terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ufólogos pedem abertura de arquivos do País

Ufólogos pedem abertura de arquivos do País

Documentos teriam relatos de Ovnis, sigla para objetos voadores não-identificados. Ex-comandante confirma a existência dos arquivos e se diz favorável à divulgação.

Integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos pediram ao governo a abertura de todos os arquivos sobre relatos de Ovnis, sigla para objetos voadores não-identificados, que teriam aparecido no país, com base na lei que modificou os prazos para a divulgação de documento classificados como secretos. Eles prometem cuidado com as informações sobre os relatos.

“A gente tem de ter equilíbrio, não pode aceitar qualquer coisa como sendo verdadeira. A abertura desses documentos despertaria a ciência em si para a possibilidade de vida fora do nosso planeta, vida inteligente”, defende o ufólogo Roberto Beck.

Há dois anos, eles visitaram o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileira (Comdabra) e viram parte dos arquivos em poder da Aeronáutica. Inclusive os da chamada “Operação Prato”. Em
1977, a Aeronáutica investigou durante quatro meses a presença de Ovnis no Pará.
Ex-comandante do Comdabra, o brigadeiro José Carlos Pereira confirma a existência dos arquivos. E se diz favorável à divulgação. “Pessoas relatam terem visto isso. Se viram, ou não, isso é outro problema, depende de investigações.
Falta base cientifica que justifique realmente o que seria a presença de um disco voador”, afirmou Pereira. Base científica que os ufólogos acreditam que terão a partir do estudo dos registros oficiais.
“É isso que a gente está querendo, a prova definitiva para que isso desperte o interesse da ciência como um todo, inclusive a ciência brasileira”, defende o ufólogo Fernando Ramalho. Outro suposto fenômeno que é investigado pelos ufólogos ocorreu em 20 de janeiro em Riolândia, a 562 km de São Paulo. As marcas do que para os ufólogos pode ser um Ovni ficaram em um canavial na cidade paulista.
Acesse e veja em vídeo a reportagem

INSTRUÇÕES PARA VIGÍLIAS


Instruções Para Vigílias

Deve-se prestar atenção quando há outras chuvas no mesmo período.
O seguinte material pode ser providenciado:
1) cadeira de praia (espreguiçadeira)
2) comida e bebida durante os intervalos de observação
3) Repelente de insetos
4) Relógio acertado pelo UTC
5) Lanterninha com luz vermelha (lanterninha de LED) Atenção, não pode ser apontador LASER, pois poderia ser confundido com uma arma por algum E.T. desavisado. A lanterna com luz vermelha é para que quando a acendamos nossa visão noturna seja o menos prejudicada possível.
6) Lápis (canetas falham)
7) Gravador de fita cassete e/ou bloco de anotações

Não esquecer de Binóculo, Luneta, Máquina fotográfica e Filmadora. O relógio ou cronômetro poderá ser acertado por meio do sinal da estação WWV em Ondas Curtas - 2,5 ; 5 ; 10 ; 15 e 20 MHz. A hora fornecida na WWV corresponde ao Tempo Universal Coordenado (TUC).

1) Tempo mínimo de observação: apesar de o consenso determinar que uma observação visual deva durar ao menos duas horas, aconselhamos aos observadores um tempo mínimo de uma hora EFETIVA de observação. Períodos menores do que este devido a influências e problemas climáticos poderão ser reportados e sofrerão uma avaliação mais criteriosa.

2) O uso de um gravador é fundamental para obter um maior Teff (tempo efetivo) de observação. Com o registro fonográfico você estará ganhando pelo menos 20% a mais de tempo em relação à anotação em papel!
Outra grande vantagem da utilização deste método é a qualidade no registro das observações. Detalhes como hora, brilho, rastro, cor e posição, são facilmente reportados sem que haja perda de objetos, simplesmente porque o observador não tira os olhos do firmamento.

3) O registro de objetos deve obedecer critérios imparciais e metodológicos, portanto, uma recomendação é a observação INDIVIDUAL dos objetos e o registro individual por parte dos observadores, para que DEPOIS, seja possível se comparar o que foi visto e tecer considerações.

Modelo de Reporte de Vigília - Data e Hora!

·Nome do observador e demais dados de identificação individual
·Local da observação, com descrição pormenorizada
·Direção da Observação: (do norte para o sul ou do sudeste para o noroeste, por exemplo)
·Condições atmosféricas - inexistência de nuvens e /ou obstruções.
·Cidade /Município
·Estado
·Se possível latitude, longitude e altura do local Consegue no (Google Earth).
Pequena Escala De Magnitudes
Magnitude : Objeto
-13 : Lua cheia
-10 : Lua de quarto
-4.5 : Vênus (avg.)
-2.5 : Júpiter (avg.)
-1.5 : Sirius (a estrela mais brilhante)
0 : Capella, Vega
1 : Deneb, Altair
2 : Polaris, Kochab, Alpha Andromedae
2.5 : Alpha Pegasi, Epsilon Cygni, Alpha Cephei
3 : Gamma Ursae Minoris, Beta Cygni, Eta Pegasi
3.5 : Epsilon Cassiopeiae, Iota Cephei

Por estarem muito mais perto de nós que as estrelas, os planetas se movem noite após noite por entre o céu estrelado. Para encontrá-los siga estas dicas:

·Planetas têm brilho estático. Eles não cintilam como as estrelas (a menos que estejam próximos do horizonte ou sejam observados sob uma atmosfera turbulenta /poluída).

·Planetas seguem o mesmo caminho no céu por onde passaram o Sol e a Lua.(a eclíptica). Você nunca verá Marte, por exemplo, perto do Cruzeiro do Sul.

·Planetas são objetos extensos quando vistos numa luneta com magnificação de pelo menos 40 vezes (as estrelas sempre aparecem como pontos). Com uma luneta você distinguirá as fases de Vênus, o disco avermelhado de Marte, o sistema de satélites de Júpiter e os anéis de Saturno.

·Imprima e use mapas celestes on line, Eles fornecem a posição atual dos planetas no céu. Assim você não corre o risco de confundi-los com estrelas ou mesmo OVNIs, especialmente se ainda não adquiriu experiência.

·Não esqueça os planisférios celestes. Ao contrário das cartas on line, eles não fornecem a localização de um planeta, mas lhe ajudarão muito para que você se familiarize cada vez mais com o céu noturno.

Medidas angulares
Em Astronomia De Posição, a Medida De Distância é o Grau. É fácil de perceber o motivo. Toda a abóbada celeste (de um horizonte ao outro) abrange 180 graus. Do horizonte ao zênite temos a metade, 90º. É útil saber distâncias angulares ainda menores.

De sorte que para a maioria das pessoas a relação entre o largura da mão e o comprimento do braço é um valor constante. Assim, com o braço estendido, um adulto pode obter uma estimativa de valores angulares usando partes de sua mão como mostram as gravuras anexadas.

Ao fecharmos a mão, o punho cobre um ângulo de cerca de 10º. Da mesma forma, com a mão aberta na direção do céu, a largura do dedo mínimo (ou a ponta do indicador ou ainda 1cm de uma régua) cobre um ângulo de 1º.
Vários segmentos do dedo indicador também podem fornecer estimativas angulares muito úteis no reconhecimento do céu. Mas é importante manter o braço estendido ao efetuar essas medidas.

Pesquisadores querem que Aeronáutica...

Marcas em formato circular, de 60 metros de diâmetro, surgiram no canavial da cidade. O fenômeno foi registrado no início desta semana.

Assista a reportagem. (Clique ao lado)
Pesquisadores querem que Aeronáutica monitore 'desenho em canavial'


Pesquisadores da área de ufologia querem que radares da Aeronáutica passem a monitorar a região de Riolândia, a 562 km de São Paulo, para verificar o que tem causado estranhas marcas, em formato circular de cerca de 60 metros de diâmetro, no canavial perto do Rio Grande. O fenômeno foi registrado no início desta semana.

