extraordinariamente, ele não um mundo rochoso como Vesta, mas sim coberto de gelo ed água. "Ceres irá ser uma grande surpresa para nós," disse Russell. Devido aparentar que possui uma camada de gelo com algo em torno de 60 e 120 km de espessura, a superfície de Ceres provavelmente mudou mais dramaticamente ao longo do tempo que a de Vesta, apagando muito de sua história recente.
Mas enquanto Ceres não pode fornecer uma janela para o passado da formação planetária, ele poderá ensinar aos cientistas sobre o papel que a água desempenhou na evolução planetária desde então. Por exemplo, por quê alguns mundos rochosos como Ceres e Terra abrigam uma grande quantidade de água, enquanto outros, como Vesta, terminaram secos?
"Vesta nos dirá sobre o passado longínquo, e Ceres irá nos falar sobre o que aconteceu depois," disse Russell. Juntos, eles oferecem duas histórias singulares do passado do nosso sistema solar e muitas lições sobre como os planetas se formaram.
Texto traduzido do site da NASA (http://science.nasa.gov)
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