Satélites Operacionais
Analógicos: AO-7, ISS, FO-29,AO-27
Digitais: ISS, UO-22, GO-32, NO-45, MO-46
Satélites Semi-Inoperacionais
Analógicos: RS-15, FO-20,
Digitais: UO-11, AO-16, LO-19, UO-22,
Satélites Inoperacionais
Analógicos: - AO-10, RS-12, RS-13, RS-15, SO-33, SO-41
Digitais: DO-17, WO-18, KO-23, TO-31, PO-34, SO-35, UO-36, AO-40, SO-42, NO-44, AO-49
11. Que tipo de disciplinas ou que atividades se podem encontrar nos satélites de amador ?
Ao longo dos anos, os radioamadores tecnicamente qualificados, e que em parceria com outros grupos de investigação e desenvolvimento, nomeadamente as universidades e forças de defesa, têm vindo a desenvolver e a colocar em serviço diferentes tipos de sistemas, incluindo satélites dedicados a áreas temáticas diversas.
Designadamente para fins ambientais e educativos. Ao contrário da visão consumista, que certa industria e comércio de materiais de rádio quis transmitir junto do cidadão comum acerca do Serviço de Amador, este não é, nem nunca foi, uma charada.
Tanto mais que a história e os imperativos suscitados pelas culturas civilizacionais exigem de todos nós, incluindo dos Amadores da Rádio e das comunidades científicas e tecnológicas, uma atitude construtiva e de serviço público, sustentada por organismos sérios e dedicados, que tem por prioridade, a educação, as culturas de saber e do conhecimento, o desenvolvimento humano global, em absoluta liberdade e respeito pelos direitos e deveres comuns das sociedades e das nações.
Uma atitude de clara consciência, uma prioridade sobre o lúdico, desportista e consumista. Nestes termos, tem sido a NASA, a ESA e a Agência Espacial Russa que ao lado de escassos governos de outros estados membros das Nações Unidas, tem ajudado a comunidade dos radioamadores a estudar e a desenvolver, construindo e colocando em órbita da Terra inúmeros satélites de amador.
Para o novo milênio e para este século XXI, estão disponíveis satélites através dos quais se podem operar todos os serviços ou modos de transmissão atualmente existentes. São mais os satélites disponíveis do que a qualificação técnica e a destreza operativa de qualquer um de nós individualmente, associada com o tempo livre de os poder operar.
Podemos operar satélites a partir da sempre atual telegrafia manual, passando pela banda lateral única ou dupla, o rádio-teletipo, a televisão de varrimento lento, o FM, o FSK e todos os elaborados modos de transmissão digital e vetorial, que nos dão acesso à comunicação direta individual, à difusão geral, à teledeteção e controlo remoto de sistemas.
Preparam-se os radioamadores, através da AMSAT, para a navegação e para a viagem espacial. São estes grandes desafios tecnológicos do futuro e da humanidade.
12. É fácil operar através de um desses satélites de amador ?
A facilidade ou a complexidade na operação de um satélite de amador, depende obviamente das características técnicas do satélite selecionado. Podemos dividir os satélites por serviços analógicos e digitais, em quatro grupos essenciais, a saber:
a) Satélites de órbita polar de baixa altitude, dedicados a serviços analógicos.
Estes são, aparentemente, os satélites mais acessíveis e fáceis de operar. Compostos essencialmente por sistemas retransmissores, de banda estreita, e de banda larga.
Os sistemas retransmissores de banda larga são denominados por transponders lineares, pois são sistemas lineares, que efetuam a transposição espectral de uma faixa com determinada largura de banda, para outro espectro ou segmento de banda.
São sistemas que dispõem de uma largura de banda (no caso dos amadores) de 30, 50 ou 100 KHz. Nas aplicações comerciais eles atingem vários MHz de largura de banda. Nestas aplicações, um transponder linear ao invés de efetuar a retransmissão de um canal simples (tipo FM) ou de uma única transmissão, ele efetua a retransmissão integral de um espectro sem ser sequer desmodulado.
Chama-se uma transposição em banda base nos casos em que o sinal é recebido por um receptor, tratado a nível de RF por um sistema de freqüência intermédia, é transposto para outro espectro e amplificado numa cadeia emissora de potência.
O sinais são compostos por múltiplos tipos de emissões diferentes e de banda estreita, do tipo USB, CW, RTTY, SSTV, FSK BPSK, PSK, onde se podem incluir emissões ou serviços analógicas e digitais de pequena ocupação espectral, entre 150 Hz e 3 KHz.
Os sistemas retransmissores de banda estreita são como vulgares repetidores de FM (F3E) ou NBFM. Eles fazem a repetição de uma emissão em modulação de freqüência ou fase, são desmodulados e retransmitidos através de um canal ou faixa de áudio, a ser de novo modulada na freqüência que se desejar retransmitir, tal qual é feito num repetidor terrestre.
Estes satélites são muito populares entre os amadores de menos recursos técnicos. São fáceis de operar e podem até ser compostos por mais de um receptor de FM, cujos sinais de áudio, uma vez desmodulados, são misturados ou selecionados à entrada do modulador comum de um único emissor destinado ao downlink ou ligação de descida do satélite.