Pesquisadores do Instituto de Astronomia e Pesquisa Espaciais (Inape) estão preparando um relatório para a Aeronáutica sobre o que ocorreu na região. Usando um GPS, aparelho de monitoramento por satélite, o especialista do Inape, identificou as coordenadas geográficas do local.

O ufólogo Jorge Néri deve concluir um relatório sobre o episódio até o final desta semana. O documento vai ser encaminhado à Aeronáutica, para um setor especializado na investigação desse tipo de fenômeno. O pesquisador descarta a possibilidade de as marcas terem sido causadas por um fenômeno natural.

O depoimento de Maurício Pereira da Silva, morador que contou ter visto um objeto não identificado sobre o canavial, vai ser a principal informação no relatório preparado pelo especialista. “Levantei
3h
de sábado para domingo e escutei um barulho da cana quebrando.

Falei ‘meu Deus, se for vento vai derrubar tudo’. Na hora que eu olhei para cima da cana eu observei [o objeto]. Explicar o jeito, a forma, o tamanho é difícil porque o susto é muito grande. A única coisa que você pensa é correr para dentro”.

Os pesquisadores Paulo César Rapassi e Maria José Antunes Francisco contam que já analisaram outras ocorrências perto de Votuporanga e que Riolândia é o quarto ou quinto caso observado na região.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL276177-5605,00.html


Desenho em canavial’ atrai curiosos e ufólogos ao interior de SP

Marcas circulares surgiram em plantação de cana em Riolândia.
Equipe de ufólogos foi à região para pesquisar o ocorrido.

Um fato no mínimo curioso foi registrado em um canavial em Riolândia, na região de Votuporanga, a
519 km de São Paulo. Em uma plantação perto do Rio Grande, a cana foi amassada em um formato circular de cerca de 60 metros de diâmetro na madrugada de sábado (19). Até o prefeito da cidade foi visitar a área.

"Vamos deixar que quem entende do assunto investigue isso", disse o prefeito Maurílio Viana da Silva (PSB). A cerca de
15 metros dessa primeira marca há outras duas áreas circulares com cana amassada. Cada uma delas têm diâmetro de 8
metros.

O ufólogo Jorge Neri, do Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais, acredita que se trata da ação de um OVNI, sigla para objeto voador não-identificado. Na madrugada de sábado, o empresário Maurício Pereira da Silva, de
39
anos, estava na cozinha de sua casa, vizinha ao canavial, quando foi surpreendido pelo barulho da cana sendo quebrada.

Ele relatou ter visto pela janela um objeto oval sobre o canavial. Uma equipe de ufologia do instituto, composta por oito pessoas, está no local para investigar o que ocorreu. Jorge Neri diz que vai medir o posicionamento geográfico, com um equipamento de GPS, para enviar os dados à Aeronáutica.

Ele quer que a Aeronáutica monitore a área para que qualquer movimentação seja captada por radares.O “fenômeno” atrai também moradores de municípios vizinhos, como Adolfo, Cardoso e Paulo de Faria, segundo relata a mulher de Maurício, Márcia Cristina Ribeiro Santos, de
30
anos.

Ela estima que cerca de
30 pessoas tenham visitado a região entre a terça-feira (22) e esta quarta-feira (23).
Até um investigador da polícia civil foi ao local, por curiosidade, mas um boletim de ocorrência não foi registrado.

Continua

Desenho em canavial’ atrai curiosos e ufólogos ao interior de SP


Sobrevôo
Maurício e Márcia arrendam a Pousada Piapara, que foi de onde ele ouviu a plantação se partindo. “Tem bastante gente que veio ver. Ontem o telefone não parou. Hoje aumentou (o movimento). Vem gente de fora para ver o que tem na cana.

O pessoal vem, olha e tira fotos com celular”, conta Márcia, que disse estar “um pouco assustada” com o ocorrido. Márcia diz que o movimento da pousada, freqüentada por pescadores, não aumentou nem diminuiu após a divulgação da história.

“Por telefone, o pessoal pergunta se a cana ainda está daquele jeito, se a gente viu, se ouviu alguma coisa”, diz ela. Segundo o ufólogo Jorge Neri, o instituto já recebeu relatos de moradores da região que também teriam visto objetos estranhos.

“Queremos saber se (a cana foi amassada) pelo pouso de uma nave, o que chamamos de ‘ninho’, ou se são desenhos, sinais, como os que já apareceram em plantações na Inglaterra.” Jorge vai sobrevoar a região na tarde desta quarta-feira para colher imagens de cima e comparar com outros desenhos.

Visita do prefeito
No final da tarde da terça-feira
(22), o prefeito de Riolândia, Maurílio Viana da Silva (PSB), foi até a pousada para ver o canavial tão comentado na cidade. Por telefone, ele disse à reportagem do G1 que os sinais deixados no canavial eram "estranhos" e que nunca tinha visto algo daquele tipo.

Apesar da estranheza, ele informou que, por enquanto, a prefeitura não irá tomar nenhuma atitude sobre o assunto. "Vamos deixar que quem entende do assunto investigue isso", disse ele, se referindo aos ufólogos.

http://g1.globo.com

sábado, 19 de janeiro de 2008

Alô! Tem alguém na escuta?

Alô! Tem alguém na escuta?
Marcelo Gleiser.


Emoções hollywoodianas à parte, a busca por inteligências extraterrestres é um assunto levado a sério por muitos cientistas. Tudo começou em 1960, quando o jovem astrônomo Frank Drake convenceu seu chefe, no Observatório de Radioastronomia de Green Bank, em West Virginia, nos EUA, a gastar US$ 2.000 em um novo equipamento para o radiotelescópio.

A idéia de Drake era equipar o telescópio com um receptor dedicado à busca de sinais de rádio gerados por seres inteligentes, que hipoteticamente habitam outras partes do Universo. O projeto foi aprovado na hora.
Passados 38 anos, a Seti (sigla em inglês para Busca por Inteligências Extraterrestres) continua firme, apesar da falta de fundos, dos resultados até agora negativos e da incredulidade de muitos.Na verdade, o número de observatórios e pesquisadores envolvidos na Seti só tem aumentado nos EUA e em diversos países.
Como procurar por transmissões de rádio "inteligentes" provenientes de outra civilização? A busca por sinais de rádio inteligentes está concentrada em uma determinada banda de freqüência, tipicamente de 1.400 megahertz a 1.720 megahertz, como é o caso do projeto Beta, da Universidade Harvard.

A escolha da banda vem da freqüência natural do átomo de hidrogênio, de
1.420 megahertz. Como o hidrogênio é o elemento mais abundante no Universo, essa seria a freqüência "mais natural" a ser escolhida. Será? O receptor do radiotelescópio tem 250 milhões de canais cobrindo essa banda de freqüência, ou seja, uma resolução em torno de 1,3
hertz por canal.

A quantidade de dados acumulados diariamente chega a ocupar
22 milhões de megabytes de memória, posteriormente "filtrados" por um supercomputador, que seleciona possíveis sinais interessantes. Um dos problemas com a Seti é definir quais sinais são resultado de uma transmissão inteligente.

O financiamento para esse projeto (e outros) vem da Sociedade Planetária, uma entidade privada que conta hoje com mais de 100 mil membros, fundada por Carl Sagan, um entusiasta da busca pela vida extraterrestre.
No seu livro "Contato", que recentemente virou filme de enorme (e merecido) sucesso, Sagan conta a história de um contato hipotético com uma civilização muito mais avançada do que a nossa, por meio de ondas de rádio, numa jogada magistral de divulgação e de publicidade para sua organização.

Para Sagan, a busca por civilizações extraterrestres é algo que fala a cada um de nós e não deve depender das flutuações na orientação da política científica do governo norte-americano. Os que acreditam na existência de vida inteligente fora da Terra citam os grandes números: com bilhões de estrelas só na nossa galáxia, certamente muitos milhões terão planetas à sua volta com condições semelhantes às encontradas aqui.

