quinta-feira, 21 de junho de 2007

Desvedando os "orbs"


Por Fernando Manfredi

Orbs são pequenas esferas luminosas, semitransparentes, que aparecem em fotos, e estão sendo largamente creditadas a supostos fantasmas que aparecem e somem como um relâmpago. Vendo várias fotos do fenômeno, examinando-as, a primeira coisa que constatei foi a iluminação: todas as fotos foram tiradas em locais com iluminação deficiente ou até nula, tendo como única fonte de luz o flash da câmera. No entanto isso não trouxe nada consistente, o que seriam aquelas esferas flutuantes?

Comecei realmente a entender o que ocorre quando tirei uma foto em casa, dentro de um quarto, tendo como única iluminação um aparelho de TV ligado e o flash da câmera que estava ativado, a foto foi feita com uma câmera digital Polaroid, modelo PDC 330, na resolução máxima, não é nem de longe uma câmera profissional, por isso o foco é automático. Alem de mim, no quarto estava minha irmã. Depois de "descarregar" a foto no computador, lá estava: um "orb". Mal pude acreditar que uma coisa que cheguei a acreditar que era falsa estava em minha foto, e era grande, se estava no quarto no momento em que tirei a foto, deveria tê-la visto.

Comecei a refazer os passos no momento da foto, e a primeira coisa que me ocorreu: a iluminação deficiente. Mas o que isso significa? Os orbs somente aparecem no escuro, ou só são visíveis no escuro? Detalhe: a foto foi tirada por volta das 15:00h. Por vários dias tentei achar alguma ligação, alguma explicação, mas nada foi plausível o suficiente. Parti para o próximo passo: tentar repetir o feito.

Para meu espanto, não foi preciso muitas fotos, após quatro ou cinco tentativas no mesmo quarto sem iluminação, e lá estavam eles: dois orbs, dessa vez pequenos, mas bem visíveis na foto, as a explicação veio por acaso, muito por acaso. Poucos segundos antes da foto em que apareceram os dois orbs, eu tinha mexido em um grande cobertor de casal que fica no quarto, e logo após ter mexido nesse cobertor, meu nariz começou a coçar (sou alérgico), e isso indica que o cobertor estava empoeirado e o fato de ter mexido nele, levantou poeira no ambiente, o que irritou meu nariz.

Pois bem, o ambiente estava empoeirado no momento da foto, mas isso por si não diz (ou dizia) nada. Voltei ao quarto e abri uma pequena "fresta" na janela, por onde o sol entrou, iluminando a poeira no ambiente, mexi no cobertor, e a poeira aumentou consideravelmente (juntamente com minha insistente irritação alérgica), o próprio raio de sol iluminou a questão (com o devido trocadilho), pois a poeira fica extremamente destacada com o feixe de luz.

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Desvendando os "orbs"




Voltei a ver algumas fotos dos orbs e tudo se esclareceu, os orbs se parecem muito com luzes distantes fora de foco, e é exatamente isso que são (ou quase isso): são grãos de poeira, iluminados pelo flash, e pertos da lente da câmera, por isso aparecem sempre fora de foco, estão pertos demais para ficarem nítidos, e como estão fora do foco, parecem muito maiores e semitransparentes.

Após a constatação, o próximo passo foi a reprodução: com a fresta da janela aberta, pude controlar o volume de poeira, e quanto mais poeira no ambiente, mais orbs apareciam na foto, após um tempo, quando a poeira baixou, os orbs simplesmente desapareceram. Tentei mais diversas vezes, em ambientes diferentes, sempre com o mesmo resultado.

A conclusão é essa: os orbs não passam de poeira, iluminada fortemente pelo flash da câmera fotográfica, isso explica, entre outras coisas, porque em ambientes abandonados ou pouco freqüentados, os casos dos orbs são mais comuns, é nesses locais que a concentração de poeira é maior.

