quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Lixo Espacial

Além de todo o lixo que é produzido aqui na terra o ser humano esta conseguindo poluir o espaço. É o chamado lixo espacial, trata-se de toneladas de pedaços de satélites, naves, estágios de foguetes e outras coisas que as missões espaciais americanas e russas deixaram no espaço, são quase 6 mil artefatos que sobrevoam o planeta.

O problema é que esse lixo representa um perigo para as estações espaciais e para o ônibus espacial e seus tripulantes. Ainda é um problema para as comunicações, pois esses destroços pode, destruir satélites, interrompendo as comunicações aqui na terra.

Quando a órbita desses corpos se aproximam muito da atmosfera terrestre eles acabem entrando na atmosfera terrestre. A maioria queima na reentrada ou cai no mar, mais pode acontecer de atingirem a terra. A probabilidade dos destroços caírem no mar é maior apenas porque o mar representa cerca de 74% da superfície terrestre e a maiorias dos continentes tem poucas áreas habitada.

Nem mesmo a lua ficou livre do lixo, as missões que pousaram no nosso satélite natural deixaram lá muitos equipamentos (assim eles traziam menos peso na volta) que hoje são apenas lixo lunar. Esperamos que as agencias espaciais passem a se preocupar mais com esse problema, que mesmo parecendo ficção e muito serio.
Lixo espacial que caiu em maio de 2000 na Cidade do Cabo, acredita-se tratar-se de um tanque de combustível de um foguete americano Delta 2.
















Circular Astronômica - Eclipse Total da Lua

Circular Astronômica
Eclipse Total da Lua
28 de Agosto de 2007
http://www.uranometrianova.pro.br/circulares/circ0030.htm

Simuladores de Órbita

Quando o satélite orbíta a Terra em uma órbita altamente elíptica, você pode facilmente ver como ele reduz de velocidade quando se move para longe da Terra, e como ele aumenta de velocidade quando se aproxima da Terra. É um efeito similar a quando você atira uma bola para o alto. A bola reduz de velocidade enquanto sobe até sua altura máxima, e aumenta de velocidade quando cai.

Nesta simulação da Segunda Lei de Kepler, o satélite é conectado ao centro da Terra por uma linha reta. Observe a área varrida por esta linha. Quando o satélite está longe da Terra, esta linha é longa e o satélite se move devagar. Quando o satélite está próximo da Terra, a linha é curta e o satélite se move rapidamente. O comprimento da linha e a velocidade do satélite são tais que, em qualquer parte da órbita do satélite, a linha varre a mesma área em um mesmo intervalo de tempo.

Veja a imagem em animação:
http://astro.if.ufrgs.br/Orbit/orbit2.htm



Planeta Extrasolar é Capaz de abrigar vida?

Prof. Renato Las Casas (30/04/07)

Nos últimos dias (final de abril/07) temos lido e ouvido no rádio; jornal; televisão; internet; etc.: -Descoberto um planeta extrasolar capaz de abrigar vida. Creio que deveríamos ser mais prudentes ao fazermos tal afirmativa. Seria mais prudente dizermos (e pensarmos): -Obtidos indícios da existência de um planeta extrasolar no qual não podemos descartar a possibilidade da existência de condições para abrigar vida.

Ofuscamento

Vermos um planeta orbitando uma estrela (que não o Sol) é equivalente a vermos , à noite, um mosquitinho dando voltas em torno de uma lâmpada de poste acesa, a alguns quarteirões de distância. Não conseguimos ver o mosquitinho (mesmo com um binóculo ou telescópio!) porque a forte luz da lâmpada ofusca tudo ao seu redor. Da mesma forma a luz de uma estrela ofusca todo o seu “entorno imediato”. Isso porque a luz que vem em nossa direção diretamente da estrela é muitíssimo mais forte que a luz (também da estrela) que é refletida pelo planeta.

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Planeta Extrasolar é Capaz de abrigar vida?