E desses, muitos terão favorecido a evolução de vida inteligente. Já para os descrentes (na maioria biólogos), o processo evolucionário que leva ao desenvolvimento de vida inteligente é tão absurdamente raro que nós somos a exceção e não a regra.
Caso isso seja verdade, nós ocuparíamos um lugar sem dúvida muito privilegiado no Universo, o de única civilização inteligente. Privilegiado e profundamente solitário. Mas vamos supor que recebamos uma mensagem de uma civilização que habite um planeta localizado a 20 anos-luz do Sol.
Essa mensagem nos foi enviada há 20 anos. Como nós acabamos de inventar o rádio, certamente nossos interlocutores serão mais avançados do que nós. Será que devemos responder à sua chamada?
Afinal, em uma floresta cheia de perigos desconhecidos, podemos ficar apenas na escuta. Por outro lado, seria impossível resistir à tentação de nos comunicarmos com outros seres inteligentes. Enquanto nós decidimos, nossos radiotelescópios continuam a vasculhar os céus. Será que tem alguém na escuta?

Cientista crê em vida fora da Terra

Cientista crê em vida fora da Terra

Marcelo Gleiser diz ter "uma certeza quase estatística" de que existe vida fora da Terra. Leia, a seguir, a continuação da entrevista que o físico concedeu à Folha:

Folha - Por que você acha importante levar o conhecimento da ciência para o público em geral?
Marcelo Gleiser -
Do ponto de vista mais filosófico, a ciência faz parte da cultura geral da sociedade. Os cientistas são membros da sociedade. Eles geram idéias, da mesma forma que artistas ou escritores. Acho que deve fazer parte do trabalho do cientista levar para as pessoas essas idéias.

Do ponto de vista mais prático, temos de levar em conta que ciência custa caro. E quem financia a ciência é o contribuinte, por meio de recursos públicos. É importante justificar a importância de seu trabalho para que esses recursos continuem vindo.

O cientista não deve ficar numa posição confortável em seu laboratório, achando que pode ficar quietinho e que esse cheque sempre estará vindo. Ele tem de justificar a aplicação desse dinheiro, que poderia ser empregado para ajudar a abrir uma escola ou sanear uma favela.

Folha -
Isso quer dizer que você critica os cientistas que são contrários à divulgação científica.
Gleiser -
Exatamente.

Folha - Mas como você justifica a necessidade de investir recursos em cosmologia, tendo em vista as necessidades sociais que existem?
Gleiser -
Essa quantidade de dinheiro é irrelevante se for comparada com a que é investida em outras áreas da ciência. A cosmologia é uma fatia muito pequena desse bolo, mas ela tem de estar lá. Ela responde a questionamentos que as pessoas sempre tiveram com relação a questões grandiosas sobre a origem do mundo.

É importante que seja assegurado o trabalho de pesquisadores que lidam com essas questões. Outro aspecto interessante é que o estudo da cosmologia depende de pesquisas experimentais que exigem muita sofisticação tecnológica, usando satélites e outros instrumentos, cujo desenvolvimento sempre traz benefícios diretos e indiretos para a sociedade.

No fundo, essa pergunta é errada. A divisão de recursos públicos deveria ser feita de forma a atender todas as áreas importantes, sem que os investimentos em uma área sejam prejuízos para outra.

Folha - Você acredita que existe vida inteligente fora da Terra?
Gleiser -
Acredito. Mais que isso, tenho uma certeza quase estatística. Existem cerca de 400 bilhões de estrelas só em nossa galáxia, que é a Via Láctea. E se estima que existam cerca de 100 bilhões de galáxias no Universo.

Esses números são tão absurdamente enormes que seria muito improvável que somente nosso planeta tenha reunido condições atmosféricas para desenvolver vida. E isso considerando somente o que nós entendemos como vida, o que pode ser uma visão muito pequena.

Só na Via Láctea, deve haver milhões de planetas com condições de surgimento de vida. E estou certo também que nosso planeta não é o único no Universo que tenha produzido vida inteligente. Considerando esses números astronômicos, seria muito privilégio.

Quanto mais aprendemos sobre o Universo, mais insignificantes nos tornamos. Acho que nossa inteligência, apesar de ser tão importante para nós, não é a única do Universo.

Levitação, um efeito...

Levitação , um efeito quântico de grandes proporções.
Marcelo Gleiser.

Imagine se fôssemos capazes de flutuar no espaço, aqui mesmo na Terra. Idéias sobre a "antigravidade", uma força produzida para cancelar o efeito da força da gravidade, sempre foi um sonho de muitos cientistas, profissionais e amadores. E não só de cientistas.

Recentemente, o líder de uma seita religiosa no Reino Unido ofereceu US$
1,5
milhão para quem inventasse uma máquina capaz de levitá-lo em frente a sua congregação (claro, ele não contou seus planos para seus inocentes seguidores. Quem quiser mais detalhes, pode consultar o endereço http://www.sci.kun.nl/hfml. levitationpubres.html

Várias pessoas juram ter visto algum guru indiano levitar por meio do poder da mente. Será que é possível criar uma força capaz de cancelar a atração gravitacional, de modo a fazer com que objetos macroscópicos possam mesmo levitar? Descartando a possibilidade de usarmos a força do pensamento, a resposta é surpreendente: sim.

A idéia é usarmos a força magnética para contrabalançar a força gravitacional. Nós sabemos que um ímã comum pode levantar facilmente um pedaço de ferro. Mas note que, assim que aproximamos o ímã do metal, o metal voa diretamente até o imã, ou seja, ele não levita. Mais ainda, pouquíssimos materiais são magnéticos como ferro ou níquel.

A maioria é um bilhão de vezes menos magnética do que esses metais. Como, então, levitar um sapo, ou um ovo? A resposta é encontrada na mecânica quântica, a parte da física que estuda o comportamento dos átomos ou de sistemas subatômicos. Numa aproximação bem simples, podemos imaginar o átomo como um minissistema solar, em que os elétrons viajam em órbitas ao redor do núcleo.

Essas órbitas são concêntricas e os elétrons podem "pular" entre órbitas distintas Äo "salto quântico". Na presença de um campo magnético, os elétrons sofrem um reajustamento em suas órbitas e passam a funcionar como um material "diamagnético", que apresenta um pequeno campo magnético. Macroscopicamente, a substância passa a funcionar como um ímã, embora um ímã bastante fraco.

Apesar de o diamagnetismo ter sido descoberto em 1846 pelo grande físico inglês Michael Faraday, ninguém imaginou que o fenômeno fosse ter alguma relevância ou aplicação. Quanto à idéia de levitação, outro grande físico britânico, Lord Kelvin (William Thomson), disse: "Será provavelmente impossível observar esse fenômeno, devido à dificuldade de encontrarmos um magneto forte o suficiente (para induzir o diamagnetismo forte) ou uma substância diamagnética leve o suficiente, já que as forças magnéticas são muito fracas".

É possível mostrar que os campos magnéticos necessários para levitar objetos de dimensões relativamente pequenas, como uma amêndoa ou um sapo, têm uma intensidade apenas cem vezes maior do que um desses ímãs que usamos para pendurar recados na porta da geladeira.

Mesmo que não seja possível fazer esses experimentos em casa (ainda), em um laboratório é possível adquirir o equipamento necessário por aproximadamente US$
100 mil, soma razoável para testes nas ciências naturais. Um grupo da Holanda conseguiu de fato levitar amêndoas, sapos, líquidos, fatias de pizza e outros objetos com alguns centímetros de diâmetro.

Esses experimentos permitem simular um ambiente de "microgravidade" semelhante ao encontrado por astronautas no espaço. (Imagino que o astronauta americano John Glenn,
77
, que voltou ao espaço recentemente, tenha achado a microgravidade um tanto incômoda.).