Mas existem os casos de orbs que apresentam figuras, e até mesmo rostos, mas isso é facilmente explicado com uma palavra: pareidolia, que consiste em reconhecer rostos e objetos definidos a partir de formas caóticas e aleatórias. Essa habilidade garante que possamos diferenciar nossa mãe de uma cadeira desde que somos bebês, mas também dá margem a peças que nosso cérebro nos prega.
As imagens de orbs nesta página também foram produzidas por Manfredi, com a câmera fotográfica digital IPQ-530 de seu celular, Siemens M55. Ela produz fotografias na resolução máxima de 640x480 -- e possui flash).

http://www.ceticismoaberto.com/referencias/orbs.htm

Sintomas projetivos

Wagner Borges

A projeção da consciência (viagem astral, projeção astral, desprendimento espiritual, desdobramento espiritual, emancipação da alma, viagem fora do corpo) é uma experiência mais comum do que se pensa, e muitas pessoas passam por algo assim sem saber realmente do que se trata.

Alguns pensam que é loucura, outros dizem que isso é algo obscuro, mas trata-se de uma experiência espiritual que ocorre com as pessoas independente de raça, idade, sexo, ou condição social. Inclusive, até mesmo para situar melhor os leitores, posso relacionar aqui alguns dos sintomas clássicos dessa experiência:


Catalepsia projetiva: Esse fenômeno causa medo em muitas pessoas, mas é muito mais comum do que se pensa. A pessoa acorda no meio da noite (ou mesmo numa soneca durante o dia) e descobre que não consegue se mexer. Parece que uma paralisia tomou conta do corpo. Ela não consegue mexer um dedo sequer. Tenta gritar para chamar alguém, mas não sai voz nenhuma.

A pessoa luta tenazmente para sair desse estado, mas parece que uma força invisível tolheu-lhe os movimentos. Inclusive, pode ter alguém deitado do lado e não perceber nada do que está acontecendo. Dominada por aquela paralisia, a pessoa grita mentalmente: "Eu tenho que acordar! Isso deve ser um pesadelo!" Mas ela já está acordada, só não consegue se
mover.

Devido ao pânico que a pessoa sente, seus batimentos cardíacos se aceleram. A adrenalina se espalha pela circulação e estimula o corpo. O resultado disso é que a pessoa recupera os movimentos abruptamente, normalmente com um solavanco físico (espasmo muscular). Em poucos momentos, seu cérebro racionaliza o fato e dá a única resposta possível: "Foi um pesadelo!" Algumas pessoas mais impressionáveis podem fantasiar algo e jogam a culpa da paralisia em demônios ou seres espirituais. Na verdade, a pessoa acordou no meio de um processo vibratório decorrente da mudança do padrão de vibrações do corpo espiritual em relação ao corpo físico.

Ela acordou em um estado transicional dos corpos. Simplesmente, ela despertou para uma situação que ocorre todas as noites quando ela dorme. Antes, ocorria com ela adormecida, e naquela situação ela acordou bem no meio da transição. Se a pessoa ficar quieta e não tentar se mover, sentirá uma sensação de flutuação por sobre o corpo.

Ocorrerá um desprendimento espiritual consciente! E então ela poderá comprovar na prática de que aquilo é realmente uma saída do corpo. Verificará por ela mesma de que não se trata de doença ou coisa do demônio. Se ela não quiser tentar a experiência, é só tentar mover o dedo indicador de uma das mãos ou uma das pálpebras, assim ela recupera o movimento tranqüilamente.

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Sintomas projetivos

Ballonemant: A pessoa acorda e sente a sensação de estar inflando (semelhante a um balão inflando). Na verdade, é sua aura que está dilatando, mas como ela não sabe disso, pensa que é o corpo que está crescendo e inchando em todas as direções. Se a pessoa ficar quieta e deixar a sensação continuar, ela se projetará suavemente para fora do corpo. Não há perigo algum. Inclusive, essa sensação é muito familiar a sensitivos e médiuns em geral, pois eles têm forte tendência de soltura energética.

Sensação de falsa queda durante o sono ou cochilo:
Quase todo mundo já sentiu isso alguma vez. A pessoa está deitada cochilando (hipnagogia) e, repentinamente, tem a sensação de estar escorregando ou caindo abruptamente da cama. Então, ela desperta com um solavanco físico e um pequeno susto. O que aconteceu? Simplesmente seu corpo espiritual deslocou-se uma polegada para fora do alinhamento vibratório com o corpo físico e foi tracionado vigorosamente para dentro, pois o metabolismo ainda estava ativo e impediu uma soltura maior. Quando eu era pequeno, minha vó dizia que isso acontecia comigo porque eu estava crescendo. Só que não cresci muito (tenho 1,67m de altura) e até hoje isso acontece comigo.