Observação Indireta

Entretanto, podemos perceber a presença de um planeta em torno de uma estrela de maneiras indiretas. Por exemplo: Existem estrelas que apresentam um certo “balançar” em relação às estrelas de fundo. Como explicar esse balançar? Uma hipótese é a presença de algum corpo (que não vemos porque está ofuscado pela estrela) preso gravitacionalmente a essa estrela. Esse “balançar” que vemos é porque a estrela, assim como sua companhia, estão girando em torno de um ponto do espaço (que de certa forma representa a distribuição espacial de massa do conjunto) ao qual chamamos “centro de massa”.

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Planeta Extrasolar é Capaz de abrigar vida?


Na maioria das vezes esse balançar pode ser tão “insignificante” que para podermos percebê-lo necessitamos utilizar técnicas que necessitam de medidas cuidadosas e precisas da luz que nos chega dessa estrela. Um método que tem nos dado muitos bons e confiáveis indícios da existência de planetas extrassolares consiste na observação de desvios da luz que recebemos da estrela, hora para o vermelho, hora para o azul. (Algo semelhante ao som da buzina do carro que passa pelo nosso em uma estrada: Quando o outro carro se aproxima do nosso, ouvimos sua buzina mais aguda; quando se afasta, ouvimos mais grave.)



Quando a estrela, devido à sua rotação em torno do "centro de massa" de seu sistema planetário, se aproxima de nós, recebemos a sua luz desviada para o azul (maior freqüência); quando ela se afasta, recebemos a sua luz desviada para o vermelho (menor freqüência).

Não observamos esse fenômeno para a luz em nosso cotidiano, pois para o desvio ser suficientemente grande para ser percebido mesmo pelos mais sensíveis instrumentos são necessárias velocidades das fontes comparáveis à velocidade da luz (muitíssimo superiores às mais altas velocidades do nosso dia a dia).

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Planeta Extrasolar é Capaz de abrigar vida?

Novos Indícios

Já foram obtidos indícios de aproximadamente 220 planetas extrasolares. A maioria desses indícios foi obtida pelo método descrito acima, através de medidas espectroscópicas da luz que nos chega da estrela em torno da qual acreditamos estar o planeta.

O mais novo indício de planeta extrasolar publicado também foi obtido por essa técnica, em torno de uma fraca estrela da constelação de Libra, de nome "Gliese 581". (O nome vem do fato dela ser a estrela 581 no "Gliese Catalogue of Nearby Stars)". Essa é uma "anã vermelha"; estrela como a grande maioria (cerca de 80%) das estrelas vizinhas ao nosso sistema planetário.

Anãs vermelhas são estrelas de baixa temperatura (daí as suas cores vermelhas) e pouco brilho (dezenas de vezes inferior ao brilho intrínseco do Sol). A Gliese 581 é uma das 100 estrelas mais próximas do Sistema Solar, distando "apenas" 20,5 anos-luz de nós (a distância Terra - Sol é cerca de 0,000.016 anos-luz) e já vinha sendo "alvo" na busca por planeta extrasolar há mais de dois anos.

Em 2005, uma equipe formada por astrônomos da Suiça, França e Portugal, interpretando dados da luz dessa estrela obtidos pelo mais preciso espectrógrafo já construido (HARPS: High Accuracy Radial Velocity for Planetary Searcher) acoplado a um telescópio de 3,6 metros de diâmetro (do Observatório Europeu Austral, localizado no Chile), concluiu pela existência de pelo menos um planeta orbitando a Gliese 581. Seria um planeta gigante (do tipo de Netuno; com massa cerca de 15 vezes à massa da Terra) muito próximo à estrela central (gastando apenas 5,4 dias terrestres para orbitá-la.

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Planeta Extrasolar é Capaz de abrigar vida?

Alguns dados, não muito conclusivos, pareciam indicar a existência de pelo menos mais um planeta em torno dessa estrela. Novos dados foram obtidos, e seus resultados apresentados em artigo publicado dia 24 passado. Esses dados apresentam "fortes" indícios da existência de 3 planetas orbitando a Gliese 581.