Portanto, podemos estudar como plantas ou cristais cresceriam no espaço sem sairmos do laboratório, o que pode ser útil para projetos de exploração do sistema solar e mais além. E a levitação de pessoas? Infelizmente, as tecnologias mais avançadas permitem apenas levitar um objeto com no máximo
15
centímetros. Mas, no futuro, quem sabe?

Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando-I

Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando
Camilo VannuchiColaborou Luciana Sgarbi

Ufólogos pedem a abertura dos arquivos secretos das Forças Armadas sobre objetos voadores não identificados do Brasil e, pela primeira vez, a Aeronáutica se dispõe a negociar Monstrengos de pele viscosa que desembarcam de discos voadores para abduzir (seqüestrar em ufologuês) terráqueos indefesos parecem coisa de cinema.

Mas a ocorrência de fenômenos para lá de estranhos no céu do País é real e está documentada em centenas de páginas arquivadas no Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), órgão subordinado ao Ministério da Defesa.

Após décadas de insistência dos ufólogos para que esses documentos sigilosos fossem abertos ao público (ou pelo menos aos estudiosos do assunto), finalmente a Aeronáutica se dispôs a colaborar e admite a possibilidade de apresentar seu arsenal.

Antes da reunião entre ufólogos e militares marcada para a sexta-feira 20, ISTOÉ teve acesso a documentos que registram a participação da Força Aérea Brasileira (FAB) no caso batizado de Operação Prato, ocorrido no Pará em 1977.

A intenção dos ufólogos é cobrar a divulgação desse material e criar uma comissão com especialistas civis e militares para pesquisar futuras ocorrências, como já ocorre no Chile. Para os membros da Aeronáutica, a ocasião servirá para afastar a imagem negativa que sempre lhes foi impingida por militantes das pesquisas extraterrestres.

“Somos acusados de sonegar informação, mas o que temos são relatórios apresentados em caráter sigiloso por pilotos e outras pessoas que procuraram a Aeronáutica para relatar registros de óvnis. Divulgar esse material exporia essas pessoas a chacotas”, diz o major Antonio Lorenzo, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.

Continua


Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando-II

Gevaerd, editor da revista UFO -
"A Aeronáutica guarda muito material secreto que tem sido sub aproveitado”.

Campanha Lorenzo nunca viu esses documentos, mas repete as informações que lhe foram transmitidas pelo chefe do Comdabra. Foi Lorenzo, no entanto, quem procurou o ufólogo Ademar José Gevaerd, fundador e editor da revista UFO há 21 anos, e deu início à atual fase de aproximação após a publicação no Correio Braziliense de mais uma reportagem que mostrava a Aeronáutica como uma instituição que escondia o jogo.

Gevaerd, que se interessa pelo assunto desde os 11 anos – quando acompanhava com paixão os artigos ufológicos publicados na revista Planeta, da Editora Três –, lançou no ano passado a campanha “Ufos: liberdade de informação já”.

“Temos certeza de que existe vida fora da Terra e não descansaremos enquanto não tivermos respostas sobre isso”, diz. “A aeronáutica guarda muito material secreto que tem sido sub aproveitado. Eles não têm gente nem verba para se dedicar a esse assunto.”

Gevaerd cita três casos de supostas aparições de óvnis nos quais as Forças Armadas teriam desempenhado papel importante. No primeiro, ocorrido em 1977 e conhecido como Operação Prato, uma equipe comandada pelo capitão Uyrangê Hollanda, do
Comando Aéreo Regional (Belém do Pará), documentou em relatórios, fotos e vídeos a presença de naves durante vários meses na Amazônia.

O segundo caso, a famosa Noite Oficial dos Ufos no Brasil, de
1986, configurou a visão simultânea de 21
naves que se movimentaram durante oito horas sobre o Estado de São Paulo e ficou célebre por envolver o então presidente da Petrobras, Ozires Silva (fundador da Embraer e ministro da Infra-Estrutura do governo Collor).

O caso foi confirmado pelo então ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Moreira Lima. Por fim, em
1996
, oficiais do Exército teriam capturado os inesquecíveis ETs de Varginha (MG) e os encaminhado para necropsia na Unicamp, em Campinas (SP). Todas as instituições citadas nesse terceiro episódio negam qualquer envolvimento.

Ao que parece, nem todos os oficiais da Aeronáutica concordam com o arquivamento dessas informações. Graças a um membro da corporação, a revista UFO teve acesso a documentos sigilosos que compõem o dossiê sobre a Operação Prato e trazem apontamentos feitos pelos militares que realizaram a empreitada.

Antes de falecer, em
1997
, o comandante da operação, Uyrangê Hollanda, confirmou a legitimidade do material em entrevista à mesma publicação. Esperou se aposentar para falar abertamente sobre o assunto. Parte desse material pode se tornar público em breve.

Algumas fotos realizadas na ocasião trazem um carimbo com a inscrição “confidencial” no verso. Há desenhos de naves feitos por oficiais a partir dos retratos falados apresentados por moradores que avistaram o fenômeno e o relatório pormenorizado dos contatos que os próprios oficiais teriam estabelecido com discos voadores luminosos.

Continua


Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando -III

Claudeir Covo, engenheiro e ufólogo: “O Brasil está entre os países que mais registram casos ufológicos".

Movimento estranho – Investigar a natureza de qualquer objeto que cruze o céu do País sem se identificar é função da Força Aérea Brasileira. Basta um movimento estranho surgir no radar para que torres de comando se comuniquem e aviões caça saiam ao encalço das naves (aparelhos, discos, objetos ou seja lá o que for).

Qualquer sinal anormal que surja nos radares fica gravado em fitas magnéticas que seguem para o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta), também vinculado à Aeronáutica.

O mesmo ocorre sempre que algum piloto visualiza elementos diferentes durante o vôo e registra por escrito o ocorrido, bem como com as fitas gravadas com as comunicações entre aeronaves e torres de comando. “Isso é mais comum do que se imagina.

O Brasil está entre os países que mais registram casos ufológicos. O arquivo da Aeronáutica vai mostrar o quanto isso é freqüente”, comemora o engenheiro Claudeir Covo, presidente do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais.

“O problema é que essas naves se aproximam, fazem o que bem entendem e vão embora sem que a Aeronáutica consiga interceptá-las ou identificá-las. O medo do governo é que a divulgação disso evidencie o quanto nossas Forças Armadas são vulneráveis e cause pânico na população”, afirma.

Fraudes – Embora a presença de óvnis seja confirmada pela própria Aeronáutica, nada garante que as supostas naves sejam mesmo de outro planeta. O próprio Claudeir Covo afirma que
95% dos casos são enganos ou fraudes. Às vezes, acidentes físicos e naturais como precipitações, nuvens e relâmpagos causam confusão.

Outras vezes, são montagens fotográficas feitas por pessoas que agem de má-fé, registrando postes de luz ou balões de festas juninas. “Há pouco tempo, a Tiazinha (Suzana Alves) foi à televisão dizer que tinha visto um óvni. Me interessei pelo assunto e fui investigar.

Descobri que, naquele momento, o dirigível da Goodyear sobrevoava exatamente o mesmo local”, conta Covo. Suzana não é a única celebridade que diz ter visto disco voador. Entre ditos e não-ditos, resta apenas a dúvida: estamos sós?

Continua


Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando -IV

Xororó, cantorJá observou óvnis. Deixou de comentar o assunto porque, segundo sua assessoria, seu público não reage bem a esse tema.
Amaury Jr., apresentador.
Ele avistou mais de 40 óvnis de seu sítio na cidade de Vinhedo, a 76 km de São Paulo, e colecionou 200 documentários sobre ufologia



Norton Nascimento, ator Viu uma nave se dividir em três no céu de Santos (SP), mas voltou atrás. “O único ser extraterrestre em que acredito é Jesus Cristo” .



