Hollanda — Sim, o Flávio. Descobri isso quando todo mundo quis ver o meu ferimento. Ele também possuía a mesma marca na perna esquerda, numa das coxas. Ele acabou falecendo por causa de derrame, em virtude do ferimento na perna. Depois eu conversei com um médico, amigo meu, para o qual mostrei meu braço. Ele me convidou a ir até o hospital para fazer exames. Numa das vezes que fui a São Paulo e conversei com Rafael Sempere Durá, ele pegou uma bússola pequena e pediu permissão para dar uma olhada, colocando o aparelho sobre a minha pele.
Ufo — Essa é, sem dúvidas, uma evidência física sem precedentes...
Hollanda — Os ponteiros da bússola ficaram alterados. Se através de um exame radiológico não se pôde ver absolutamente nada, comentei com Rafael que queria mandar abrir a pele. Ele me aconselhou que não o fizesse.
Ufo — Mudando de assunto, o senhor tem conhecimento de que o Governo brasileiro continua fazendo pesquisas ufológicas, seja na Amazônia ou em outro lugar?
Hollanda — Pesquisa com determinação, com base em um programa, acredito que não. Pelo menos não tenho qualquer informação a esse respeito. Primeiro, porque estou fora, na reserva. Tenho muito pouco contato com o Ministério da Aeronáutica. Possuo amigos lá, mas nunca ouvi falar que o órgão tenha ido investigar qualquer tipo de projeto ou eventualidade.
Ufo — O senhor acredita que deveria haver um programa de pesquisas ufológicas mantido pelo Governo brasileiro?
Hollanda — Na minha opinião, sim. Eu mesmo tenho minhas razões pessoais para crer nisso, mas mesmo que não as tivesse, se eu fosse comandante, mandaria.
Ufo — O que o senhor imagina que foi feito dos documentos e fotografias resultantes dos três meses da Operação Prato?
Hollanda — Creio que tenham sido arquivados, pois não foi dado muito valor a eles. Não tive conhecimento de qualquer repercussão no Ministério da Aeronáutica. Quanto às fotografias, não foram enviadas as 500 para eles. Seguiram apenas as que constavam no relatório e alguns negativos. A maioria delas ficou conosco, guardada nos arquivos do 1º COMAR, e ninguém mais conseguiu obter informação a respeito. A seção à qual eu pertencia é onde se encontram arquivados os quatro filmes batidos e as fitas de vídeo. Na época, o Ministério da Aeronáutica iria ficar com apenas um rolo, mas confiscou inclusive os outros três que pertenciam a mim, que foram comprados com meu dinheiro e, assim mesmo, a Aeronáutica nunca os devolveu.
continua
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