Aspectos Gerais
Entre todos os componentes do Sistema Solar, os meteoróides são, talvez, os mais interessantes sob diversos pontos de vista. No contexto da família do Sol, são os astros que exibem pequenas dimensões, porém, apresentam-se em número gigantesco. São também os únicos corpos celestes com que o homem pode ter contato direto, sem precisar abandonar a superfície do planeta. Normalmente na linguagem popular, meteoros e meteoritos são utilizados como sinônimos. Neste capítulo definiremos o que é cada um, comentaremos algumas particularidades e propriedades.
Para melhor entendimento, começaremos com algumas definições, tais como:
Meteoróide: é o corpo que vaga no espaço, antes de colidir com a atmosfera.
Meteoro: é o nome genérico dos fenômenos que ocorrem na atmosfera terrestre. Quando um meteoróide penetra na atmosfera da Terra, ele produz um meteoro luminoso, que também é chamado popularmente de ``estrela cadente''. Os meteoros são pequenos asteróides que se chocam com a Terra. Ao penetrar na atmosfera da Terra geram calor por atrito com a atmosfera, deixando um rastro brilhante facilmente visível a olho nu. Existem aproximadamente 200 asteróides com diâmetro maior de 1 km, que se aproximam da Terra, colidindo com uma taxa de aproximadamente 1 a cada 1 milhão de anos. 2 a 3 novos são descobertos por ano, e suas órbitas são muitas vezes instáveis.
Meteorito: é o meteoróide que consegue vencer a atmosfera da Terra e choca-se contra a sua superfície.É provavel que o fenômeno da estrela cadente seja conhecido desde a pré-história, porém os registros sobre ele são bem mais recentes, como por exemplo aqueles encontrados nos anais chineses e coreanos datados de 1760 a.C., aproximadamente, ou então nos papiros egípcios de 2000 a.C. Do estudo dos meteoritos se pode aprender muito sobre o tipo de material a partir do qual se formaram os planetas interiores, uma vez que são fragmentos primitivos do sistema solar.
Diógenes de Apolônio (séc. IV a.C.), afirmava que os meteoros eram corpos cósmicos - estrelas de pedra - invisíveis da Terra e que após morrerem, precipitavam-se sobre o rio Egos-Potamos. Aristóteles (sec. II a.C.) afirmava que os meteoros eram fenômenos atmosféricos que surgiam durante a ocorrência de fenômenos físicos ligados ao interior da Terra.
Atualmente, sabe-se que a geração do traço de luz no céu, deve-se principalmente a dois fatores: aquecimento do meteoróide e a luminescência do ar atmosférico. Comumente, o efeito meteoro possui uma curta duração, atingindo em media, dois segundos. Excepcionalmente, o rastro luminoso pode durar de alguns minutos a mais de meia hora; provavelmente, este fato se deve à ocorrência de fenômenos elétricos na ionosfera. Dá-se o efeito meteoro na ionosfera, camada que se estende entre 50 a 200 km de altura, aproximadamente. Quando o meteoróide penetra na atmosfera, ele interage com as camadas de ar que oferecem resistência a sua passagem, decorrente do atrito. O astro então se aquece. Se a velocidade do corpo celeste for da ordem de 45 km/s, geram-se temperaturas que variam de 3000°C até cerca de 7000°C, dependendo dos materiais que compõem o meteoróide. Com temperaturas assim tão elevadas, a parte externa é volatilizada e há, nesse processo, geração de luz.
Além disso, quando o corpo celeste cruza a ionosfera, a turbulência por ele provocada no ar e o aquecimento da camada gasosa podem produzir íons ou promover a neutralização de outros já existentes. Do processo de excitação eletrônica libera-se energia, geralmente em forma de luz. Assim, quando observamos o traço luminoso no céu, estamos vendo o caminho já percorrido pelo meteoróide em sua direção à superfície da Terra.
A dimensão dessa brita ou areia cósmica é muito reduzida, da ordem de um grão de arroz. Para efeito de proporções, um meteoro com magnitude de +3m (aproximadamente o brilho de uma das "Três Marias") teria massa aproximada de 0,1 g. Para aqueles que conseguem vencer o "Muro dos Meteoritos" (1), situado a 85 km de altura, atingindo a superfície terrestre, sua massa varia desde alguns quilos até toneladas. São considerados bólidos, os meteoritos que atingem brilho muito elevado, como ``bolas de fogo''.
