Base Marciana
A primeira missão tripulada para Marte, provavelmente apenas irá fazer um reconhecimento superficial do planeta e deixar lá equipamentos e suprimentos para as próximas missões. Somente com novos grupos de astronautas será possível a construção de uma base definitiva em Marte.
Tal como na Lua, se for confirmada a existência de água no subsolo de Marte as coisas ficam mais fáceis. Uma série de veículos de exploração semelhantes talvez ao jipe lunar, irão carregar os astronautas em longas viagens através da paisagem marciana em busca de respostas para questões como: será que um dia houve vida em Marte?
3º Quarto de Século (2051-2075)
A partir de Marte, seremos capazes de construir naves ainda maiores que possam nos levar a mundos mais distantes. No romance de Artur C. Clark "2001 – Uma Odisséia no Espaço", a nave Discovery chega ao planeta Júpiter. Na vida real, essa missão talvez só venha a acontecer por volta do ano 2071.
Com um tempo de viagem de aproximadamente 1 ano e alguns meses, uma missão tripulada para Júpiter e suas luas pode vir a ser um objetivo sério no terceiro quarto do século XXI. Uma grande série de pesquisas pode vir a serem realizadas nas luas desse planeta gigante gasoso. Será possível explorar os vales de gelo de Europa ou os grandes vulcões da lua Io.
4º Quarto de Século (2076-2100)
Mesmo assim, talvez o século XXI acabe e ainda não tenhamos explorado todos os planetas do Sistema Solar. Ainda temos Saturno, Urano, Netuno e Plutão para explorar. E quanto mais distante se está de nossa época atual, mais difícil fica fazer previsões sobre o futuro.
Tudo o que se pode fazer são extrapolações. Para viajarmos aos mundos mais distantes do Sistema Solar, será preciso construir naves muito maiores e com sistemas revolucionários de propulsão. Chegará o tempo em que foguetes de propulsão química ficarão obsoletos.
Novas tecnologias como a Fusão Nuclear, outros combustíveis nucleares e até mesmo o uso de Antimatéria terão que ser desenvolvidos para que se possa criar uma nave que possa viajar até pelo menos 10% da velocidade da Luz. Alguns poucos projetos de naves fantásticas como essas já existem.
A mais próxima de nossa tecnologia é o projeto Órion de uma grande nave movida à micro explosões nucleares. A Órion está muito próxima de ser uma realidade com o contínuo avanço da tecnologia. O que atrapalha o desenvolvimento desses projetos é o aspecto financeiro ao invés dos problemas tecnológicos.
A Órion poderia ser construída num estaleiro em órbita de Marte e de lá seria lançada como nave de cruzeiro intersolar para os mundos gigantes do Sistema Solar exterior. No entanto isso é ainda um grande sonho. Este talvez seja o panorama da futura exploração humana do espaço no século XXI.
Talvez muitas das coisas escritas aqui venham a se tornar realidade, talvez umas poucas nunca aconteçam. Mas o que importa agora é que tudo que foi descrito teve sua origem num outro século. Quase toda a tecnologia que existe atualmente para as viagens espaciais foi criada neste século, embora muito ainda será desenvolvido.
Mas as bases teóricas, as hipóteses científicas e as descobertas iniciais foram realizadas num século que hoje chamamos de o século das guerras. Um século onde se descobriu que era possível voar! O século onde lançamos nosso primeiro satélite artificial, onde viajamos mais rápido que o som, o século em que liberamos o poder do átomo, o século onde possivelmente encontramos algumas das respostas para a mais indagadora das questões sobre o destino final do Universo – o século XX.
O que mais será possível no próximo século?
Esperamos que o que foi descrito aqui sejam as futuras viagens de exploração da espécie humana, na sua missão de pesquisar novos mundos e novas civilizações, audaciosamente indo aonde ninguém jamais esteve!
André Fonseca da Silva
São Carlos 02 de fevereiro de 2001.
André Fonseca da Silva é monitor voluntário do CDCC no Setor de Astronomia. Formado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP de Jaboticabal e com Mestrado em Computação Gráfica no Instituto de Ciências Matemáticas de São Carlos – USP.
A primeira missão tripulada para Marte, provavelmente apenas irá fazer um reconhecimento superficial do planeta e deixar lá equipamentos e suprimentos para as próximas missões. Somente com novos grupos de astronautas será possível a construção de uma base definitiva em Marte.
Tal como na Lua, se for confirmada a existência de água no subsolo de Marte as coisas ficam mais fáceis. Uma série de veículos de exploração semelhantes talvez ao jipe lunar, irão carregar os astronautas em longas viagens através da paisagem marciana em busca de respostas para questões como: será que um dia houve vida em Marte?