Estado vibracional: a pessoa desperta no meio do sono e sente uma série de vibrações (descargas energéticas) propagando-se pelo seu corpo. Parece que ela tem uma tempestade elétrica percorrendo seu corpo, às vezes acompanhada de fortes zumbidos dentro da cabeça. Isso ocorre porque o corpo espiritual acelera suas vibrações para escapar das lentas vibrações do corpo denso. Se a pessoa ficar quieta e deixar a sensação continuar, ela se projetará em instantes. Há outras sensações decorrentes da soltura do corpo espiritual em relação ao físico, mas estas são as mais comuns.

Substâncias induzindo a projeção astral...

Substâncias induzindo a projeção astral - Riscos e Vantagens

Então eu pergunto: Forçar projeções "diariamente" não acabaria sendo um pouco prejudicial também? Afinal, de médico e de louco....(rs)

Sim, especialmente quando esta forçada projetiva é acompanhada de algo pra se fumar, ou beber... Cogumelos, por exemplo, tem LSD. Eu estava relendo, lá na casa do Dalton em Curitiba, sobre os trabalhos do Stanilav Grof (autor de Além do Cérebro, e um dos papas da psicologia transpessoal pós- junguiana) com pessoas que haviam tomado LSD, em suas pesquisas de como o estado alterado era claramente um conteúdo do inconsciente catalizado. Com a proibição do uso do LSD em suas pesquisas, ele passou a usar técnicas, digamos, mais meditativas, buscando estados paranormais...

Mesmo num chá dos que andam tomando por aí - sem querer julgar - o que há é, no mínimo, um acesso DIRETO ao inconsciente. Pode ser que alguns não sejam tóxicos. Mesmo que a gente não julgue o que cada um faz da vida, ou o caminho através do chá, ainda assim é inegável (pude ver alguns casos próximos) que há uma aceleração do acesso a psique, e não apenas o surgimento de fenômenos paranormais.

A questão é: Qual o estado do inconsciente que você está acessando de uma hora pra outra, sucessivamente, sem freios?

Estou lançando outros olhos sobre catalizadores químicos para EFC´s. Talvez o risco de um cha - daime e derivados, por exemplo - nem seja o que poderíamos julgar a primeira vista. Mas algo bem mais psicológico.

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Substâncias induzindo a projeção astral...

Que tipo de conteúdo a pessoa está COM CERTEZA acessando?

Se ela usar uma ou duas vezes, tudo bem. Mas supondo que alguém continuamente lance mão de substancias, digamos que BOAS (não vamos julgar, apenas avaliar) que a coloquem em contato direto com o inconsciente, não vão entrar em contato também com sua sombra? Não vão forçar uma integração do ego com o animus/anima que tiver lá, estando este pronto ou não para esta fusão?

Mas este acesso, esta invasão (possessão) de arquétipos mal elaborados de lá sobre o ego consciente aqui não era JUSTAMENTE a definição clínica de certas neuroses e psicopatologias?

Eu vi alguns casos em que o uso de substancias assim REALMENTE não pareceu gerar efeitos tóxicos, nem assédios espirituais. Mas nestes casos, olhando com olhos mais psi, me parece claro e inequívoco que o acesso prematuro gerou, em dois casos, esquizofrenia, e em outro mais recente provocou a clara manifestação de um transtorno bipolar.

Não estou condenando... Segundo Jung, a própria neurose já é um esforço da psique por sua cura. Pode ser que revelar algo assim seja uma boa forma de tratar, não sei... Mas o que noto é que - voltando a msg - os lugares onde vejo este "risco" da projeção diária é justamente, quase sempre, com pessoas que o fazem ou fizeram associados a substancias psicoativas geradoras de estados alterados, ou mirações, ou efc´s.

Chá, baseado, daime, lsd, ectasy... Tá, eu sei que são coisas diferentes. Mas podem ser usadas para tentar facilitar uma experiência "espiritual", que na verdade é um relaxamento das fronteiras entre consciente e inconsciente. O que, dá pra deduzir, vai ser tão "perigoso" quando o que tiver jogado pra lixeira do inconsciente em questão.