Mauricio de Sousa, desenhista Viu uma luz em movimento na linha do horizonte entre Mogi das Cruzes (SP) e São Paulo. O objeto era alaranjado e ficou do tamanho da lua, achatado na basee no topo. Ele espera repetir a experiência.











Elba Ramalho, cantora Em maio de 2001, declarou que ETs haviam lhe implantado um chip, retirado mais tardepor “seres celestiais”.
Continua




Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando-V


Casos famosos ET de Varginha

Quando moradores de Varginha (MG) depararam com uma criatura marrom com três protuberâncias na cabeça em um terreno baldio, não imaginavam que dariam início ao mais impressionante thriller da ufologia brasileira. Foi capa de ISTOÉ.

Ufólogos afirmam que, segundo testemunhas civis e militares, duas criaturas teriam sido capturadas pelo Corpo de Bombeiros e conduzidas em caminhões do Exército até a Escola de Sargentos de Armas, na cidade vizinha de Três Corações, e ao Hospital Humanitas, também na região.

Todas as instituições negam. Ainda de acordo com os ufólogos, o comboio teria se dirigido à Unicamp, em Campinas (SP), onde os ETs teriam sido necropsiados pelo legista Badan Palhares, famoso por seu envolvimento no caso PC Farias.

“Em nenhum momento tivemos ligação com essa história”, afirmou. O Exército nega todas as informações. Quando moradores de Varginha (MG) depararam com uma criatura marrom com três protuberâncias na cabeça em um terreno baldio, não imaginavam que dariam início ao mais impressionante thriller da ufologia brasileira.

Foi capa de ISTOÉ. Ufólogos afirmam que, segundo testemunhas civis e militares, duas criaturas teriam sido capturadas pelo Corpo de Bombeiros e conduzidas em caminhões do Exército até a Escola de Sargentos de Armas, na cidade vizinha de Três Corações, e ao Hospital Humanitas, também na região.

Todas as instituições negam. Ainda de acordo com os ufólogos, o comboio teria se dirigido à Unicamp, em Campinas (SP), onde os ETs teriam sido necropsiados pelo legista Badan Palhares, famoso por seu envolvimento no caso PC Farias. “Em nenhum momento tivemos ligação com essa história”, afirmou. O Exército nega todas as informações.

Continua

Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando-VI

Noite oficial dos ufos.

Em 19 de maio de 1986, Ozires Silva viajou a Brasília para assumir a presidência da Petrobras. No vôo de volta para casa, em São José dos Campos (SP), o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta) entrou em contato perguntando se ele conseguia ver pela janela algum objeto estranho.

Radares captavam movimentos anormais na região. Ozires pediu a localização do incidente e apontou sua aeronave Xingu em direção aos supostos objetos. Logo visualizou uma nave em forma de bola de pingue-pongue com cerca de
80
metros de diâmetro.

Ela não foi a única a sobrevoar o País naquela noite. Ao todo, foram registrados em radares os movimentos de
21
objetos, com tamanhos e cores variados. Pelo menos cinco aviões-caça da FAB decolaram ao encalço do mistério. A velocidade desempenhada pelas naves (dez vezes superior à dos aviões) permitiu que o então ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Moreira Lima, descartasse a possibilidade de serem aviões.

Em entrevista coletiva no dia seguinte, o ministro prometeu divulgar os resultados das investigações em
30
dias. Isso nunca aconteceu.

Continua

Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando-VII

Operação Prato

No segundo semestre de 1977, moradores de diferentes localidades do Pará começaram a relatar avistamentos freqüentes de óvnis. Segundo os relatos, das naves saíam raios luminosos que, ao tocarem as pessoas, queimavam e causavam desmaios.

Exames médicos mostraram que as vítimas perdiam quantidade considerável de glóbulos vermelhos, o que justificou os apelidos populares de “luz vampira” e “chupa-chupa”. O pânico motivou o prefeito de Vigia a solicitar providências ao
Comando Aéreo Regional, com sede em Belém, que teria criado um projeto confidencial comandado pelo capitão Uyrangê de Hollanda.

Ele e sua equipe acamparam na região de Colares para entrevistar as supostas vítimas e, a partir da sexta semana, passaram a avistar também as tais naves. Antes que a investigação chegasse ao fim, os trabalhos foram suspensos pela Força Aérea Brasileira.

O capitão Hollanda esperou se aposentar e demorou
20 anos para admitir publicamente a autenticidade dos relatórios secretos da operação – que, àquela altura, já haviam chegado ao poder dos ufólogos. Contou ter realizado quatro filmes e centenas de fotos dos objetos voadores. Esse material estaria arquivado no Comando de Defesa Aeroespacial do Brasil. Uyrangê se matou em 1997
, mesmo ano em que divulgou suas experiências.

Continua

Ufologia - Óvnis: a verdade está chegando -VIII

Arquivo X: documentos secretos
No comando: capitão Hollanda esteve à frente da operação

Confidencial: desenhos comprovam relação com ETs
http://www.fab.mil.br/imprensa/enotimp/2005/05-MAI/enotimp136.htm










O Fenômeno UFO

(Desse texto eu postei somente algumas partes,outros assuntos poderão ser lidos no índice acessando a página no final da postagem).

"Há um princípio que serve de barreira contra toda e qualquer informação, de prova contra todo argumento e que jamais pode falhar, a fim de manter o homem em permanente estado de ignorância. Este princípio condena, antes de pesquisar". ( Herbert Spencer).

O Fenômeno UFO
Por: Johannes von Buttlar

À guisa de esclarecimento

Somente após vencer pesados escrúpulos e depois de sérias e profundas reflexões é que resolvi redigir este relato sobre os motivos que se ocultam por trás do mundialmente conhecido fenômeno dos objetos voadores não identificados.

É evidente que estou perfeitamente cônscio de que este assunto proporciona material explosivo para ataques e polêmicas inimagináveis, visto que ele desatrela as mais discrepantes emoções. Aliás, não há outro tema que suscite tantos preconceitos, suposições, dúvidas, afirmações, deturpações e até intrigas como este dos ovnis l.

1
Objetos Voadores Não Identificados. (N. da T.)

No caso em foco, não há nenhum compromisso, mas apenas duas atitudes extremas a serem tomadas — a do pró e a do contra. Existem inúmeros relatos oriundos de todas as partes do globo terrestre que falam de confrontações com objetos voadores desconhecidos.

Segundo uma pesquisa, por exemplo, só na América nada menos que 15 milhões de pessoas — inclusive o próprio Presidente Jimmy Carter — afirmam ter visto os ditos ovnis. Independentemente da maneira como o queiramos encarar, semelhante fenômeno merece atenção.

E, visto que todo escritor deveria se conscientizar de que a sua missão consiste em buscar a verdade, achei por bem aceitar o desafio. Efetivamente, neste domínio a procura da verdade está juncada de riscos e perigos e não deixa de ser uma prova de coragem e denodo, que já fez suas vítimas. Por sua vez, a leitura deste livro exige coragem no sentido de se criarem disposições para um reposicionamento de nossos preconceitos.

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal -I

Contato mortal

Em resposta ao relatório estritamente confidencial de Twining, o Major-General L. C. Craigie ordenou a organização de um projeto da Força Aérea, com o objetivo de pesquisar o fenômeno dos objetos voadores desconhecidos.

A base aérea de Wright Patterson foi encarregada do Projeto Sinal, de caráter sigiloso, em grau
2-A, e teve o patrocínio da Divisão de Inteligência Técnica do amc. O Projeto Sinal, ou Projeto Pires, como também era chamado pelos seus colaboradores, iniciou suas atividades a 22 de janeiro de 1948
.

Sua primeira tarefa consistia em coletar todos os dados referentes a aparecimentos e fenômenos de ovnis na atmosfera e, dentre o material coletado, selecionar os dados considerados importantes para a segurança nacional dos Estados Unidos.