A ocupação espectral recomendada para este tipo de satélites é de cerca de 5KHz a 12,5 KHz, poucos são os sistemas modernos que ocupam 25 KHz.
b) Satélites de órbita polar de baixa altitude, dedicados a serviços digitais.
Estes são os satélites de órbita circular polar que operam principalmente packet nas suas diversas modalidades. São o equivalente terrestre a uma BBS de packet. Nesta ocasião, estão operativos mais do que 10 satélites deste tipo.
Entre estes, contam-se os satélites tradicionais a operarem a 1200 bps, vulgarmente conhecidos por pacsats. São eles a ISS, UO-14, AMSAT OSCAR 16, o satélite argentino LUSAT o LO-19 e outros referidos na tabela anterior.
Existem ainda os satélites como UO-22 e KITSAT OSCAR 25 que também fazem serviço de BBS, mas a operar a velocidades de 9600 bps. Estes satélites foram equipados com sistemas de teledeteção, incluindo câmaras e sistemas de fotografia, que transmitem para a Terra imagens sobre a forma digital.
Uma nova geração de satélites digitais de 9600 bps a operarem em FSK foi lançada no espaço, entre os quais se incluem os ITAMSAT-A, KITSAT-B, EYESAT-A e ainda o malogrado satélite português PoSAT-1, que está tecnicamente operativo, mas ao que se sabe, nem sequer é utilizado por nenhuma entidade nacional, seja ela militar ou civil, nem para fins educativos ou científicos. Entre este grupo de satélites, está incluído o UNAMSAT, que é o primeiro satélite mexicano.
c) Satélites de grande altitude e órbita elíptica, dedicados a serviços analógicos e digitais.
Estes são, conforme referimos, os satélites que melhor nos permitem efetuar comunicações entre múltiplos continentes. As comunicações intercontinentais, tal qual se fazem nas faixas de ondas-curtas. Nestes satélites utilizam-se todos os serviços de banda estreita, quer sejam serviços analógicos ou digitais.
Os requisitos técnicos são mais elaborados, nomeadamente os ganhos de conjunto das antenas, pois as quantidades de energias radioelétrica em jogo e necessárias para cobrir tão grandes distâncias, são substancialmente menores.
Aqui jogam-se as melhores aplicações, as melhores e mais adequadas instalações, os menores fatores de ruído térmico de uma instalação, quer seja de um receptor, de uma antena ou conjunto de antenas.
Estes são os satélites da Fase 3 que entre eles se destacam o OSCAR 10, um satélite que faz vários anos, está para concluir o seu ciclo de vida útil, mas que se mantém resistente e em funcionamento. E depois deste, temos o mais o recente de todos eles, o satélite da Fase 3-D, o AO-40 ou OSCAR 40.
d) Estações orbitais ou satélites tripulados.
Por último, as naves espaciais tripuladas: são o caso de sucesso da Estação Espacial Russa - MIR, a quem prestamos a nossa homenagem, pela forma inteligente, como foi explorada em termos culturais pela Agência Espacial Russa, num claro exemplo de múltiplas parcerias e adequadas partilhas culturais e científicas.
Onde os Amadores de Rádio se viram naturalmente envolvidos durante muitos anos. A prosseguir o mesmo espírito de vanguarda, temos hoje a ISS e a ARISS - Amateur Radio on International Space Station, tal qual tivemos antes o projecto SAREX e a participação dos amadores em inúmeras missões STS a bordo do Space Shuttle americano.
Todas estas aeronaves têm instalados a bordo equipamentos diversos de radiocomunicações nas faixas de HF, VHF e UHF, meios dedicados ao serviço de amador e com os quais se partilham imensas experiências em diversos campos científicos, tecnológicos, culturais, educativos e humanitários.
Atualmente a ISS está operacional nas faixas de amador, através dos esforços e gestão da ARISS, um esforço institucional, a partir da qual é possível contatar para fins culturais e educativos, os astronautas e cosmonautas que nela habitam e trabalham, através de radiocomunicações diretas, efetuadas por diferentes serviços ou modos analógicos e digitais.
13. Quais são afinal, os modos ou serviços disponíveis nos diversos satélites ?
O termo modo é tido no Serviço de Satélite de Amador como a banda ou faixa de freqüências que se utilizam. O modo não é mais do que o tipo de emissão e recepção, que se pode emitir ou receber de um qualquer satélite de amador. São diversos os tipos de emissão e recepção que podem ser enviados ou recebidos por um satélite.
Uplink .................................. Downlink
Modo........... Banda ............. Freqüências ......... Banda........... Freqüências
A................... 2m....................... 145MHz............ 10m.......... 29MHz
B................... 70cm....................... 435MHz............ 2m.......... 145MHz
J................... 2m....................... 145MHz............ 70m.......... 435MHz
K................... 15m....................... 21.2MHz............ 10m.......... 29MHz
L................... 23cm....................... 1.2GHz............ 70cm.......... 435MHz
S................... 70cm....................... 435MHz............ 13cm.......... 2.4GHz
T................... 15m....................... 21.2MHz............ 2m.......... 145MHz