Já para os que se projetam todos os dias usando uma prática bioenergética (desde que não seja dependente de alguma droga de religião), um incensozinho (dispense o sabor canabis) e uma música (desde que não seja a droga do bonde do tigrão), não há risco algum...

www.voadores.com.br

Cientistas irão criar telecópio de espelho líquido

Telescópio tem uma precisão muito maior do que a de qualquer outro já criado até hoje

Cientistas do Reino Unido, Canadá e Estados Unidos conseguiram encontrar a mistura de materiais adequada para a fabricação de um telescópio lunar de espelho líquido, aparelho ainda não desenvolvido que permitiria um conhecimento mais completo sobre a origem do universo.

A descoberta, divulgada na última edição da revista científica britânica Nature, pode ser o ponto de partida para a fabricação desse tipo de instrumento de visão à distância, a ser incluído nos telescópios espaciais de nova geração. Se a fabricação for concretizada, a ferramenta astronômica seria mais potente que o telescópio espacial James Webb, projeto conjunto das agências espaciais dos Estados Unidos, da Europa e do Canadá e com o qual os cientistas pretendem estudar a formação e a evolução das galáxias.

"Um telescópio lunar de espelho líquido poderia nos mostrar o espectro luminoso das estrelas das primeiras galáxias com um nível de detecção maior que o do telescópio espacial James Webb", afirmam os especialistas, no artigo da revista. Segundo os cientistas, isto permitiria investigar a idade das primeiras estrelas, assim como a abundância relativa de elementos mais pesados que o hélio em sua composição.

O fato de os pesquisadores terem conseguido recobrir com prata o líquido iônico do telescópio e fazer a mistura permanecer estável durante meses é o que alimenta as possibilidades de fabricação deste tipo de instrumento astronômico. "Os espelhos líquidos têm excelentes propriedades ópticas.

Os telescópios de espelho líquido são instrumentos simples, por isso, seu transporte e sua montagem serão mais fáceis que os dos espelhos sólidos", dizem os cientistas. De acordo com os especialistas, o líquido iônico embaixo da prata não evaporaria no vazio e permaneceria em estado líquido até uma temperatura de -98°C.

Outro telescópio desse tipo proposto anteriormente, baseado em uma liga de metais líquidos, não era apto para aplicações infravermelhas, que requerem que o líquido seja mantido a uma temperatura superior a -143°C. "Um telescópio óptico de infravermelhos de entre 20 m e 100 m de abertura localizado na Lua poderia oferecer imagens de objetos até mil vezes menos luminosos que a nova geração de telescópios espaciais proposta", afirmam os especialistas, no artigo.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1701202-EI301,00.html


Isaac Newton previu o fim do mundo para 2060...


Isaac Newton previu o fim do mundo para 2060, aponta manuscrito
France Presse, em Jerusalém

Isaac Newton (1643-1727), um dos cientistas mais importantes de todos os tempos, previu o fim do mundo para 2060, segundo manuscritos do famoso físico apresentados no domingo (17) pela Universidade Hebraica de Jerusalém.

Os manuscritos estão sendo exibidos ao público pela primeira vez desde 1969, durante a exposição intitulada "Os Segredos de Newton".

Em uma carta datada de 1704, Newton, físico e astrônomo inglês que era interessado em teologia e alquimia, fez um cálculo baseado em um fragmento da Bíblia, retirado do Livro de Daniel. Segundo ele, 1.260 anos se passariam entre a refundação do santo Império Romano por Carlos Magno, no ano 800, e o final dos tempos. A Biblioteca Nacional da Universidade Hebraica herdou de um colecionador diversos manuscritos do sábio, mais conhecido por suas descobertas racionais sobre a gravidade terrestre.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u305205.shtml

Plutão é relegado ao segundo da...

Plutão é relegado ao segundo lugar da categoria de planetas-anões
France Presse, em Washington

Plutão, que já perdeu seu status de planeta integrante do Sistema Solar em 2006 e se tornou um planeta-anão, acaba de ser relegado ao segundo lugar dessa nova categoria --a liderança fica com seu vizinho maior Eris, anunciaram astrônomos americanos.

Depois do descobrimento de Eris, próximo a Plutão, em 2006, a União Astronômica Internacional (UAI) decidiu modificar a definição de um planeta do Sistema Solar e criar a categoria de planetas-anões, que estão nos confins do Sistema Solar, no cinturão de Kuiper. O cinturão de Kuiper é uma vasta região do Sistema Solar com asteróides e corpos celestes congelados que se estende até a órbita de Netuno.