Em seguida, os dados deviam ser comparados, elaborados e, finalmente, apresentados a determinadas autoridades governamentais. A meta principal do Projeto Sinal consistia, portanto, em verificar se os ovnis representavam ou não uma ameaça à segurança nacional.

Duas semanas antes de o Projeto Sinal começar a funcionar, registrou-se um aparecimento extraordinário, que quase provocou um estado de histeria coletiva. Esse acontecimento foi de tamanha amplitude que durante quase um ano deu muito trabalho ao Projeto Sinal.

A
7 de janeiro de 1948, algumas pessoas avistaram sobre Louisville, Kentucky, um objeto prateado em forma de disco, que emitia uma luminosidade avermelhada. Seu diâmetro media cerca de 80 a 100
metros; seu vôo era dirigido para o sul. Logo após o aparecimento, a polícia estadual avisou a base aérea de Fort Knox e seu respectivo aeroporto, Godman Field; quinze minutos mais tarde, o pessoal da torre avistou o ovni.

Depois de ter certeza de não se tratar de um avião nem de um balão meteorológico, o aparecimento foi comunicado ao oficial de serviço, ao oficial encarregado da Defesa e, por fim, ao comandante da base, Coronel Guy F. Hix. Este comunicou-se com o Capitão Mantell, ao qual ordenou a decolagem imediata do seu
F-51
, em missão de reconhecimento.

O Capitão-Aviador Thomas Mantell, de
25
anos, era um piloto altamente qualificado, veterano da Segunda Guerra Mundial, na qual se distinguiu por bravura e foi condecorado com a ordem da Cruz ao Mérito Aeronáutico. Mantell fez parte do primeiro grupo de pilotos que bombardearam alvos alemães em Cherbourg e na costa francesa do Atlântico, quando operavam em missões preparatórias para a invasão britânico-americana.

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal -II

Naquela tarde do dia 7 de janeiro, além de Mantell, decolaram os tenentes Hendricks, Clements e Hammond, em perseguição ao objeto voador desconhecido. Os instrumentos de radar acompanharam o rastro dos caças, até que, às 15 horas, Mantell comunicou pelo rádio:

"Nada vejo, por enquanto; estou desviando em direção a Ohio River Falls". Em seguida, Mantell fez os seguintes comunicados pelo rádio:
15:02 h — Visão boa — ainda não vejo nada — altitude de vôo: 9 500
metros — continuo subindo.
15:09 h
— Altitude de vôo: 10 400
metros — ainda nada.
15:11 h — Agora — aqui está o objeto — em forma de disco — enorme, grande — difícil de calcular — talvez 70 metros de tamanho — parte superior com anel e cúpula — parece rotar com incrível velocidade em torno de um eixo vertical, central — altitude de vôo: 10 500
metros. Fim.

Na torre as atividades fervilhavam. Como que hipnotizados, os técnicos em radar olhavam seus instrumentos. E lá estava o objeto — um enorme disco!
15:12 h — Comunicado do piloto no flanco direito: vejo a coisa — estou fotografando-a — Mantell está no seu encalço, O objeto se encontra a uns 150
metros acima do meu aparelho. Procuro me aproximar dele, intercalou o piloto no flanco esquerdo.
15:14 h
— Mantell: mais 900 metros — estou dobrando a minha velocidade — devo alcançar o objeto a todo custo. Tem aparência metálica, brilha — está mergulhado numa luz amarela, clara — muda de cor, torna-se vermelho, laranja...
15:15 h — Cheguei a uma distância de somente 350 metros — o objeto acelera — procura escapar — sobe a um ângulo de quase 45
graus.
15:16 h
— Comunicado do piloto à direita: Mantell quase conseguiu pegá-lo — pode ser questão de uns poucos metros — o disco está acelerando — não posso mais acompanhá-lo — Mantell desapareceu na camada de nuvens.

Depois de perderem Mantell de vista, Hammond e Clements desistiram da caça e pediram autorização para aterrizar; a essa hora, Hendricks já havia voltado à base.
15:18 h
— Mantell: o objeto é enorme — sua velocidade é incrível — agora —

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal -III

Aproximadamente às 16 horas o grupo de buscas e salvamento, imediatamente mobilizado, localizou os destroços do avião sinistrado dentro de um perímetro de 1,5 quilômetro. O relógio de Mantell havia parado às 15:18 h. Naturalmente, a imprensa noticiou esses acontecimentos com manchetes sensacionalistas, explorando-os ao máximo.

Sem dúvida, uma coisa é o comportamento estranho de uma luz surgida no céu noturno, e outra é a morte de um piloto experimentado, em condições dramáticas, provocadas por um "disco voador", em plena luz do dia! A opinião pública ficou alvoroçada e algumas pessoas, até então incrédulas, começaram a mostrar-se preocupadas.

Afinal de contas, não se tratava apenas de um misterioso fato desconhecido, mas de algo potencialmente perigoso. Será que Mantell teria perseguido uma nave extraterrestre, com tripulação inimiga? Ou seria uma nova arma secreta dos russos? No ar não pairavam senão perguntas e dúvidas.

Por sua vez, a Força Aérea e a equipe de pesquisadores do Projeto Sinal também ficaram desorientadas. Pelo menos, essa seria a única desculpa para a explicação simplória apresentada à imprensa e ao público em geral, no intuito de acalmar os ânimos.

O respectivo comunicado oficial, patético em sua singeleza, dizia apenas: "Mantell teria perseguido o planeta Vênus e pereceu quando dele se aproximou em demasia". Essa teoria foi simplesmente arrasada pelos astrônomos e cientistas, contra-argumentando que, naquele dia (mormente à luz do dia), o céu estava encoberto de nuvens, a ponto de tornar invisível o planeta Vênus.

Então, era necessário encontrar outra desculpa menos esfarrapada; explicaram que Mantell havia perseguido um sky hook, um balão de reconhecimento. Pesquisas posteriores, realizadas pela atic (Air Technical Intelligence Center — Central de Inteligência Técnica Aérea), revelaram a impossibilidade da presença de um balão de reconhecimento na região, à hora do acidente, já que essa central possui a relação completa de todos os balões de reconhecimento soltos no espaço.

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal -IV

Da mesma forma, naquele dia memorável, um engenheiro chamado Scott esteve no aeroporto de Godman Field; segundo seu depoimento, a última frase pronunciada por Mantell teria sido a seguinte: "Meu Deus, como é enorme! Tem janelas".

Scott afirma ter ouvido novamente a fita magnética, com esse derradeiro pronunciamento de Mantell. No entanto, o relatório oficial suprimiu esse detalhe. Não é de estranhar que o Prof. Jessup tenha se interessado de modo especial pelo caso Mantell. Todavia, a priori, ele excluiu a possibilidade de esse fenômeno se tratar de um novo tipo secreto de avião.

Pois ele sabia muito bem que no mundo não havia potência capaz de produzir um objeto voador com as características observadas nos ovnis. Para tanto, simplesmente inexistiam as condições técnicas que permitissem alcançar a facilidade nas manobras, a incrível aceleração, as guinadas de 90 graus, qualidades essas reveladas pelos ovnis...

Não, aquilo era totalmente impossível, fora de toda e qualquer cogitação! As provas coletadas permitiam uma única conclusão: os ovnis são de procedência extraterrestre e operam segundo uma tecnologia superior à nossa, em alguns anos-luz. Decerto, Mantell perseguiu uma dessas naves espaciais extraterrestres.

Será que se teria aproximado demais dela? Teria invadido o campo magnético do sistema de propulsão daquela nave e, por conseguinte, teve seu avião destroçado? Como revelaram posteriores relatórios confidenciais, é fato interessante que também os peritos do Projeto Sinal cogitaram de tais eventualidades, que investigaram, em sigilo.

Em sua qualidade de astrônomo, Jessup sabia do elevadíssimo grau de probabilidades da existência de vida extraterrestre, já que, na atual fase do progresso científico, equivaleria a praticamente uma loucura considerar a humanidade como sendo a única forma de vida inteligente no universo.