Um deles, chamado "Gliese 581c", gastaria 13 dias terrestres para completar uma volta em torno da estrela central, estando a aproximadamente 11 milhões de km dela (a distância Terra - Sol é de aproximadamente 150 milhões de km). Essa distância pode dar a esse planeta uma temperatura superficial entre 0 e 40 oC.; sendo assim possível haver água líquida em sua superfície (condição para o desenvolvimento de vida).

Essa temperatura, entretanto, pode ser bem mais alta, caso o planeta apresente atmosfera que produza "efeito estufa". Além disso, por estar muito próximo da estrela central, efeitos de maré podem ter levado esse planeta a ficar com a mesma face constantemente voltada para ela (Assim como aconteceu com nossa Lua, que fica com a mesma face permanentemente voltada para a Terra).

Assim sendo, a face iluminada do planeta seria extremamente quente e a face escura extremamente fria. Temperaturas condizentes com água líquida só seriam encontradas na faixa intermediária entre essas duas metades do planeta. Vejam que água líquida na superfície desse planeta é apenas uma possibilidade que julgamos viável quando analisamos o brilho de sua estrela central e a distância do planeta a ela.

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Planeta Extrasolar é Capaz de abrigar vida?

O Gliese 581c estaria na região que consideramos "zona habitável" de seu sistema planetário. Existem técnicas que podem nos falar diretamente, com relativa confiabilidade, da presença de vapor d'água em um planeta extrasolar, mas para isso é necessário que o planeta passe, visto pelos nossos equipamentos, em frente à estrela central (deve haver a "coincidência" do plano da órbita do planeta não ser inclinado em relação à nossa linha de visão); o que ainda não sabemos se acontece com o Gliese 581c.

A massa do Gliese 581c deve ser pouco superior a 5 vezes a massa da Terra (Esse cálculo depende da presença de outros planetas no sistema dessa estrela e da inclinação do plano orbital desse sistema em relação a nós). Se ele for um planeta formado basicamente por rochas, seu tamanho deve ser aproximadamente 1,5 vezes o tamanho da Terra e a gravidade em sua superfície aproximadamente o dobro da gravidade na superfície do nosso planeta.

Se ele for formado basicamente por gelo, seu tamanho deve ser aproximadamente 2 vezes o da Terra e a gravidade em sua superfície por volta de 1,25 vezes à gravidade na superfície de nosso planeta. Apesar de, por enquanto, só podermos falar de condições para o desenvolvimento de vida no Gliese 581c como uma vaga possibilidade, esse possível planeta certamente "fará história".

Nos próximos anos ele não apenas será um dos objetos mais pesquisados em nossa busca por vida extraterrestre, como também já está dirigindo a atenção de vários desses pesquisadores para outras estrelas anãs vermelhas nas vizinhanças de nosso sistema planetário. Independentemente dessas pesquisas serem frutíferas ou não, a Gliese 581 trouxe novas esperanças na nossa busca por companhia no Universo!

http://www.observatorio.ufmg.br/pas75.htm

Vida Extraterrestre

Na nossa galáxia existem centenas de milhões de estrelas


Prof. Renato Las Casas e Divina Mourão (01/11/98)

A ciência acadêmica não acredita em discos voadores, mas acredita em vida extraterrestre inteligente. Segundo os cientistas, não existem evidências que amparem a idéia de seres de outros planetas visitarem a Terra nem de que exista vida inteligente no sistema solar fora da Terra. As grandes distâncias entre as estrelas e a limitação das velocidades que os corpos podem adquirir tornam extremamente improváveis tais visitas.

Nas últimas décadas, porém, têm sido travadas discussões, constantemente atualizadas, sobre a probabilidade de vida extraterrestre. Por todo o mundo, milhões de dólares anuais são gastos em pesquisas que buscam a detecção de sinais emitidos por civilizações inteligentes extraterrestres.

O grande avanço tecnológico característico de nossa época pode estar nos levando a passos largos para a detecção desses sinais que, uma vez captados, confirmando a existência de vida extraterrestre inteligente, podem vir a alterar significativamente a sociedade humana atual.

