A nova tática da campanha pela liberdade de informação.
Fernando Ramalho
A luta pela liberdade de informações ufológicas governamentais pode ser considerada uma verdadeira guerra, composta de várias batalhas que, no front, geralmente são travadas entre ufólogos civis e autoridades militares, onde a Justiça é o campo e as testemunhas e leis são as armas.
É uma luta antiga, que praticamente se confunde com o próprio estudo da Ufologia, tendo surgido simultaneamente aos sucessivos processos de acobertamento impostos ao assunto pelo governo dos Estados Unidos, após cada ocorrência marcante registrada naquele país, especialmente o Caso Roswell, em 1947. Para prejuízo da ciência, os resultados dessa guerra quase sempre penderam para um dos lados, o da desinformação. Mas isso vem aos poucos mudando.
O berço do acobertamento tornou-se também o nascedouro de movimentos organizados para abertura dos arquivos sigilosos, que começaram a equilibrar o jogo. A pressão contra esta política obscura resultou, em 04 de julho de 1966, na assinatura da Lei de Liberdade de Informações [Freedom Information Act, FOIA] pelo presidente norte-americano Lyndon B. Johnson.
Nascia ali a legislação que permitiria o acesso de cidadãos comuns a informações mantidas em sigilo pelos diversos órgãos do governo dos EUA. A FOIA, embora de início não tenha representado grandes avanços para a Ufologia, logo começou a abrir caminhos para os procedimentos legais, possibilitando aos pesquisadores requereram também dados secretos sobre ocorrências envolvendo discos voadores.
Os requisitos para utilização dos mecanismos da FOIA são específicos: o pleiteante deve saber exatamente que informação deseja, em que formato ela está, quando e por quem foi produzida e, principalmente, onde está guardada.
Com tantas exigências, é fácil entender porque, a princípio, essa lei não trouxe tantos resultados para os ufólogos. Entretanto, a FOIA deu início a campanhas individuais e coletivas visando a liberação de informações ufológicas, que agora começam a colher seus resultados, como é o caso do movimento iniciado em 12 de novembro, pela Coalizão para Liberdade de Informação (CFI), que tem a jornalista e ufóloga Leslie Kean, consultora da Revista UFO, como principal mentora.
Continua
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