CONTINUA
Entre todos os componentes do Sistema Solar, os meteoróides são, talvez, os mais interessantes sob diversos pontos de vista. No contexto da família do Sol, são os astros que exibem pequenas dimensões, porém, apresentam-se em número gigantesco. São também os únicos corpos celestes com que o homem pode ter contato direto, sem precisar abandonar a superfície do planeta. Normalmente na linguagem popular, meteoros e meteoritos são utilizados como sinônimos. Neste capítulo definiremos o que é cada um, comentaremos algumas particularidades e propriedades.
Para melhor entendimento, começaremos com algumas definições, tais como:
Meteoróide: é o corpo que vaga no espaço, antes de colidir com a atmosfera.
Meteoro: é o nome genérico dos fenômenos que ocorrem na atmosfera terrestre. Quando um meteoróide penetra na atmosfera da Terra, ele produz um meteoro luminoso, que também é chamado popularmente de ``estrela cadente''. Os meteoros são pequenos asteróides que se chocam com a Terra. Ao penetrar na atmosfera da Terra geram calor por atrito com a atmosfera, deixando um rastro brilhante facilmente visível a olho nu. Existem aproximadamente 200 asteróides com diâmetro maior de 1 km, que se aproximam da Terra, colidindo com uma taxa de aproximadamente 1 a cada 1 milhão de anos. 2 a 3 novos são descobertos por ano, e suas órbitas são muitas vezes instáveis.
Meteorito: é o meteoróide que consegue vencer a atmosfera da Terra e choca-se contra a sua superfície.É provavel que o fenômeno da estrela cadente seja conhecido desde a pré-história, porém os registros sobre ele são bem mais recentes, como por exemplo aqueles encontrados nos anais chineses e coreanos datados de 1760 a.C., aproximadamente, ou então nos papiros egípcios de 2000 a.C. Do estudo dos meteoritos se pode aprender muito sobre o tipo de material a partir do qual se formaram os planetas interiores, uma vez que são fragmentos primitivos do sistema solar.
Diógenes de Apolônio (séc. IV a.C.), afirmava que os meteoros eram corpos cósmicos - estrelas de pedra - invisíveis da Terra e que após morrerem, precipitavam-se sobre o rio Egos-Potamos. Aristóteles (sec. II a.C.) afirmava que os meteoros eram fenômenos atmosféricos que surgiam durante a ocorrência de fenômenos físicos ligados ao interior da Terra.
Atualmente, sabe-se que a geração do traço de luz no céu, deve-se principalmente a dois fatores: aquecimento do meteoróide e a luminescência do ar atmosférico. Comumente, o efeito meteoro possui uma curta duração, atingindo em media, dois segundos. Excepcionalmente, o rastro luminoso pode durar de alguns minutos a mais de meia hora; provavelmente, este fato se deve à ocorrência de fenômenos elétricos na ionosfera. Dá-se o efeito meteoro na ionosfera, camada que se estende entre 50 a 200 km de altura, aproximadamente. Quando o meteoróide penetra na atmosfera, ele interage com as camadas de ar que oferecem resistência a sua passagem, decorrente do atrito. O astro então se aquece. Se a velocidade do corpo celeste for da ordem de 45 km/s, geram-se temperaturas que variam de 3000°C até cerca de 7000°C, dependendo dos materiais que compõem o meteoróide. Com temperaturas assim tão elevadas, a parte externa é volatilizada e há, nesse processo, geração de luz.
Além disso, quando o corpo celeste cruza a ionosfera, a turbulência por ele provocada no ar e o aquecimento da camada gasosa podem produzir íons ou promover a neutralização de outros já existentes. Do processo de excitação eletrônica libera-se energia, geralmente em forma de luz. Assim, quando observamos o traço luminoso no céu, estamos vendo o caminho já percorrido pelo meteoróide em sua direção à superfície da Terra.
A dimensão dessa brita ou areia cósmica é muito reduzida, da ordem de um grão de arroz. Para efeito de proporções, um meteoro com magnitude de +3m (aproximadamente o brilho de uma das "Três Marias") teria massa aproximada de 0,1 g. Para aqueles que conseguem vencer o "Muro dos Meteoritos" (1), situado a 85 km de altura, atingindo a superfície terrestre, sua massa varia desde alguns quilos até toneladas. São considerados bólidos, os meteoritos que atingem brilho muito elevado, como ``bolas de fogo''.
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