Hollanda — Claro, eles imaginavam estar sendo atacados por algum ser maldoso, como um vampiro ou morcego. Os populares pensavam que eram coisas que vinham de fora, de outro planeta. Eles já viam formas estranhas e luzes antes de mim. As naves também, pois demorou muito para eu observá-las.
Ufo — A população ribeirinha dessas regiões andava armada?
Hollanda — Sim, a população que vivia às margens do rio usava foguete, andava armada com espingardas de cartucho e de caça. Foi relatado na Operação Prato que eles portavam armas. Alguns até atiravam, e eu só dizia para não fazerem isso. O próprio padre falava que não havia motivo para tanto: “Vocês nunca vão fazer nada. Quem tentar lhes apontar uma arma ficará 15 dias dormente, imobilizado na rede”.
Ufo — Coronel, essa experiência que o senhor acabou de descrever teve alguma influência em sua vida, em sua forma de ver o mundo? Isso aconteceu no final da Operação Prato?
Hollanda — A Operação Prato foi até quando a Aeronáutica mandou interrompê-la. Esse relato foi passado ao meu comandante, dizendo tudo a respeito de como foi a coisa. Posteriormente, o filme foi revelado e assistido no auditório do Quartel General por vários oficiais.
Ufo — Quais foram as conclusões a que o senhor chegou, a esse respeito?
Hollanda — Não havia dúvidas. Não tínhamos visto a forma do objeto na hora em que se deu o avistamento. Só fomos ver depois da impressão fotográfica. A coisa tinha no alto uma porta aberta, como a de um Boeing. Não havia ser algum dentro do objeto, na fotografia também não aparecia nada, exceto um feixe de luz em direção ao barco onde estávamos. Dessa abertura parecia que alguém focava em nossa direção. Na ocasião, a luminosidade era tão forte que nos impedia de ver qualquer forma no interior daquela bola azul enorme.
Ufo — Com uma declaração desse nível, uma coisa extraordinária como essa, por que o 1º COMAR desativou a Operação Prato em apenas três ou quatro meses de trabalho?
Hollanda — Olha, talvez tenha sido por causa da especulação da população. São perguntas que não podem ser respondidas. Quem são, por exemplo, ninguém sabe. Talvez quem esteja mais avançado sejam os norte-americanos, os russos. De onde vêm? Não há resposta. O que eles querem? Também não sabemos. São as três questões feitas e que ninguém pode responder – o que desmoraliza a Força Aérea e o Governo brasileiro.
continua
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