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Vida Extraterrestre

A Equação De Frank Drake

Em 1961, Frank Drake, astrônomo norte-americano, atual diretor do Instituto SETI, publicou uma equação que pretende fornecer o número de civilizações inteligentes e que desenvolveram tecnologia em nossa galáxia. Essa equação ficou conhecida como equação de Frank Drake. Sábado próximo, como acontece todo primeiro sábado do mês, o Observatório Astronômico da UFMG na Serra da Piedade (OAP) estará aberto ao público com uma programação onde dará especial atenção ao tema vida extraterrestre e a essa equação.

Simplicidade

Ao se analisar pela primeira vez essa equação, percebe-se a sua grande simplicidade. Não é necessário intimidade com as ciências exatas para entendê-la. A equação de Frank Drake fornece o número de civilizações em nossa galáxia que são inteligentes, desenvolveram tecnologia e são assim capazes de emitir sinais detectáveis por nós, assim como de detectar sinais que nós emitimos ("civilizações comunicantes"). Chegamos a esse número através da multiplicação simples de sete termos ou parcelas. A equação de Frank Drake é simples, mas chegar a valores razoáveis para cada uma dessas sete parcelas é extremamente difícil e complicado.

A Equação
N = E x P x S x V x I x T x C; onde N é o número de civilizações comunicantes em nossa galáxia; E é o número de estrelas que se formam por ano na nossa galáxia; P é a fração, dentre as estrelas formadas, que possui sistema planetário; S é o número de planetas com condições de desenvolver vida por sistema planetário; V é a fração desses planetas que de fato desenvolve vida; I é a fração, dentre os planetas que desenvolvem vida, que chega a vida inteligente; T é a fração, dentre os planetas que chegam a vida inteligente, que desenvolve tecnologia e C é a duração média, em anos, de uma civilização inteligente.

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Vida Extraterrestre

Astronomia
Encontrar valores para E, P e S é tarefa da Astronomia. Com base nas teorias atuais sobre formação de estrelas, não parece que estamos sujeitos a grandes erros se considerarmos E = 10,P = 1 e S = 1. A multiplicação dessas três parcelas nos permite dizer que, por ano, se formam 10 planetas em nossa galáxia com condições de abrigar vida.

Biologia
Encontrar valores para V e I é tarefa da Biologia. Principalmente pela falta de outra amostra para a observação da vida, que não a Terra, temos grande incerteza na atribuição de valores para essas duas parcelas. Vamos considerar que de dez planetas com possibilidades de desenvolvimento de vida, essa só se desenvolva efetivamente em um deles (V=0,1). Da mesma forma, vamos considerar que de dez planetas que desenvolvam vida, um chegue a vida inteligente (I = 0,1).

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Vida Extraterrestre

Ciências Sociais
T e C estão na área político-sócio-econômica. A incerteza na atribuição de valores para essas duas parcelas é imensa. Também aqui vamos considerar que de dez planetas que alcancem vida inteligente, um desenvolva tecnologia (T = 0,1). Por fim, qual a duração média de uma civilização comunicante? A resposta a essa pergunta também envolve algum conhecimento de Astronomia. (Note que essa pergunta está intimamente ligada ao futuro da espécie humana.

Há apenas cerca de 60 anos podemos nos intitular "civilização comunicante" e a Terra ainda poderá existir por uns 4,5 bilhões de anos, tempo de existência que ainda resta ao sistema solar.) Alguns mais pessimistas acreditam que já estamos prestes a nos auto-destruir. Alguns mais otimistas acreditam que o único limite para a nossa civilização é a destruição do sistema solar. Existe também a possibilidade de destruição de nosso planeta em uma colisão com um cometa ou meteoro. Mesmo sabendo que estamos sujeitos a um grande erro, vamos considerar C = 10 milhões.
Visão Otimista
A atribuição dos valores para as parcelas acima foi feita norteada pela ciência atual, porém, com visões bastante otimistas acerca da vulgaridade da vida no universo, de tal forma que podemos falar que estamos obtendo o número máximo possível de civilizações comunicantes em nossa galáxia. Após multiplicarmos as parcelas acima, chegamos a 1 milhão. Isso quer dizer que é possível que tenhamos 1 milhão de civilizações, só em nossa galáxia, que mais do que inteligentes, desenvolveram tecnologia e são capazes de se comunicar conosco.

