terça-feira, 22 de maio de 2007

Entrevista com o Paulo Aníbal

Entrevista com o Paulo Aníbal Membro do grupo EXO-X e da equipe Ufo-Nit


Entrevista com o Paulo Aníbal
Por Milton Frank e Cristiano Ramos CUB - Centro de Ufologia Brasileiro

I. -Joshua Lederberg, no inicio da década de 60 se tornou um dos maiores nomes da exobiologia, graças as suas experiências em programas da NASA que estudavam as possibilidades de vida em Marte. De lá pra cá, quais foram os grandes passos dados nas pesquisas que almejam maiores entendimentos do assunto?


Paulo Aníbal G. Mesquita: Foi ele que criou o termo Exobiologia na década de 60...ele é um biólogo que fez importantes pesquisas relacionadas com os experimentos das sondas Mariners, enviadas para explorar Marte de sua órbita, mostraram que este planeta, em seu passado, teve em sua superfície quantidades consideráveis de água no estado líquido, algo promissor para o surgimento de vida como nós a conhecemos.

Em 1976 duas espaçonaves Viking, lançadas pela NASA, pousaram na superfície do planeta vermelho com experimentos destinados diretamente à procura de indícios de vida. Nas décadas de 1980-90 as espaçonaves Voyager I e II e Galileo encontraram evidências de oceanos subterrâneos em alguns dos satélites de Júpiter.

E, nos últimos anos, notícias de descobertas de exoplanetas, tornaram-se quase que uma rotina mensal. A estes fatos soma-se a descoberta dos extremófilos, microorganismos capazes de sobreviver em condições extremas em nosso planeta, o que mostra que vida tem uma capacidade incrível de se adaptar aos mais variados ambientes.

Sem dúvida nenhuma o grande passo de lá pra cá foi à detecção de moléculas orgânicas (Base de Carbono) extraterrestres pela espectroscopia na luz visível, (no ultravioleta UV), no infravermelho (IV) e rádio. Outra descoberta importante foi a descoberta até hoje de mais de 200 exoplanetas, ou seja, planetas fora do nosso sistema solar, inclusive no final do último mês de abril foi descoberto pela primeira vês um planeta na estrela Gliese semelhante à Terra, nas condições da “zona habitável” para vida com tal conhecemos, com temperaturas estimadas de 0 à 40°.

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Entrevista com o Paulo Aníbal

II- Nos estudos, temos um grande e importante elo entre a vida na terra e uma possível vida extraterrestre: o carbono. Quais foram as principais descobertas cientificas que constataram a presença moléculas orgânicas corpos celestes e nebulosas?

Paulo Aníbal G. Mesquita: O espectroscópio, que através das cores analisa a luz emitida, por isso ele esta para um exobiólogo o que à lupa esta para um detetive; no final da década de 60 foi descoberta a amônia (NH3) pela radioastronomia, e que as nuvens nos meios interestelares com hidrogênio (H), hélio (He), carbono (C), oxigênio (O), nitrogênio (N) e outros formam varias moléculas orgânicas complexas. Por exemplo, o HCOOH (ácido fórmico) e a H2CHN (metanímina) descobertos pela radioastronomia que, combinados, formam a glicina (NH2CH2COOH), aminoácido essencial para a vida que compõem as proteínas, foi detectado em uma nuvem interestelar na direção da constelação de Sagitário.

Análise de alguns meteoritos carbonáceos revelou a presença de aminoácidos, como por exemplo, o meteorito Murchison (J.Cronin- Univ. Arizona) onde foi detectado 74 diferentes aminoácidos e dezenas de outros compostos orgânicos, revelando que há mais diversidade orgânica de aminoácidos em meteoritos do que a própria vida na Terra. Outro dado interessante é a detecção de HCN (ácido cianídrico) e de H2O (água) na nebulosa de Órion ("Berçário" de estrelas); em algumas nuvens interestelares foram identificadas moléculas mais complexas como C2H50H (álcool etílico).