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal-VI

Afinal de contas, o nosso sistema solar não é o único no seu gênero, mas, sim, apenas um entre uma infinidade de sistemas planetários espalhados nas imensidões do cosmo. A vida — pouco importa sua forma — depende de combinações químicas complicadas e sujeitas a rápidas mudanças.

Porém, isso não é tudo ainda; também as condições de temperatura constituem requisitos prévios essenciais. Isso porque, se, de um lado, o calor excessivo influi nas complexas combinações químicas, de outro, o frio extremo pode chegar a enrijecê-las.

Assim, em ambos os casos, fica excluída a hipótese de transformações químicas. A criação de formas superiores de vida depende de três fatores, que constituem as condições prévias para sua origem e evolução:
1)
Uma estrela que, por um espaço de tempo suficientemente prolongado, forneça a temperatura certa, ou seja, a esfera ecológica;
2) um planeta que, no mínimo, tenha a idade de nossa Terra, isto é, cerca de 5
bilhões de anos, a fim de permitir a origem e a evolução da vida;
3)
um meio ambiente apropriado, a biosfera, para que a vida seja mantida.

Segundo as estimativas atuais, somente no âmbito do nosso sistema planetário, a Via-Láctea, já existem bilhões de estrelas, com planetas, nos quais deve haver vida. Em todo caso, é lícito supor, com segurança, a possível existência de vida e inteligência, pouco importa seu tipo, em toda parte do universo onde houver ambiente apropriado e espaço de tempo suficientemente longo para tal evolução.

Aliás, dentro da Via-Láctea deveria existir vida em todas as fases de desenvolvimento; uma vida que, em comparação com a nossa, se acharia ainda "nos pródromos da criação", bem como outra, adiantada em milhões de anos e proporcionalmente superior àquela do planeta Terra. Em escala cósmica, a diferença entre
5 000 e 50 000
anos de evolução é bem pouco expressiva.

Mas, além de visar o seu próprio mundo imediato, a meta final de inteligências altamente evoluídas não seria porventura a de aceitar o desafio oferecido por mundos desconhecidos e explorar o cosmo, para estabelecer contato com inteligências alienígenas? Para Jessup, tais especulações foram confirmadas pelos aparecimentos dos ovnis.

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O Fenômeno UFO -Contato mortal- VII

Em 6 de abril de 1948, cientistas observaram um objeto voador desconhecido, de forma oval, sobre o campo de provas para armas teleguiadas de White Sands. Com base em medições feitas com teodolito, sua velocidade foi calculada em 27 000 quilômetros por hora.

Quando, de repente, o ovni subiu verticalmente, o teodolito acusou sua velocidade de subida na ordem de
40 quilômetros por 10 segundos. Em 2 de julho de 1948
, oito entre dez pessoas avistaram um ovni que sobrevoava a localidade de Disma e aterrizou numa colina nas proximidades de St. Maries, Idaho.

Na noite daquele mesmo dia, Dannie Kelley, comentarista de rádio, avistou uma formação semelhante de ovnis que sobrevoavam em alta velocidade sua cidade natal, Augusta». Os objetos pareciam cinzentos e voavam a uma velocidade jamais observada por Kelley em qualquer avião convencional.

Mais tarde, soube-se que ovnis foram avistados simultaneamente em mais outros
33
Estados dos Estados Unidos, inclusive em Knoxville, onde o Prof. C. E. Grehm, da Universidade de Knoxville, observou um cilindro comprido, de aparência metálica, que voava em alta velocidade.

Em
24 de julho de 1948, às 2:45 horas da madrugada, um DC-3 da Eastern Air Lines se encontrava entre Mobile e Montgomery, Alabama, quando o Comandante Ch. Chiles e seu co-piloto J. Whitted perceberam ao mesmo tempo uma luz opaca, vermelha, cerca de 250
metros à sua frente.

"Veja lá, aí vem um novo tipo de avião a jato projetado pela Força Aérea", comentou Chiles, despreocupadamente. O objeto voador parecia aproximar-se do
DC-3 em leve vôo rasante; no último instante, desviou com uma repentina guinada para a esquerda, passou à direita do DC-3
, no mesmo nível e sentido paralelo à direção de vôo do aparelho comercial.

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O Fenômeno UFO -Contato mortal-VIII

Naquele instante, os pilotos do DC-3 calcularam a distância do objeto em cerca de 800 metros. Depois de ultrapassar o avião de carreira, o ovni subiu em ângulo reto e desapareceu nas nuvens. As enormes ondas de pressão geradas por esse contato casual desequilibraram o pacato DC-3, fazendo-o balançar de um lado para outro.

Posteriormente, Chiles e Whitted descreveram o objeto como desprovido de asas, com cerca de
35 metros de comprimento, forma semelhante a um charuto e com o dobro do diâmetro de um B-29
. Os pilotos não conseguiram distinguir qualquer tipo de sistema de propulsão ou asas, mas notaram que na parte dianteira havia um objeto sobressalente, semelhante a antenas de radar.

Além disso, Chiles teve a impressão de ter visto uma cabine com janelas. O objeto voador parecia possuir possante iluminação interna e, ao passar pelo
DC-3,
ambos os pilotos perceberam uma luminosidade azul-escura, concentrada no seu "casco" e que se espalhou ao longo de todo o comprimento; na sua esteira deixou um raio laranja.

Como se soube mais tarde, outro piloto também se encontrava com seu avião naquela mesma hora, no mesmo local; ele relatou ter observado um objeto brilhante no céu. As pessoas que se encontravam em terra também afirmaram ter avistado um objeto no céu, na mesma hora em que o
DC-3
havia entrado em contato com o Ovni.

Outro incidente ocorrido dois anos antes, em
1.° de agosto de 1946, era estranhamente semelhante. O Capitão-Aviador Jack E. Puckett, ex-piloto de combate na Segunda Guerra Mundial e, desde então, assistente-chefe da Segurança Aérea do Comando Aéreo Tático, voou precisamente naquele dia, com o co-piloto e um engenheiro de vôo, a bordo de um avião de carga C-47, da sua base de Langley para McDill. A 50
quilômetros de Tampa, avistaram um grande ovni, que a eles se dirigiu em curso de colisão.

"Cerca de
900 metros à nossa frente, desviou bruscamente e cruzou a nossa rota de vôo", relatou Puckett. "Observamos sua forma alongada, cilíndrica, e seu tamanho, que era aproximadamente o dobro de um bombardeiro B-29. Em sua esteira deixou um 'rastro' laranja e desapareceu a uma velocidade estimada em 2 500 a 3 200
quilômetros por hora."

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal-IX

Contudo, para os peritos da Força Aérea, o detalhe mais interessante desse contato foi a descrição do objeto feita pela tripulação do C-47, que informou ter observado "vigias" no ovni. Seriam janelas? Isso implicaria a conclusão eventual de o estranho objeto ser tripulado por seres dotados de visão!

Três anos mais tarde, em
1.° de novembro de 1948, peritos de radar da base aérea de Goose Bay, no Labrador, captaram um esquisito objeto voador que cortava os ares a cerca de 1 000
quilômetros por hora. Dois dias após, operadores de radar da Força Aérea japonesa acompanharam durante mais de uma hora as evoluções altamente estranhas de dois objetos voadores que pareciam estar travando um combate aéreo.

Nas telas do radar, indicavam ser aviões; porém, naquela hora, não havia nenhum aparelho convencional voando na região. Três semanas depois desses acontecimentos, peritos da vigilância aérea alemã enfrentaram um problema. Com efeito, na noite de
22 para 23 de novembro, um caça F-80, que sobrevoava Fuerstenfeldbruck, na Baviera, a 9 000
metros de altitude, teve contato com um objeto de luzes vermelho-claras, que evoluía em círculos.