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Vida Extraterrestre

O Instituto SETI

A palavra "SETI" é formada pelas iniciais de "Search for Extra Terrestrial Inteligence" (Em busca de inteligência extraterrestre). O objetivo do Instituto Seti, com sede nos Estados Unidos, é a pesquisa e o desenvolvimento de projetos educacionais relacionados ao estudo da vida no universo. O projeto é mantido pela Nasa, União Astronômica Internacional e várias instituições públicas e privadas.

A pergunta principal que se pretende responder através desse instituto - "Estamos sozinhos no universo?" - vem acompanhada de outras do tipo: Como o desenvolvimento biológico em nosso planeta se enquadra no cenário global do desenvolvimento no universo?

Inteligência é um evento raro ou comum no universo? Civilizações tecnológicas duram longos períodos ou se auto-destroem ou simplesmente desaparecem em alguns séculos, quem sabe vítimas de alguma catástrofe? Para responder a essas perguntas, o Instituto Seti realiza pesquisa em diversas áreas do conhecimento - Astronomia, Ciências da Terra, Evolução Química, Origem da Vida, Evolução Biológica, Evolução Cultural.

O Projeto Fênix

O principal projeto do Instituto Seti é o Fênix (pássaro mitológico do Egito antigo que renasce das cinzas), que se dedica à detecção e análise de ondas de rádio (na faixa de 1.000 a 3.000 MHz) vindas do espaço, procurando identificar algum sinal produzido artificialmente (por algum ser inteligente).

Para isso, o projeto Fênix gasta entre quatro e cinco milhões de dólares anualmente e utiliza os maiores radiotelescópios do mundo. Os alvos são estrelas dentro de uma vizinhança relativamente grande do Sol. Todas as estrelas observadas até hoje estão a uma distância inferior a 200 anos-luz do Sol (um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano e equivale a 9,5 trilhões de Km).

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Vida Extraterrestre

Rádio Telescópio de Arecibo (Porto Rico) - O maior do mundo

O Que São Radiotelescópios

Os radiotelescópios são grandes antenas capazes de detectar ondas eletromagnéticas com freqüência de vibração na faixa conhecida por rádio (como as ondas para transmissão de rádio e televisão e também por radares militares). Entre as estrelas há muita poeira e muito gás.

Qualquer sinal (onda eletromagnética) emitido por uma estrela vai sendo absorvido à medida que avança por esse meio interestelar. A taxa de absorção das ondas eletromagnéticas no meio interestelar varia com a freqüência da onda. Ondas eletromagnéticas na faixa rádio são pouco absorvidas, o que faz com que elas possam ser detectadas a grandes distâncias do ponto emissor.

No projeto Fênix, são detectadas ondas de rádio na faixa de 1.000 a 3.000 MHz (microondas). Se uma civilização está emitindo alguma radiação com o intuito de ser detectada por outra civilização inteligente, é possível que emita esse sinal próximo à freqüência de 1.420 Hz, que corresponde à freqüência de uma radiação natural do hidrogênio interestelar, que existe em grande quantidade por todo o universo.

Qualquer civilização inteligente deve saber disso e ter aparelhos capazes de fazer medidas nessa faixa do espectro. Existem algumas características que permitem saber se uma onda eletromagnética foi produzida por algum processo natural ou por alguma inteligência, além de sinais codificados em um ritmo, por exemplo, que seriam de fácil evidência.

Uma delas é a "largura espectral" de linhas, isto é, se estivéssemos captando um som em um rádio, por exemplo, tanto maior seria a largura espectral de uma linha quanto mais se girasse o botão de sintonia do rádio, continuando a captar aquele som. Sinais naturais têm grande largura espectral; sinais artificiais podem ser produzidos com baixas larguras espectrais. O projeto Fênix procura identificar sinais com largura espectral inferior a 300 Hz.

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Vida Extraterrestre

Enviamos Nossos Sinais?

De uma maneira não intencional, o homem tem emitido continuamente, há mais de 50 anos, sinais capazes de ser detectados fora do sistema solar, tais como ondas eletromagnéticas produzidas por transmissões de alta freqüência de rádio, televisão e radares.

