segunda-feira, 31 de março de 2008

Códices maias

Os códices maias são livros desdobráveis produzidos pela civilização maoa pré colombiana. Os textos estão redigidos utilizando caracteres hieroglíficos maias que foram inscritos sobre papel mesoamaericano produzido a partir da casca de algumas árvores, sobretudo algumas espécies de figueira (Ficus pafofila e Ficus cotinifolia e). Este papel, conhecido geralmente pela designação naúatle amatl era chamado huun pelos maias.

Estes códices são o produto do trabalho de escribas profissionais que trabalhavam sob o patrocínio dos Deuses Macaco. Os maias desenvolveram o seu huun cerca do século V, e comparado com o papiro era mais durável e mais apropriado à escrita. Atualmente os códices têm os nomes das cidades onde acabaram por ficar. O Códice de Dresden é geralmente considerado o mais importante dos poucos que ainda restam.

O que é o códice - Um códice (ou codex, da palavra em latim que significa "livro", "bloco de madeira") é um livro manuscrito, em geral do período da era antiga tardia até a Idade Média. Manuscritos do Novo Mundo foram escritos por volta do século XVI. O códice é um avanço do rolo de pergaminho, e gradativamente substituiu este último como meio de escrita. O códice, por sua vez, foi substituído pelo livro impresso.

Códice de Dresden
O Códice de Dresden encontra-se na Sächische landesbibliothek, a biblioteca estadual de Dresden, na Alemanha. É o mais elaborado dos códices maias, bem como uma importante obra de arte. Muitas secções são ritualistas (incluindo os chamados "almanaques"), outras são de natureza astrológica (eclipses, ciclo de Vênus).

O códice encontra-se escrito numa longa folha de papel dobrada de forma a produzir um livro de
39 folhas, escritas em ambas as faces. Terá sido escrito pouco tempo antes da conquista espanhola. De alguma maneira chegou à Europa e foi comprado pela biblioteca real da corte da Saxónia em Dresden no ano de 1739.

Continua

Códices maias - I

Ciclo de Vênus
O ciclo de Vênus era um calendário importante para os maias, e muita informação sobre este assunto encontra-se no Códice de Dresden. As cortes maias tinham à sua disposição astrônomos capazes de calcular o ciclo de Vênus com grande precisão. Existem seis páginas no Códice de Dresden dedicadas ao cálculo preciso da localização de Vênus.

Os maias eram capazes de obter tal precisão graças às cuidadosas observações efetuadas ao longo de vários séculos. O ciclo de Vênus era especialmente relevante porque os maias acreditavam que se encontrava associado à guerra e usavam-no para determinar os tempos apropriados para as corações e guerras.

Os governantes maias planeavam as guerras de modo a terem o seu início quando Vênus aparecesse no céu a oriente após ter desaparecido a ocidente. Os maias poderão ter acompanhado os movimentos de outros planetas como marte, Mercúrio e Júpiter.

Códice de Madrid
Apesar de a qualidade da execução ser inferior, o Códice de Madrid é ainda mais variado que o Códice de Dresden e terá sido elaborado por oito escribas diferentes. Encontra-se no Museo de América em Madrid,Espanha, para onde poderá ter sido enviado à corte por Hernán Cortes. São 112 páginas, anteriormente divididas em duas secções separadas conhecidas como o Códice Troano e o Códex Cortesianus e reunidas em 1888.

Códice de Paris
O Códice de Paris contém profecias para tuns e katuns (ver calendário maia), sendo, neste aspecto, semelhante aos Livros de Clilam Balam. Foi encontrado num caixote de lixo numa biblioteca de Paris, e como tal encontra-se em muito mau estado. Encontra-se actualmente na Bibliothèque Nationale (Biblioteca Nacional), em Paris, França.