3º Quarto de Século (2051-2075)
A partir de Marte, seremos capazes de construir naves ainda maiores que possam nos levar a mundos mais distantes. No romance de Artur C. Clark "2001 – Uma Odisséia no Espaço", a nave Discovery chega ao planeta Júpiter. Na vida real, essa missão talvez só venha a acontecer por volta do ano 2071.
Com um tempo de viagem de aproximadamente 1 ano e alguns meses, uma missão tripulada para Júpiter e suas luas pode vir a ser um objetivo sério no terceiro quarto do século XXI. Uma grande série de pesquisas pode vir a serem realizadas nas luas desse planeta gigante gasoso. Será possível explorar os vales de gelo de Europa ou os grandes vulcões da lua Io.
4º Quarto de Século (2076-2100)
Mesmo assim, talvez o século XXI acabe e ainda não tenhamos explorado todos os planetas do Sistema Solar. Ainda temos Saturno, Urano, Netuno e Plutão para explorar. E quanto mais distante se está de nossa época atual, mais difícil fica fazer previsões sobre o futuro.
Tudo o que se pode fazer são extrapolações. Para viajarmos aos mundos mais distantes do Sistema Solar, será preciso construir naves muito maiores e com sistemas revolucionários de propulsão. Chegará o tempo em que foguetes de propulsão química ficarão obsoletos.
Novas tecnologias como a Fusão Nuclear, outros combustíveis nucleares e até mesmo o uso de Antimatéria terão que ser desenvolvidos para que se possa criar uma nave que possa viajar até pelo menos 10% da velocidade da Luz. Alguns poucos projetos de naves fantásticas como essas já existem.
A mais próxima de nossa tecnologia é o projeto Órion de uma grande nave movida à micro explosões nucleares. A Órion está muito próxima de ser uma realidade com o contínuo avanço da tecnologia. O que atrapalha o desenvolvimento desses projetos é o aspecto financeiro ao invés dos problemas tecnológicos.
A Órion poderia ser construída num estaleiro em órbita de Marte e de lá seria lançada como nave de cruzeiro intersolar para os mundos gigantes do Sistema Solar exterior. No entanto isso é ainda um grande sonho. Este talvez seja o panorama da futura exploração humana do espaço no século XXI.
Talvez muitas das coisas escritas aqui venham a se tornar realidade, talvez umas poucas nunca aconteçam. Mas o que importa agora é que tudo que foi descrito teve sua origem num outro século. Quase toda a tecnologia que existe atualmente para as viagens espaciais foi criada neste século, embora muito ainda será desenvolvido.
Mas as bases teóricas, as hipóteses científicas e as descobertas iniciais foram realizadas num século que hoje chamamos de o século das guerras. Um século onde se descobriu que era possível voar! O século onde lançamos nosso primeiro satélite artificial, onde viajamos mais rápido que o som, o século em que liberamos o poder do átomo, o século onde possivelmente encontramos algumas das respostas para a mais indagadora das questões sobre o destino final do Universo – o século XX.
O que mais será possível no próximo século?
Esperamos que o que foi descrito aqui sejam as futuras viagens de exploração da espécie humana, na sua missão de pesquisar novos mundos e novas civilizações, audaciosamente indo aonde ninguém jamais esteve!
André Fonseca da Silva
São Carlos 02 de fevereiro de 2001.
André Fonseca da Silva é monitor voluntário do CDCC no Setor de Astronomia. Formado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP de Jaboticabal e com Mestrado em Computação Gráfica no Instituto de Ciências Matemáticas de São Carlos – USP.
Um comentário:
vida em marte? Acredito que tenha existido ... mas agora não existe. Eu acredito que tenha existido por duas razoes:
1 - a existencia de água gelada... prova de que naquele planeta já terão corrido rios - onde há água, há vida...
2 - a tal cara de Marte - que será ? que representará? terão sido os ventos a fazerem aquela cara surpreendente? Coincidencia ou não? Assunto muito polémico.
Eu acredito em extra-terrestres mas eu acho que no Sistema Solar, só existe agora vida na Terra... (embora existam bactérias fora do nosso planeta - e acho que também podem ser consideradas como seres extra-terrestres)... Mas como eu dizia, seres superiores no Sistema Solar só existem na terra... agora eu acredito que noutras galáxias existam outros seres evoluídos... ou até é possível que os outros planetas do Sistema Solar já tenham tido vida superior lá (exemplo de Marte)...
Cumprimentos
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