Calcula-se que as nossas primeiras transmissões de televisão já devem ter alcançado mais de 100 estrelas. Uma civilização inteligente que detectar esses sinais, mesmo não decodificando-os, será capaz de obter muitas informações sobre nosso planeta e a humanidade, como períodos de revoluções e distribuição do homem sobre a superfície da Terra.

Os cientistas em geral não têm muito interesse em enviar sinais codificados para o espaço, esperando retorno, devido ao grande tempo que demorariam para receber tal retorno. A resposta a um ""Oi"" que déssemos para uma estrela que se encontra a 100 anos-luz de nós (um ano luz é a distância que a luz percorre em um ano, equivalente a 9,5 trilhões de quilômetros) demoraria 200 anos, por exemplo, para chegar.

Têm sido enviados pouquíssimos sinais codificados para o espaço, sem obedecer a nenhum programa ou estratégia; de uma maneira quase simbólica. Em 1974, foi transmitida uma mensagem do Observatório de Arecibo, em Porto Rico. Essa mensagem é uma codificação simples de uma figura descrevendo o sistema solar, os componentes importantes para a vida, a estrutura do DNA e a forma humana. Essa mensagem foi transmitida na direção do aglomerado globular de estrelas M13, que se encontra a 25.000 anos-luz da Terra.

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Vida Extraterrestre

Por Que Não Mandamos Uma Nave?
Não há possibilidade de mandar uma nave explorar planetas em torno de outras estrelas que não o Sol, pois tais estrelas estão muito distantes. "Próxima Centauro", por exemplo, a mais perto de nós, está a 4,2 anos-luz. (Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano e equivale a 9,5 trilhões de Km). Com muito otimismo, uma nave, viajando a velocidades compatíveis com a tecnologia atual, gastaria cerca de 60 mil anos para chegar à ela. Isso sem falar nos altos custos necessários ao desenvolvimento de tal projeto.

Túneis no Espaço e Viagens no Tempo
Túneis no espaço e viagens no tempo povoam o imaginário popular há anos. Com o advento da Teoria Geral da Relatividade, de Einstein, mostrando ao homem a relatividade da matéria, do tempo e do espaço, a ficção científica passou a explorar intensamente essas possibilidades.

Recentemente, em encontro no Rio de Janeiro, cientistas de todo o mundo concordaram com a possibilidade de viagens no tempo. Caso túneis no espaço e viagens no tempo sejam viáveis, seria,então, possível vencermos distâncias interestelares em intervalos de tempo compatíveis com o nosso sistema biológico?

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Vida Extraterrestre

Viagens No Tempo Não São Impossíveis
Prof. Mário Novello - CNPq / CBPF

Recentemente, cientistas de várias nacionalidades reunidos em Mangaratiba, Rio de Janeiro, para a IX Conferência Internacional de Cosmologia e Gravitação, examinaram intensamente uma novidade fantástica: a de que viagens ao passado não são proibidas por nenhuma lei da Física. Se aceitarmos a consideração de que na natureza tudo o que não é proibido de acontecer realmente acontece, segue que estamos em face de uma situação extremamente excitante.

Estas conclusões foram obtidas por cientistas de diferentes centros de pesquisa de Moscou, Copenhagen, Califórnia e do Rio de Janeiro. É bem verdade que ao mesmo tempo que conseguimos mostrar esta espantosa novidade chegou-se igualmente ao conhecimento do motivo de natureza prática que nos impede de construir um aparato que funcionaria como um verdadeira máquina do tempo.

Embora as razões disso sejam por demais técnicas para serem aqui apresentadas, podemos sintetizá-las em uma só sentença. O campo gravitacional nas vizinhanças de nossa Terra é muito fraco. Somente em regiões bem afastadas de nosso sistema solar, eventualmente em outros sistemas estelares, as condições necessárias para permitir aquela estranha viagem ao passado poderiam ocorrer.