Códice Grolier
Enquanto os outros três códices são conhecidos dos estudiosos desde o século XIX, o Códice Grolier surgiu apenas na década de 1970. Disse-se que este quarto códice maia havia sido encontrado numa gruta, mas a questão da sua autenticidade ainda não foi resolvida de forma definitiva. Não se trata de um códice completo, mas sim de um fragmento com 11 páginas.

Encontra-se atualmente num museu no México, mas não está em exibição para o público. Estão disponíveis na internet fotos digitalizadas do original. As páginas são muito menos detalhadas que em qualquer um dos outros códices. Cada página mostra um herói ou um deus, olhando para a sua esquerda.

No cimo de cada página encontra-se um número. Ao longo da margem esquerda de cada página encontra-se o que parece ser uma lista de datas.

Continua

Códices maias - II

Outros códices maias
Dada a raridade e importância destes livros, rumores relativos à descoberta de novos códices muitas vezes despertam interesse. As escavações arqueológicas de sítios mais têm encontrado várias amontoados de estuque e flocos de tinta, sobretudo em túmulos de elite. Estes amontoados são códices em que todo o material orgânico decompôs-se.

Alguns destes amontoados mais coerentes, foram preservados, com a esperança remota de que venha a ser desenvolvida alguma técnica que permita recuperar alguma da informação a partir dos restos destas páginas antigas. Os códices maias mais antigos que se conhecem, foram encontrados por arqueólogos em ofertas funerárias em escavações efetuadas em Uaxactún, Guaytán em San Agustín Acasaguastlán, e Nebaj em Quiché, Guatemala, em Altun Ha no Belize e em copán nas Honduras.

Estes seis exemplares descobertos em escavações datam do período clásico inicial (Uaxactún e Altun Ha), do clássico tardio (Nebaj, Cópan) e pós-clássico inicial (Guaytán) e infelizmente todos foram alterados pela pressão e humidade durante os muitos anos que permaneceram enterrados encontrando-se reduzidos a massas de pequenos fragmentos, não sendo provável que alguma vez venham a ser lidos.

Falsificações

Desde o início do século XX foram produzidas várias falsificações de qualidade variável; porém, raramente foram enganados verdadeiros peritos mas alguns colecionadores de arte têm-no sido. Quando surgiu pela primeira vez o Códice Grolier, vários estudiosos da cultura maia pensaram tratar-se de uma falsificação de qualidade excepcional e apesar de o seu exame detalhado ter convencido muitos da sua autenticidade, permanecem ainda muitas dúvidas.

Continua

Códices maias - III

Calendário maia -
Mais que um calendário, os Maias possuíam um sistema de calendários circular cujo ciclo completo era de 52 anos solares e que sincronizava dois outros a saber: o calendário Tzolk'in de 260 dias e o calendário Haab de 365 dias e 1/5.

Conceito de tempo e sua importância
A grande importância dada pelos maias à medição do tempo decorre da concepção que tinham de que tempo e espaço, em verdade, tratam-se de uma só coisa e que flui não linearmente, como na convenção européia ocidental, mas circularmente, isto é, em ciclos repetitivos. O conceito chama-se Najt e é representado graficamente por uma espiral.

Os maias acreditavam que, conhecendo o passado e transportando as ocorrências para idêntico dia do ciclo futuro, os acontecimentos basicamente se repetiriam, podendo-se assim, prever o futuro e exercer poder sobre ele.

Era o calendário das coisas e das plantas. Já o calendário Tzolk'in que possuía treze meses de vinte dias, com ciclo completo de
260 dias, era usado para as funções religiosas em função do qual se marcavam as cerimônias religiosas, se fazia a adivinhação das pessoas e se encontravam as datas propícias para seus atos civis.

Assim que nascia uma criança, os maias as apresentavam aos sacerdotes que, em função do dia do nascimento, adivinhavam a futura personalidade da criança, seus traços marcantes, suas propensões, habilidades e dificuldades, analogamente ao horóscopo mesopotâmico.