Com a descoberta de Dysnomia, um satélite de Eris, Michael Brown e Emily Schaller, dois astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, puderam medir de maneira precisa a massa do Eris com ajuda do telescópio espacial Hubble. Eris tem aproximadamente 27% mais massa que Plutão segundo os pesquisadores, que tiveram os trabalhos publicados na edição da revista "Science" de 15 de junho.

Mais de 300 astrônomos, principalmente americanos, que se pronunciaram contra a mudança do status de Plutão na votação da UAI em Praga, em 2006, lançaram pouco depois uma contra-ofensiva com uma petição para reabilitar Plutão como planeta do Sistema Solar.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u304712.shtml

Nasa corre para corrigir falhas de sonda marciana

RAFAEL GARCIA

A Nasa está tentando resolver na última hora uma série de problemas que podem comprometer a missão da Phoenix, a próxima sonda a ser enviada a Marte. A programação da espaçonave robótica, que deverá analisar o solo da região para conhecer o histórico da água no planeta, ainda está passando por uma série de alterações quase às vésperas da decolagem, marcada para 3 de agosto.

O principal risco, dizem os cientistas, é a espaçonave não conseguir pousar num lugar liso, adequado para ela se equilibrar e fazer seu trabalho com sucesso. "A espaçonave tem um metro de altura. Se houver pedras maiores que isso e ela aterrissar em cima de uma, a missão acaba antes de começar", disse à Folha Nilton Rennó, cientista brasileiro da Universidade de Michigan (EUA), que a Nasa encarregou de apontar problemas e propor soluções.

No caso da descida, o orçamento apertado para a tecnologia de aterrissagem não deixou muitas opções. "O que a gente fez foi procurar o lugar mais plano e com o menor número possível de pedras, dentro da região de interesse para o pouso", diz Rennó. "Vamos cruzar os dedos e esperar".

O fantasma que assombra os encarregados da missão tem nome e sobrenome: Mars Polar Lander, a sonda lançada em 1999 que a Nasa perdeu em Marte. Essa foi a última vez que os americanos tentaram fazer um pouso barato no planeta vermelho. Tanto a Phoenix quanto a Polar Lander tiveram orçamento na faixa dos US$ 400 milhões, enquanto a bem-sucedida missão dos jipes robóticos Spirit e Opportunity custou pelo menos o dobro.

A semelhança da Phoenix com a malfadada Polar Lander, porém, não é só o orçamento baixo. O módulo de aterrissagem --a proteção que a espaçonave usa para penetrar a atmosfera marciana-- das duas é o mesmo, mas tem alguns aperfeiçoamentos. "O pessoal estudou cuidadosamente todos os detalhes para corrigir as falhas", diz Rennó.

O segundo risco que a missão envolve, diz o cientista brasileiro, é o de os propulsores da Phoenix espalharem toda a poeira do local na hora do pouso. Se isso acontecer, a espaçonave não conseguirá cumprir um de seus objetivos: o de coletar partículas de solo soltas para analisar a possibilidade de a superfície polar de Marte abrigar vida.

E, mesmo que isso não aconteça, ainda há o risco de a Phoenix contaminar com seu próprio combustível as amostras coletadas. Rennó está conduzindo uma série de experimentos para simular o espalhamento de poeira no pouso da Phoenix, mas o resultado de alguns deles só vai sair quando a espaçonave já estiver a caminho do planeta. Algumas correções podem ser feitas agora --outras não.

Quando a gente percebeu que ia levantar bastante poeira, o que a Lockheed Martin [empresa contratada para montar a sonda] fez foi, em vez de programá-la para aterrissar totalmente na vertical, colocar um certo movimento horizontal, que evita que ela tire toda a poeira do local", diz Rennó.

O espalhamento de poeira, contudo, não compromete o principal objetivo da missão, que é raspar e coletar o gelo de superfície para analisar o passado hidrológico e climático do planeta. A espaçonave possui equipamentos internos que farão isso e transmitirão os resultados à Terra.

A Phoenix pertence à classe de missões que a Nasa apelidou de "batedoras", mais rápidas e baratas, e totalmente programadas por cientistas. Para Rennó, é um risco que vale a pena correr, pois são elas que abrem caminho para as sondas "capitânias", mais caras e robustas, como o Mars Science Laboratory, um grande jipe-robô que deve partir em 2009.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u305829.shtml

Gigantoraptor: É um pássaro éum dinossauro...