A espectroscopia ainda revelou radicais e moléculas orgânicas e água nos cometas, que seriam os “fecundadores” espaciais. A presença de elementos orgânicos, ou seja a base de carbono, como citamos na resposta anterior, não deixa qualquer dúvida, inclusive corroborado pelas descobertas da sonda Giotto(1986), que interceptou o núcleo cometa Halley e constatou à presença de componentes pré-biológicos como CO2, CO, H2O, CH4(metano), NH3 e grãos de grafita , os cinco primeiros também foram detectados pelo infravermelho(Satélte ISO);

No coma do cometa, que resulta da sublimação do gelo do núcleo, que da origem à famosa cauda, foram detectados substâncias como CH3CN(metilcianido), HCN(no cometa Kohoutek), HCOOH(ac. fórmico), CH3OH(álcool metílico) e H2S (sulfeto de hidrogênio); todas essas substâncias também foram detectadas no cometa Hale-Bopp pelo o satélite IRAM. Para reforçar a idéia que o carbono é mais comum é que são inúmeros os compostos encontrados em meteoritos condríticos carbonáceos.

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Entrevista com o Paulo Aníbal

III- A teoria da Panspermia de Svante A. Arrenius (1859-1927) sustenta que a vida na terra se deve a esporos microbianos que chegaram a nosso planeta a bordo de meteoritos e cometas. De acordo com sua opinião, quais os reais valores desta teoria?

Paulo Aníbal G. Mesquita: Foi em 1903, que o químico sueco Svante A. Arrenius (1859-1927) propôs a sua teoria da Panspermia, segundo a qual a origem da vida seria extraterrestre e que "esporos" microbianos teriam sido trazidos a Terra a bordo de meteoritos e cometas, "semeando" a vida no planeta; note-se que essa teoria é anterior à descoberta de compostos orgânicos nos cometas; essa analise da origem da vida “via” extraterrestre é plausível e aceitável se levarmos em consideração a própria formação de água liquida, pois a mesma só pode ter se formado e tomado “abundante” depois que a crosta terrestre se resfriou e a atmosfera se formou; isso deixa, no máximo de 400 a 500 milhões de anos para o surgimento da vida.

Considero esse tempo extremamente curto, pois pela Biologia clássica a vida na Terra surgiu como produto de reações químicas pré-bióticas (Oparin 1924 \ Muller e Urey, 1953), então, a síntese da vida a partir da matéria abiótica foi mais rápida do que a evolução dos mais complexos seres vivos, e por isso a minha indagação. Talvez até a água primordial dos oceanos foi trazido pêlo cometas no passado remoto da Terra.

IV. No Brasil quais as entidades de estudo se destacam no ramo da exobiologia?

Paulo Aníbal G. Mesquita: Oficialmente não há uma instituição específica para as pesquisas na Exobiologia, mas ela é tratada especificamente dentro do curso de Astronomia ou na Biologia.

V- Através da espectroscopia foram descobertos elementos como o Césio e o Rubídio, além do Hélio que foi constatado no sol antes de ser encontrado na Terra. Para o Sr., quais descobertas podem estar a caminho, com relação ao estudo do universo e de seus elementos químicos?

Paulo Aníbal G. Mesquita: Muitos elementos que estão na tabela periódica já foram detectados no espaço e em corpos siderais, bem como compostos, como citamos na segunda pergunta. Portanto, na minha opinião, os seres extraterrestres são quimicamente semelhantes a nós na Terra, mas lógico, dependendo da sua evolução biológica, certamente vamos ter inúmeras formas morfológicas de vida.

VI- Existem afirmações de uma teoria que pauta a vida baseada em silício ao invés de carbono. Existe algo plausível para tanto, ou isso não passa de uma falsa conjectura?

Paulo Aníbal G. Mesquita: Em termos de ligações possíveis, o átomo de Silício também possui um comportamento semelhante ao carbono (ambos são tetravalentes), ou seja, podem fazer 4 ligações no átomo. Por exemplo, ao invés de longas cadeias carbônicas, também temos longas cadeias com átomos de silício, como por exemplo, o silicone. Porém, para que haja uma atuação reativa é necessário que o ocorra em altas temperaturas (algumas centenas de graus)......Teriam que ser seres à base de silicone?