Ao mesmo tempo, em terra, o pessoal de radar deparou com aquele estranho objeto voador. Quando o caça dele se aproximou, o objeto vermelho-brilhante perdeu-se no espaço, subindo repentinamente; porém, antes de desaparecer da tela do radar, sua altitude de vôo pôde ser calculada em
13 000
metros.

"Todos esses acontecimentos geraram confusão", comentou mais tarde o Prof. Allen J. Hynek, do Departamento de Astronomia da Universidade Northwestern, astrofísico e conselheiro para assuntos de ovnis, da Força Aérea dos EUA.

Os relatórios sobre ovnis, oriundos de todas as partes do mundo, eram assinados, em sua grande maioria, por pessoas responsáveis, dignas de toda a confiança, como pilotos encarregados da segurança nas montanhas, policiais, capitães de vôo e centrais de segurança aérea militar.

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal -X

Tudo isso dizia respeito imediato à Força Aérea americana, responsável pela defesa aérea nacional. Obviamente, a conclusão a que chegaram era de que a segurança nacional estava ameaçada, com a invenção sinistra de uma potência alienígena.

O raciocínio militar logo aceitou e assimilou tal explanação, pois, embora tais perspectivas fossem das mais temerárias possíveis, ainda eram suscetíveis de controle. Por outro lado, as características observadas nos ovnis não se enquadravam na conceituação do progresso militar — e apenas uma pequena percentagem dos aparecimentos podia ser atribuída seguramente a objetos ou ocorrências de ordem astronômica.

Por esse motivo, surgiram posteriormente opiniões divergentes no âmbito do Projeto Sinal. Os debates giraram em torno dos seguintes pontos: tratar-se-ia de uma tecnologia extraterrestre, ou terrestre, mesmo desconhecida? Tratar-se-ia de naves espaciais extraterrestres ou apenas de uma psicose coletiva, uma neurose de pós-guerra?

Dentro em breve, as explicações convencionais escassearam. Restaram apenas duas possibilidades: o problema deveria ser apresentado como sendo de fundo psicológico, um subterfúgio freqüentemente empregado na ausência de explicações convincentes, ou, de fato, o fenômeno implicaria algo que ninguém estava disposto a admitir.

Sempre que a mente humana depara com fatos destoantes da sua tradicional visão do mundo, não poupa esforços para vencer tal dilema e, para tanto, prefere recorrer às suas emoções, deixando de lado seu raciocínio, que acusaria uma lacuna no seu saber.

Em
1948
, o Projeto Sinal chegou a um beco sem saída; impossibilitado de oferecer qualquer explicação plausível, recorreu a seus assessores científicos, no âmbito da Força Aérea e do establishment científico dos EUA. Àquela altura, tomou-se a decisão expressa de que "não pode ser, o que não deve ser"!

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal -XI

Nessa fase, a Força Aérea desempenhou um papel chave, pois o mundo, ou seja, as autoridades governamentais de outras nações orientaram-se segundo as diretrizes por elas promulgadas. Hynek comentou a esse respeito:

"Quando indaguei o que aqueles países estavam fazendo em relação ao fenômeno dos ovnis, freqüentemente recebi a seguinte resposta: 'Como os EUA estão tratando do problema com toda a sua potencialidade e por todos os meios a seu dispor, os outros países, menos privilegiados, poderiam promover o assunto de uma maneira bem menos intensa. Assim, eles aguardam os resultados das pesquisas americanas' ".

Meses a fio, colaboradores do Projeto Sinal analisaram os dados coletados, como pesquisas de opinião realizadas com pilotos de aviões, rastros em telas de radar, observações feitas por cientistas e testemunhas, especificamente treinadas para esse fim.

De acordo com os resultados da pesquisa, a maioria dos ovnis apresenta a forma de um disco, possui uma cúpula e diâmetro dez vezes maior que sua espessura, no centro. Freqüentemente, os objetos voam em formação regular e são avistados por testemunhas oculares, bem como na tela do radar.

Ademais, há objetos elípticos, em forma de charutos, alguns dos quais são "biplanos", com duas carreiras de janelas, uma acima da outra. Ambos os tipos permitem extrema aceleração, voam a uma velocidade literalmente fantástica e durante o vôo evoluem em guinadas de 180 graus.

Por certo, possuem sistemas de propulsão verdadeiramente revolucionários e sem comparação superiores a todos os tipos de propulsão hoje conhecidos na Terra. Por fim, os cientistas e oficiais encarregados da defesa que colaboravam no Projeto Sinal chegaram unanimemente à seguinte conclusão ultra-secreta: os ovnis são naves espaciais extraterrestres, que observam a Terra, de cujos motivos não temos sequer a menor idéia.

Por conseguinte, foi elaborado um relatório pormenorizado, que será submetido ao chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Hoyt S. Vandenberg. No seu trecho final, esse documento ultra-secreto, registrado sob número F-TR-2274-IA, diz o seguinte:

3)
Naves espaciais extraterrestres: as especulações se referem aos pontos abaixo citados:
a) Caso exista uma civilização extraterrena, capaz de produzir objetos como os mencionados neste relatório, seria altamente provável que a sua evolução supere e em muito a nossa, no seu atual estágio. Esse argumento já foi consubstanciado por cálculos de probabilidade, dispensando hipóteses astronômicas.

b) Tal civilização poderia observar a existência de bombas atômicas na Terra, bem como a nossa atual fase de progresso acelerado, quanto à técnica dos foguetes. Em vista do passado histórico do planeta Terra, tais observações deveriam ser alarmantes para a civilização extraterrena em apreço. Por isso, cumpre-nos aguardar — mormente agora — visitas extraterrestres.

Continua

O Fenômeno UFO -Contato mortal -XII

Pelo fato de as bombas atômicas representarem as ações dos humanos, que podem ser observadas com maior facilidade a grandes distâncias, seria o caso de contarmos com um nexo direto entre: a época da explosão de bombas atômicas, a época do aparecimento dos ovnis e o tempo necessário para tais naves espaciais viajarem de seus planetas ao nosso e retornarem à sua terra natal.

Esse relatório, dirigido ao General Vandenberg, fez até a recomendação segundo a qual a Força Aérea deveria treinar pessoal especializado e competente para equacionar o fenômeno dos ovnis. Ao mesmo tempo, recomendou-se a adoção de novas técnicas de processamento, nos campos da fotografia e do radar, a fim de se obterem exatas medições dos objetos avistados.

Dessa forma, o "gato saiu do saco", considerando-se o caráter ultra-secreto, em grau
1-A,
do assunto. No âmbito do Projeto Sinal não havia mais sequer a menor dúvida de que, com muita probabilidade, os ovnis eram naves espaciais extraterrestres, em missão de reconhecimento do planeta Terra, o qual observaram e estudaram profundamente.

Será que a opinião pública deveria ser informada dessa conclusão ultra-secreta? Os colaboradores do Projeto Sinal eram de opinião que tal informação deveria ser divulgada e tentaram convencer o General Vandenberg das vantagens de uma tal divulgação imediata, ao invés de esperar até acontecer algo de irreparável.

No entanto, o general, chefe do estado-maior da Força Aérea americana, após a leitura do relatório, emitiu uma ordem contundente de "queimá-lo". Assim, evitou-se que a verdade chegasse à luz do dia. Todavia, para essa sua decisão, o general foi motivado pelas seguintes reflexões: não se poderia cogitar de inquietar o público em geral com urna conclusão de tamanha gravidade, pois isso seria totalmente inaceitável.

Além do mais, a afirmação em foco carece de toda e qualquer prova física. Afora isso, de que maneira a opinião pública deveria ser levada a compreender que nada teria a recear dos ovnis, os quais seriam inofensivos e deixariam de empreender ações inamistosas, quando nem os próprios peritos tinham certeza disso?

A divulgação de tal matéria 'provocaria pânico. Portanto, o relatório foi consumido pelas chamas — com exceção de uma cópia "esquecida" por alguém.

Continua