Pássaro esquisito: o Gigantoraptor tinha várias características estranhas, como um fêmur comprido, parecido com o de uma ave.

Gigantoraptor: é um pássaro, é um dinossauro...
é um mistério
Dinossauro descoberto na China pode ter sido a maior ave de todos os tempos e suas características colocam em cheque a evolução da linhagem dos dinos até os pássaros de hoje.

Por: David Biello

Essa sim era uma ave ameaçadora. O Gigantoraptor erlianensis tinha quase 5 m de altura e pesava cerca de 1.500 kg. Com um bico sem dentes e uma cauda curta para manter o equilíbrio, esse enorme dinossauro que parecia um pássaro tinha mais de 8 m de comprimento, e viveu há mais 65 milhões de anos no Período Cretáceo.

No entanto, a descoberta desse grande precursor das aves ajudou a complicar ainda mais a compreensão da evolução da linhagem de dinossauros que teria dado origem aos pássaros: a tendência dos animais era encolherem, e não aumentarem de tamanho.

O paleontólogo Xing Xu, do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequim, e sua equipe descobriram o animal na Bacia de Erlian, no Deserto de Gobi, região norte-central da China. Com base no tamanho da criatura, os cientistas a classificaram inicialmente como um membro da linhagem dos tiranossauros.


No entanto, fragmentos de seu bico, pernas e outros ossos revelaram que ele provavelmente pertencia ao grupo dos oviraptores, um conjunto de dinossauros pequenos e com penas – mas que pesavam apenas alguns quilos. “Trata-se do maior dinossauro com bico que já existiu”, afirma Xu.


A descoberta complica a linha de descendência dos pássaros para os dinossauros. “A partir dos terópodes mais avançados, os animais foram ficando cada vez menores, até chegar às aves”, diz o paleontólogo Mark Norell, do Museu Americano de História Natural, em Nova York. No entanto, “parece que ocorreu um gigantismo secundário".


Ninguém sabe ao certo a razão. “Ser grande tem algumas vantagens, como ter que se preocupar com menos predadores e ter mais fontes de alimentos, não disponíveis para animais menores”, ressalta Xu. Mas ele afirma que os primeiros oviraptores, os ancentrais do Gigantoraptor, “estão entre os menores dinossauros”.

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Gigantoraptor: É um pássaro éum dinossauro...

Dino enorme: O dinossauro com jeito de pássaro, mostrado aqui ao lado de um homem de 1,70 m, era tão alto quanto o temível T. rex, e talvez fosse carnívoro também
“Talvez seja algo relacionado ao ambiente”, especula Norell. “Ainda é muito cedo para começar a entender a dinâmica evolutiva do animal". Enquanto isso, o Gigantoraptor revela outras peculiaridades, de acordo com o estudo que detalha a descoberta, publicado na revista de divulgação científica Nature.


Ele tem um úmero (osso do braço) enorme, jamais observado antes em um dinossauro, e também um fêmur muito grande, mais parecido com o de um pássaro. “Talvez ele tivesse algum mecanismo de corrida parecido com o das aves”, diz Xu. Norell afirma que “Não sabemos que vantagem biomecânica isso poderia oferecer, mas acho que com esse tamanho todo, ele não saía saltitando por aí".


Ainda também não está claro se a criatura tinha penas, apesar de Xu especular que ele fosse parecido com a maioria dos animais em sua linhagem. Se o Gigantoraptor fosse realmente emplumado, seria o maior animal com penas de todos os tempos, com o triplo da massa do pato carnívoro Dromornis stirtoni, que vivia na Austrália há cerca de 8 milhões de anos, e é considerado até hoje a maior ave que já existiu. “Os filhotes com certeza precisavam ter penas até atingirem um equilíbrio de temperatura com o ambiente”, afirma Norell.


E o que esse grande pássaro pré-histórico comia? Trata-se de mais um mistério, já que o animal não tinha dentes na mandíbula, possuía uma cabeça pequena e um pescoço comprido (comum entre herbívoros), mas também garras afiadas (comuns entre carnívoros). “Ele poderia ser onívoro”, diz Xu. Norell completa: “Muitos animais que não possuem dentes, como falcões e águias, são carnívoros bem eficientes”.