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Entrevista com o Paulo Aníbal

VII- Quais os méritos da equação de Frank Drake que estima a possibilidade de centenas de civilizações em estado de evolução capacitada a comunicação em nossa galáxia?

Paulo Aníbal G. Mesquita: Ele foi o primeiro a estipular matematicamente a presença de possíveis civilizações com um certo grau de desenvolvimento tecnológico. Frank Drake formulou a equação matemática em 1961, de possibilidade de vida extraterrestre:
N* x fp x Ne x f1 x fi x fc x fL = N

Onde:
N* é o número de estrelas de uma galáxia, no caso da Via Láctea a estimativa é de 200 Bilhões de estrelas.

fp..é a fração de estrelas com planetas ao seu redor- 0,5 onde acredita-se que metade das estrelas tenha planetas orbitando ao seu redor.

Ne é número de planetas em cada sistema com condições para o desenvolvimento da vida. Estima-se entre
1 e 4.


f1. é a fração de planetas onde a vida se desenvolveu. Entre 0,1 a 1,0.

fi.é a fração de planetas onde a inteligência se desenvolveu. Estima-se 1.

fc .é a fração de civilizações que desenvolveram à comunicação, pelo menos rádio. Estima-se entre
0,1 a 0,9.

fL.é a fração de tempo em que essa civilização enviou sinais.Estimativa de 0,00001.

N.é número total de civilizações avançadas existentes numa galáxia e, por esses números da conta de Drake, há 100.000 civilizações inteligentes com capacidade de comunicação só em nossa galáxia.


VIII.- O Sr. acredita na Abiogênesis, que se baseia na origem de organismos vivos diretamente à partir da matéria sem vida?

Paulo Aníbal G. Mesquita: Não acredito na abiogênesis. Não devemos confundir com a idéia mais aceita da origem da primeira forma de vida no planeta, que deve ter sido algo semelhantes as arqueobactérias, onde pela Biologia clássica, a primeira vida na Terra surgiu como produto de reações químicas pré-bióticas (Oparin 1924 \ Muller e Urey, 1953). Mas atualmente, qualquer forma de vida que exista em qualquer lugar é porque já havia a mesma antes, pois todas as formas de vida são capazes de se reproduzirem, até mesmo as formas mais simples, como os vírus.

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Entrevista com o Paulo Aníbal


IX- Existem pessoas que apresentam narrativas de ocorrências de deparo com seres de características diferentes das conhecidas no globo terrestre. Podemos citar as criaturas aladas de Porto Rico ou mesmo o sul americano Chupa-cabra. Para o Sr. existem possibilidades destes seres (se é que estes existem realmente) serem espécimes extraterrestres adequadas ao nosso habitat natural?

Paulo Aníbal G. Mesquita: De certa forma sim! Da mesma forma que a vida se originou e evoluiu nos mais diversos ambientes do planeta Terra, por que não devemos aceitar que a evolução de formas de vida extraterrestre também não possa ocorrer nos seus planetas de origem? Quem sabe ainda que alguns dos supostos ambientes extraterrestres sejam semelhantes ao nosso! Mas segundo a literatura ufológica em todo mundo, apesar das dezenas de tipos de seres extraterrestres descritos em contatos, há uma tipologia de ser que prevalece em pelo menos 70% dos casos, trata-se do Tipo Alfa-gray, envolvido principalmente nas abduções, cujos caracteres são: Estatura baixa (média 1,20 m.de altura);corpo magro e fino;cabeça desproporcionalmente grande com dois olhos grandes escuros; em geral cinzentos, com boca e narinas pequenas.

X- Atualmente a que especificamente no ramo da exobiologia e afins, o senhor se dedica em seu estudo?

