Ryder-Smith – Se os cientistas chegam a conclusões idênticas às que resultam do conhecimento intuitivo dos místicos, não seria normal que alguns deles sejam atraídos para o misticismo?
Dr. Capra – Alguns cientistas, entre os mais eminentes, aproximaram-se muito do misticismo. A este respeito pode ser citado Einstein ou Niels Bohr, que levaram uma vida em completo acordo com suas descobertas científicas. Desgraçadamente, estes casos são bastante raros.
Na realidade, um cientista não está obrigado a levar uma vida que esteja em harmonia com seus trabalhos científicos, contrariamente aos místicos, que devem orientar sua vida de tal modo que possam alcançar a revelação. Entretanto, os cientistas podem chegar a certo desapego.
Ryder-Smith – Os místicos são pródigos em seus ensinamentos há 2500 anos pelo menos, enquanto que na física o estudo das partículas subatômicas não data mais do que deste século. Ademais, as noções científicas não param de evoluir e de se modificar. Pode deduzir-se que os paralelos existentes atualmente entre a ciência e o misticismo são simplesmente temporais? Os investigadores podem, de fato, mudar seu ponto de vista a cada momento.
Dr. Capra – Este argumento tem fundamento, e esta questão requer, sem dúvida alguma, muita prudência e é delicada de ser tratada. Certamente, não posso prever com acerto a evolução da ciência, mas posso indicar-lhe pelo menos quais são minhas convicções a este respeito.
Creio que apesar das modificações que experimentem as teorias científicas ao evolver-se, não farão, de fato, mais que reforçar do que debilitar suas semelhanças com a tradição mística. Ademais comprova-se que tendências similares se revelam atualmente em todas as disciplinas científicas.
Quando escrevi o “Tao da Física” faz uns seis anos, então não interessava mais do que nos paralelos que existem entre as tradições místicas e a física. Depois adquiri certas noções de biologia, psicologia, ciências sociais, etc. e pude então descobrir que estes paralelos existem igualmente em outros campos.
Por conseguinte, parece-me que a ciência inteira, como um todo, experimenta uma mudança muito profunda. Esta evolução está orientada para uma visão do mundo que se poderia qualificar de holística, ou de ecológica, apresentando aspectos muito parecidos aos das tradições místicas. Estou convencido de que estas semelhanças se reforçarão, e não se debilitarão no futuro.
Dr. Capra – Alguns cientistas, entre os mais eminentes, aproximaram-se muito do misticismo. A este respeito pode ser citado Einstein ou Niels Bohr, que levaram uma vida em completo acordo com suas descobertas científicas. Desgraçadamente, estes casos são bastante raros.
Na realidade, um cientista não está obrigado a levar uma vida que esteja em harmonia com seus trabalhos científicos, contrariamente aos místicos, que devem orientar sua vida de tal modo que possam alcançar a revelação. Entretanto, os cientistas podem chegar a certo desapego.
Ryder-Smith – Os místicos são pródigos em seus ensinamentos há 2500 anos pelo menos, enquanto que na física o estudo das partículas subatômicas não data mais do que deste século. Ademais, as noções científicas não param de evoluir e de se modificar. Pode deduzir-se que os paralelos existentes atualmente entre a ciência e o misticismo são simplesmente temporais? Os investigadores podem, de fato, mudar seu ponto de vista a cada momento.
Dr. Capra – Este argumento tem fundamento, e esta questão requer, sem dúvida alguma, muita prudência e é delicada de ser tratada. Certamente, não posso prever com acerto a evolução da ciência, mas posso indicar-lhe pelo menos quais são minhas convicções a este respeito.
Creio que apesar das modificações que experimentem as teorias científicas ao evolver-se, não farão, de fato, mais que reforçar do que debilitar suas semelhanças com a tradição mística. Ademais comprova-se que tendências similares se revelam atualmente em todas as disciplinas científicas.
Quando escrevi o “Tao da Física” faz uns seis anos, então não interessava mais do que nos paralelos que existem entre as tradições místicas e a física. Depois adquiri certas noções de biologia, psicologia, ciências sociais, etc. e pude então descobrir que estes paralelos existem igualmente em outros campos.
Por conseguinte, parece-me que a ciência inteira, como um todo, experimenta uma mudança muito profunda. Esta evolução está orientada para uma visão do mundo que se poderia qualificar de holística, ou de ecológica, apresentando aspectos muito parecidos aos das tradições místicas. Estou convencido de que estas semelhanças se reforçarão, e não se debilitarão no futuro.
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