quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Jung e a Pesquisa Psi

Jung foi um amplo e profundo conhecedor da filosofia e outras ciências, o que referenciou suas próprias descobertas, experiências e raciocínio científico. Dentre os cientistas conterrâneos, tinha grande admiração pelos trabalhos de Rhine a respeito de precognição, chegando a indicá-lo para o prêmio Nobel, tanto pela relevância que atribuía à temática escolhida por ele, como pelo caráter experimental de sua pesquisa.

Aos estudiosos de fenômenos Psi, mostra-se particularmente interessante, na abordagem dos fenômenos parapsicológicos por Jung, sua recusa por um modelo de transmissão de energia, em vigor em algumas correntes científicas da Pesquisa Psi atual. Em seu pensamento, a telepatia e demais experiências extra-sensoriais estão ligadas a um instinto, a uma capacidade da mente humana.

Os fenômenos psi são contemplados pela Psicologia Analítica como manifestações dos arquétipos do Inconsciente Coletivo. Chamados por Jung de eventos sincronísticos, obedecem não ao princípio de causalidade admitido em geral pela ciência, mas sim ao que ele denominou princípio de sincronicidade.

Jung não só admitiu a existência dos fenômenos dando-lhes nome, mas inseriu-os no corpo de sua teoria como o fez com os sonhos. Sendo o principal discípulo de Freud, sua teoria baseia-se também no conceito de inconsciente. Também para ele a estrutura da psique compõe-se de conteúdos conscientes e inconscientes; no entanto, aqui o inconsciente não se resume a conteúdos individuais reprimidos ou esquecidos pela consciência, mas algo mais abrangente, que contém a memória de um passado ancestral, da consciência da humanidade através dos tempos.

Continua

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