sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Detectando Desígnio Na Natureza - 6

O problema de definir o natural e o artificial

Isso nos leva novamente aos muros de pedras mencionados anteriormente. Os muros funcionam (são funcionais) como resultado de pelo menos uma lei natural - a gravidade - mas devem a sua existência a um projeto inteligente. É possível que os seres vivos façam parte da natureza se funcionam da mesma maneira, isto é, se são o resultado de um processo que envolve um projeto inteligente, já que funcionam de acordo com as leis naturais?

Uma maneira de abordar perguntas desse tipo é definir simplesmente a vida como algo natural e exigir que se recorra tão somente a explicações naturais. Um exemplo disso poderia ser: “O conhecimento científico se limita às explicações naturais para fenômenos naturais baseados nas provas que nos proporcionam nossos sentidos ou nossas extensões tecnológicas”.

Porém, isso gera uma espécie de raciocínio circular no qual se os fenômenos semelhantes à vida são considerados naturais, somente podem ser explicados como resultado das forças naturais e do acaso. Portanto, as forças naturais e o acaso devem ser suficientes para explicar todos os fenômenos naturais, sejam eles aparentemente razoáveis ou não.

O que sucederia se um cientista já não soubesse que os muros de pedras são o resultado de uma ação inteligente? Encontram-se eles em todas as partes das Ilhas Britânicas e em muitos outros lugares, e em muitos casos desconhecemos quem decidiu sua construção e quando ela foi realizada.

O que sucederia se os muros fossem classificados
N.º 10
Ciências das Origens erroneamente como um elemento natural a mais na paisagem inglesa? Uma vez que foram classificados como naturais, só se admitiria uma explicação natural para sua origem, e se essas explicações naturais são por definição suficientes para dar conta de tudo na natureza, deveriam bastar para explicar a origem dos muros.

Continua

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