Paulo Aníbal G. Mesquita: Estou acompanhando os estudos sobre os Exoplanetas e participando de uma intensa divulgação da ciência EXOBIOLOGIA no âmbito acadêmico. Por exemplo, vamos fazer um ciclo de palestras sobre o tema sob apoio de um observatório astronômico. Abaixo o folder do evento:

Fonte: http://www.cubbrasil.net/index.php?option=com_content&task=view&id=164&Itemid=35

Explosão devastou vida na America do Norte

Explosão devastou vida na América do Norte

da BBC Brasil

Uma polêmica nova teoria sugere que um grande cometa ou asteróide explodiu nos céus da América do Norte há 13 mil anos causando extinção em massa na região. A explosão pode ter aniquilado uma das primeiras culturas da Idade da Pedra na América, além dos grandes mamíferos do continente, como o mamute e o mastodonte. Cientistas vão mostrar as provas da teoria em uma reunião nesta semana, no México. A prova vem de camadas de sedimentos recolhidas em mais de 20 locais em toda a América do Norte.

Sedimentos
Os sedimentos apresentam materiais como minúsculas esferas de vidro e carbono, partículas ultra pequenas de diamantes e quantidades do elemento irídio, que são altas demais para terem vindo da Terra. Isso aponta para uma explosão a 12,9 mil anos de um objeto extraterrestre, de até cinco quilômetros de diâmetro, segundo os cientistas.

Nenhuma cratera foi encontrada, provavelmente devido à Camada de Gelo Laurentide, que cobria milhares de quilômetros quadrados na América do Norte durante a Era do Gelo. A cobertura de gelo era espessa o bastante para mascarar o ponto de impacto.Outra possibilidade é que a rocha espacial tenha explodido ainda no ar.

Camada
As rochas estudadas pelos pesquisadores têm uma camada preta que seria o carvão vegetal depositado por incêndios florestais que atingiram o continente depois da explosão. A explosão teria não apenas gerado quantidades enormes de calor que originaram os incêndios, mas também iniciou um período de esfriamento do clima que durou mil anos.

O professor James Kennett, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse que a explosão poderia ser a culpada pela extinção de vários mamíferos grandes da América do Norte no final da última Era do Gelo."Todos os elefantes, incluindo o mastodonte e o mamute, todas os preguiças terrestres, incluindo a preguiça gigante, todos os cavalos e todos os camelos da América do Norte foram extintos", disse.

Humanos

Segundo a teoria tradicional, os humanos vieram do nordeste da Ásia para a América no final da última Era do Gelo, através de uma ponte de terra que, na época, ligava a Sibéria ao Alasca. A cultura Clovis foi uma das mais antigas conhecidas no continente. Estes caçador-coletores desenvolveram uma lança muito fina, que é vista como uma das mais sofisticadas ferramentas de pedra já desenvolvidas.

Arqueólogos descobriram provas na Carolina do Sul, Estados Unidos, que as populações Clovis na região entraram em colapso. Mas não há provas de um declínio semelhante em outras partes do continente. A cultura Clovis desaparece dos registros arqueológicos de forma abrupta, mas é substituída por uma série de outras culturas diferentes, de caçador-coletores.

Segundo a nova idéia, o cometa teria causado o derretimento da camada de gelo da América do Norte. As águas teriam ido para o Oceano Atlântico, modificando suas correntes. Isto, segundo os cientistas, teria causado um esfriamento do clima que durou mil anos, o último avanço glacial. O último avanço glacial foi relacionado por alguns pesquisadores a mudanças nos padrões de vida de pessoas vivendo no Oriente Médio, o que levou ao início da agricultura.

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u62267.shtml

Cientista descobrem 700 novas espécies...

Cientistas não acreditavam em tamanha biodiversidade em mares tão profundos;
76 novas espécies de esponja foram encontradas
Cientistas descobrem 700 novas espécies na Antártida Milhares de espécies foram coletadas entre profundidades de 770 m até 6,3 km

LONDRES - Uma extraordinária gama de vida marinha foi descoberta nas águas profundas e escuras da Antártida. Cientistas encontraram mais de 700 novas espécies de criaturas em mares até então considerados hostis demais para conter tão rica biodiversidade.

Eles coletaram grupos de esponjas carnívoras, vermes, crustáceos e moluscos. As descobertas, publicadas na revista Nature, podem lançar luz sobre a evolução da vida oceânica nessas áreas. "O que considerávamos ser um vazio é na verdade um ecossistema dinâmico, variável e biologicamente rico", disse a bióloga marinha britânica Katrin Linse, uma das autoras do estudo. "Encontrar este tesouro marinho é nosso primeiro passo para entender as relações complexas entre o oceano profundo e a distribuição da vida marinha".