Por esta razão, a adivinhação era a mais importante função da religião dos maias. Tanto é assim, que a palavra maia usada para designar seus sacerdotes, tem origem na expressão guardião dos dias.

O calendário maia com ciclo equivalente a um ano solar era chamado Haab, e tinha ordinariamente
18 meses de 20
dias (mais cinco dias sem nome), seu uso era mais afeto às atividades agrícolas, notadamente na prescrição das datas de plantio, colheita, tratos culturais e previsão dos fenômenos meteorológicos.

Origem
Estudiosos defendem que a observação da repetição cíclica das estações do ano e seus eventos climáticos, dos ciclos vegetativos e reprodutivos das plantas e dos animais, sincronizada à repetição do curso dos astros na abóbada celeste, é que acabou inspirando os Maias à criação de seus calendários.

É pois reconhecido que muito da matemática e astronomia dos maias se desenvolveu sob a necessidade de sistematizar o calendários com os principais eventos no qual o desenvolvimento da escrita tinha o papel preponderante de registrar tanto as datas como os eventos.

O mês de vinte dias é um tanto mais natural e adequado na cultura maia, já que a sua matemática usava a numeração na base vinte, que corresponde à soma dos dedos humanos das mãos e dos pés.

Não é por outra razão que a cada katum (período de
20 anos), data auspiciosa como nossa década, os maias erigiam uma estela, monumento lítico belissimamente decorado, no qual registravam as datas e principais eventos, que poderiam ser interpretados no futuro.

Como qualquer outra civilização antiga, os maias sacralizavam os conhecimentos de astronomia, matemática e escrita, sendo estas de função dos sacerdotes e letrados cujos registros se cristalizaram no sistema de calendários, desde muito cedo aperfeiçoados.

Se a duração ciclo completo do haab (
365 dias + 1/5) era demarcada ao compasso do ano solar, a duração do ciclo completo do Tzolk'in (260
dias) corresponde a duração de um ciclo biológico humano desde a concepção até o nascimento.

Por isto, o haab regia a agricultura e as coisas, e por isto mesmo o tzolk'in regia a vida das pessoas, a partir de seu aniversário, fornecendo-lhes preceitos e presságios.
Nota: Estela - Estelas são monumentos líticos (feitos de pedra) normalmente feitas em um só bloco, contendo representações pictóricas e inscrições.
Estela N, face sul, representando o rei K'ac Yipyaj Chan K'awiil ("Concha fumegante"), como desenhado por Catherwood em 1839

Continua


Códices maias - IV

Calendário tzolk'in
Alguns acreditam que os maias identificaram o aspecto energético e espiritual do tempo de cada dia e codificaram isso em seus calendários. O que temos, com efeito, é que, a par do arranjo dos ciclos, os maias tentaram consolidar os principais eventos de tais dias.

Há quem diga que os maias definiam o tempo como uma energia real ou força que existe em todo o universo, cuja freqüência seria 13:20. Treze referir-se-ia às 13 lunações anuais (13 x 28 = 364) onde o mês lunar tem 28 dias, que, coincidentemente multiplicado por 20 (base) resulta em 260 dias, período algo próximo ao ciclo ovariano da reprodução humana.

Clique na imagem
Calendário Tzolk'in: nomes dos dias e glifos associados (em seqüência).


Notas:

1. o número seqüencial do dia designado no calendário Tzolk'in.
2.
Nome do dia, na ortografia padrão revista padrão da Academia Guatemalteca de Línguas Maias.
3.
Exemplo de glifo (lograma) para o dia designado. Notar que para a maior parte destes existem várias formas diferentes; as aqui mostradas são as versões talhadas nos monumentos (estas são versões em cartela).
4.
Nome do dia, conforme registros em língua iucateque do século XVI, principalmente de Diego de Landa; até há pouco tempo, esta ortografia era largamente difundida.
5. Na maioria dos casos, não é conhecido o verdadeiro nome do dia, tal qual era falado nos tempos do período (c. 200-900) em que foi feita a maioria das inscrições. As versões aqui apresentadas (em maia clássica), a principal língua usada nas inscrições) são reconstruções baseadas em evidências fonológicas, se existentes; o símbolo '?' indica que se trata de uma tentativa de reconstrução.


http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3dices_maias#C.C3.B3dice_de_Dresden

Orbs e rods - O que são?

