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O PNE (Plano Nacional de Energia) indicou nesta terça-feira que o Brasil precisa de outras quatro usinas nucleares, além de Angra 3, até 2030. Ontem, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) aprovou a construção dessa usina, após intenso debate no governo. A construção de Angra 3 ainda depende da concessão de licenciamento ambiental prévio.
O planejamento da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), uma das responsáveis pelo Plano, prevê que duas usinas sejam construídas no Sudeste e outras duas no Nordeste, com capacidade em torno de 1.000 MW cada uma. "Este é um cenário conservador", afirmou Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Segundo Tolmasquim, a construção das usinas faz parte de uma visão estratégica de diversificação das fontes energéticas do país.
"A energia nuclear, a curto prazo, pode até ser mais cara que oura fonte de energia, mas quando olhamos além de 2020, 2025, nós vemos que o Brasil precisará dessa fonte de energia. Portanto, temos que manter a capacitação tecnológica, manter os técnicos, para a época em que a energia nuclear entrar com mais peso na matriz [energética do país]", disse ele.
A EPE indica, em seu estudo, que o funcionamento das cinco plantas em 2030 vai adicionar 5.345 MW à potência instalada no país. O PNE, preparada pela Empresa de Pesquisa Energética, foi aprovado ontem em reunião do Conselho Nacional de Política Energética.
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