Novidades


A pesquisa forma parte do chamado projeto Andeep, o primeiro estudo amplo da vida marinha na Antártida. A finalidade da pesquisa é preencher o "vácuo de conhecimento" sobre a fauna que habita as regiões mais profundas do Oceano Antártico. Em três expedições que ocorreram entre 2002 e 2005, uma equipe internacional de cientistas coletou dezenas de milhares de espécies dor mar de Weddell, a profundidades entre 774 metros e 6.348 metros. Mais de mil espécies foram descobertas, e muitas eram completamente desconhecidas da ciência.

Os pesquisadores encontraram, por exemplo,
674 espécies de isópodos (uma ordem dos crustáceos), a maioria dos quais nunca havia sido descrita, e 76 esponjas, 17
das quais eram totalmente desconhecidas. "Esperávamos encontrar novas espécies, mas pesquisas anteriores sugeriam que a diversidade neste extremo sul seria pequena", disse a coordenadora do estudo, Angelika Brandt, do Instituto e do Museu Zoológico da Universidade de Hamburgo, na Alemanha. "Por isso, ficamos muito surpresos de encontrar tanta diversidade".

Ela disse que o estudo pode lançar uma luz sobre a evolução da vida oceânica nessas áreas. Cientistas querem estudar as diferenças entre as criaturas encontradas na Antártida e as em águas rasas, para entender como o clima e as condições em que vivem estes animais determinaram sua evolução ao longo do tempo.

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Fonte:
http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2007/mai/17/62.htm

Começam testes com robê submarino...

Começam testes com robô-submarino que um dia poderá explorar lua de Júpiter

Seja nos exoplanetas - planetas fora do Sistema Solar - ou mesmo em Marte, onde os valentes robôs Spirit e Opportunity continuam a trabalhar incansavelmente, a grande meta dos cientistas que lidam com a exploração espacial é encontrar água - porque água significa vida. Ou, pelo menos, possibilidade de vida.

Europa
Mas pergunte a esses cientistas: se eles pudessem, qual corpo celeste começariam a explorar amanhã mesmo? E nove entre 10 deles responderão: Europa. Esse incrível satélite de Júpiter tem uma superfície de gelo e, por debaixo dessa camada de gelo, gigantescos oceanos de água líquida podem conter formas primárias de vida.

Europa é gelado. Somente robôs poderão explorar as profundezas de seus oceanos escondidos. É por isso que a NASA está investindo no DepthX, um robô autônomo de exploração subaquático. Ele é ainda grande demais para uma missão espacial, mas é o primeiro passo na construção de um robô-submarino que possa ser enviado para Europa e para outros planetas.

Robô-submarino
Nesta semana, o DepthX mergulhou no poço mais profundo do mundo, El Zacatón, no México. Dotado de sensores de movimento, profundidade, temperatura e salinidade, o DepthX traçou um perfil completo da gigantesca fossa, mergulhando sozinho a 270 metros de profundidade. Um braço foi estendido para coletar amostras de diversos pontos durante o mergulho.

Utilizando seus sonares, o robô subaquático fez um mapa completo do El Zacatón, descobrindo que seu fundo é curvo, atingindo 300 metros na parte mais baixa. O mergulhador Sheck Exley morreu no El Zacatón em
1994, quando tentava achar o fundo. Os dados do DepthX agora mostram que Exley perdeu a vida a menos de 20
metros de seu objetivo. O gigantesco buraco pode estar conectado a cavernas e a outros buracos inundados. Os mergulhos do robô vão continuar nesta semana, em busca dessas passagens.

A próxima missão do DepthX deverá ser a exploração do lago Vostok, situado abaixo da camada de gelo da Antártica. Um objetivo bem mais parecido com o que seus sucessores poderão um dia encontrar em Europa. O DepthX foi construído por cientistas da Universidade Carnegie Mellon e da empresa Stone Aerospace.

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