Um suposto rod em movimento, capturado em frames consecutivos de uma filmagem feita pelo ufólogo Roberto Affonso Beck, consultor de UFO

Orbs e rods - O que são?
Há dois fenômenos ocorrendo na natureza em relativa abundância, mas eles só são conhecidos por poucas pessoas. tratam-se dos orbs e rods, estruturas que parcem pertencer a um mundo invisível, mas mesmo assim alcançáveis pelo ser humano.

Sua constatação parte do próprio avanço tecnológico das pesquisas científicas atuais. Estas estranhas estruturas encontradas, em nosso meio ambiente fogem, ao padrão até mesmo da própria Ufologia.

Em 1994 começaram a circular na internet imagens de estranhas estruturas captadas quando se utiliza uma câmera de vídeo em determinadas condições. Elas foram rapidamente batizadas de rods por seu descobridor, o mexicano naturalizado norte-americano José Escamilla, o primeiro a registrá-las e disponibilizá-las na rede mundial de computadores.

Os rods são captados quando se filma, por exemplo, o clarão do Sol, quando o mesmo está oculto por um muro ou algum obstáculo sólido. Uma tradução para o termo rods, empregado por Escamilla para explicar o fenômeno, seria bastonete, forma que normalmente se apresenta nas imagens. Mas o que seriam?

Comecei a ter idéia somente em 2000, quando assisti em vídeo alguns registros dessas estruturas, feitos aqui no Brasil pelo pesquisador e consultor de UFO Roberto Affonso Beck. Utilizando uma filmadora comum e um método próprio de filmagem, Beck obteve diversos minutos de gravação que, quando analisados em câmera lenta ou quadro a quadro, revelaram dezenas de rods com uma nitidez impressionante.

O que chama a atenção de imediato é sua velocidade. Para se conseguir visualizá-los é necessário passar a fita quadro a quadro, pois cruzam a tela muito rapidamente. Podem ser vistos em um ou dois quadros no máximo, devido ao seu rápido movimento. São constituídos por diversos segmentos interligados, como se fossem vagões de um trem.

Cada um tem uma região central na forma de um bastonete, rodeado por algo que se assemelha a aletas ou pequenas asas. A posição relativa dessas aletas varia de um quadro para outro, sugerindo que estão ligadas ao seu movimento. Outra característica intrigante dos rods é que, aparentemente, não conseguimos ver seu fim.

Ao invés de demonstrarem uma extremidade bem definida, apresentam um corte abrupto que ocorre antes mesmo do término de um segmento. Quando se passa de um quadro para o seguinte, a posição do corte se altera em ambas as extremidades. Parecem estar constantemente saindo de uma fenda no céu, como se esse fosse um mar no qual eles mergulham ou passam através.

Os rods surgem a diferentes distâncias da câmera. Alguns aparecem tão longe que ficam pequenos e mal podemos visualizar suas características. No entanto, num dos casos, um deles estava tão próximo que apareceu desfocado.

Isso nos deixa com uma dúvida intrigante: será que podemos nos chocar com algum deles a qualquer hora? Existem muitos questionamentos quando o assunto é a natureza dos rods, principalmente porque ainda são pouco conhecidos do público que se interessa por Ufologia e temas similares.

Roberto Affonso Beck é presidente da Entidade Brasileira de Estudos Extraterrestres (EBE-ET) e consultor da Revista UFO. Seu endereço é: R. Juiz João Navarro Filho 157, Bessa, 58037-250 João Pessoa (PB). E-mail: roberto.beck@hs24.com.br