quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Jung e a Pesquisa Psi

Estas ocorrências causaram em Jung profundas impressões e influências, principalmente pela falta de explicações na ciência de então. Em seu livro de memórias ( JUNG, C.G. - Memórias, sonhos e reflexões. Reunidas e editadas por Aniela Jaffé, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1995, 17. Edição ) , Jung conta uma situação curiosa, na qual, em uma festa de casamento, acabou relatando detalhes indiscretos da vida de um dos convidados que nunca vira.

Relata, ainda, os impactos de uma visão premonitória da guerra mundial de 1914, que teve em 1913, ponderando que, por não ter compreendido logo de início a natureza precognitiva de tais visões, temeu estar adoecendo psiquicamente, invadido por conteúdos do inconsciente.

Também no trabalho clínico, na relação com seus pacientes, Jung observava ocorrências de natureza extrasensorial e, não raro, bastante oportunas e significativas para o bom desenvolvimento do tratamento em questão. Neste sentido, conta o caso de um paciente de quem havia tratado uma depressão e, mesmo sem notícias sobre ele, pressentira o momento de seu suicídio através de sensações correlatas; que ele pôde avaliar, posteriormente, terem ocorrido simultaneamente ao ato do ex-paciente.

Nota-se, na trajetória de Jung, o profundo interesse que nutriu por ocorrências de natureza extrasensorial, abundantes em sua experiência pessoal, e a seriedade com que ele buscou abordar tais questões, buscando observá-las sob o crivo da ciência. Jung não deixou de se opor aos colegas céticos que simplesmente desconsideravam fenômenos que não pudessem ser reconhecidos e aprovados como tal pelas ciências da época.

Continua

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