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Vida Extraterrestre

Não deixa de ser intrigante reconhecer as razões que levaram os cientistas a essas pesquisas. Em 1949, um matemático austríaco, K. Godel, examinando a Teoria da Relatividade Geral, de Einstein, mostrou que um tal caminho ao passado seria possível.

Esse estudo de Godel foi deixado de lado durante mais de quarenta anos até que outros cientistas redescobriram esses resultados e começaram a estudá-los com as ferramentas modernas de nosso conhecimento da Física. As novidades alcançadas foram pouco a pouco vencendo as barreiras e os preconceitos no interior da própria comunidade científica e o estudo dessa questão passou a ser considerado como convencional.

Entre os diferentes resultados novos obtidos, um talvez fosse interessante de chamar a atenção aqui. Trata-se de um antigo e famoso paradoxo envolvendo a possibilidade de uma pessoa, ao voltar ao passado, influenciá-lo e eventualmente alterá-lo. Por exemplo, se ao voltar ao seu passado você impede o nascimento de seu avô, você estará inviabilizando o seu próprio futuro nascimento.

Assim aparece a contradição: Como você não poderia ter nascido, então quem voltou ao passado? Essa questão, que tem tradicionalmente ocupado os pensadores de diferentes épocas, adquiriu uma fascinante resposta apresentada pela Física Moderna. Mas essa é uma questão que deixarei para um outro lugar.

http://www.observatorio.ufmg.br/pas05.htm

Sonhos Lúcidos

O que é uma experiência onírica consciente?
Cleber Monteiro Muniz

Uma experiência onírica consciente é um tipo especial de sonho: aquele no qual a pessoa que dorme compreende que está sonhando (Harary & Weintraub, 1993). Também conhecida como sonho lúcido (Eeden, 1913), a experiência onírica consciente vem sendo cultivada em muitas culturas ao longo da história.

Os povos orientais (Tarab Tulku XI, 2001), antigos e primitivos, bem como certos grupos religiosos atuais (Kelzer, 2001), desenvolveram muitas formas de alcançá-la. Normalmente, o ego sonhador não sabe que sonha e toma as cenas oníricas como se fossem do mundo exterior.

Em um sonho lúcido, essa confusão não existe. A consciência humana tem o poder de despertar intra-oniricamente, ou seja, de fazer com que acordemos dentro de um sonho passando a um estado de lucidez semelhante ao vígil . Aqui, a palavra "sonho" é usada para designar as vivências que temos à noite, enquanto estamos dormindo na cama, e das quais algumas vezes nos lembramos quando acordamos pela manhã.

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Sonhos Lúcidos

Não estaremos utilizando essa palavra como sinônimo de "devaneio","ilusão" ou "algo que não existe" mas para designar o contato direto com o mundo imaginal. Todos temos um mundo interno, feito de imaginações, anelos e desejos. Esse mundo interno é psíquico e energético. Não é denso e fixo como o mundo externo porém é, à sua própria maneira, concreto e real (Jung, 1984).

Quando adormecemos, as percepções do mundo exterior cessam e adentramos ao reino interior (Mendes, 1998). As vivências sob tal estado são os chamados sonhos. Infelizmente, quase sempre viajamos através do mundo onírico inconscientemente e não percebemos que estamos em um mundo paralelo ao vígil.

Quando aprendemos a exercitar corretamente a consciência, isto é, o fator psíquico que nos permite prestar atenção e nos manter em alerta natural, podemos viajar pelos mundos interiores com plena lucidez, o que é muito melhor do que ter alucinações por drogas ou por indução hipnótica.

No sonho lúcido, experienciamos a nós mesmos como estando localizados em um mundo intelectualmente concebido como irreal ou não pertencente à realidade física ordinária (Tart, 2001). Podemos obter sonhos lúcidos por meio de procedimentos especiais. A vasta literatura existente apresenta muitas técnicas pretensamente indutórias de tal estado mas nem todas tiveram sua segurança e eficiência testadas cientificamente (Price, 2001).

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Sonhos Lúcidos

A consciência educada para manter a lucidez durante o sono corporal proporciona vivências e sensações incríveis:

1) Podemos assimilar informações depositadas no inconsciente e passar por experiências arquetípicas. A consciência intra-oniricamente desperta pode trazer o conhecimento contido na psique inconsciente à existência vígil.

2) O medo da morte diminui (Lange, 1997). O espectro da morte é resignificado quando nos descobrimos íntegros e vivos enquanto o corpo físico dorme na cama.

As experiências oníricas conscientes são, antes de tudo, experiências humanas. São exóticas para nossas normas culturais (Tart, 2001) e algumas vezes assumem a forma de experiências religiosas ou esotéricas mas, antes disso, são experiências psicológicas. Por tal motivo, os cientistas não devem ter preconceito com relação às mesmas e nem rechaçá-las.

Algumas possibilidades experiências que se abrem. A compreensão da fenomenologia e dos processos de indução do sonho lúcido nos lança às portas de um novo mundo. É uma descoberta equivalente à de Cristóvão Colombo (Kelzer, 2001). A construção de caminhos para experiênciar a dimensão interior desconhecida por via direta, literalmente adentrando ao que está muito além da consciência ordinária, vem permitindo que exploremos o vastíssimo mundo onírico.

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Sonhos Lúcidos

Há uma total diferença entre a exploração direta e a indireta. Apesar de importante, a análise do processo onírico sem a participação da consciência no nível imediato de sua manifestação não nos permite a realização de testes que visem revelar detalhes da natureza do mundo misterioso.

O estudo da psique inconsciente a partir de recordações de vivências internas sob estado de baixa ou nula lucidez não fornece o mesmo tipo de contato proporcionado pelos sonhos lúcidos e não nos conduz às mesmas revelações. Teorias influenciadas pelo esoterismo afirmam que o mundo dos sonhos é o mesmo mundo dos mortos.

A investigação direta no nível onírico pode nos revelar, por meios similares aos que utilizamos na vida comum para elucidar dúvidas, se isso corresponde ou não à verdade (Eeden, 1913). Não obstante, devemos manter "a guarda alta" e preservar um sentido altamente crítico com relação às cenas noturnas que se desenrolam ante nossa consciência.

Devemos nos lembrar que somos exploradores em um mundo desconhecido. A negligência com relação a este aspecto fará com que percamos o senso de realidade e tomemos literalmente as imagens arquetípicas, caindo vitimados por crenças misticóides.

URBAN, P., Jung e a Parapsicologia in
www.amigodaalma.com.br

Jung e a Pesquisa Psi

Mônica de Camargo
Inter Psi / CENEP / COS / PUC-SP


Jung nasceu na Basiléia, Suiça. De origem humilde e filho de pastor luterano, desde sua infância Jung guardava interesses incomuns a garotos de sua idade, despontando para um caminho voltado ao auto- conhecimento e à pesquisa da natureza do psiquismo humano.

Formou-se médico psiquiatra e foi discípulo de Freud, do qual separou-se após divergências teóricas. Seguindo suas próprias idéias em relação ao funcionamento do mundo mental formulou a Psicologia Analítica. Jung valorizava o universo de acontecimentos interiores como a parte mais significativa da realidade, sendo este a fonte de seu maior interesse e o material a partir do qual formulou os conceitos da Psicologia Analítica.

O conteúdo de suas vivências e das de seus pacientes demarcaram um campo de estudos e investigação que outros cientistas e teóricos do mundo mental não contemplavam. Desde cedo, Jung entrou em contato com experiências de natureza parapsicológica, ou que até então não poderiam ser explicadas cientificamente.

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Jung e a Pesquisa Psi

Embora imbuído de espírito científico, ele não descartou o material de sua experiência, rica em ocorrências de telepatia, clarividência, precognição e psicocinesia, pela impossibilidade da aceitação acadêmica imediata de tais fenômenos. Outrossim, despontou como um pesquisador destas questões, às quais lançou a luz da compreensão através dos fundamentos de sua Psicologia Analítica.

Ao seis anos, teve uma experiência inquietante, observando, durante algumas noites, uma figura luminosa, cuja cabeça se separava do pescoço, vinda do quarto de sua mãe. Nesta ocasião, o casamento dos pais passava por dificuldades e Jung sentia uma onda de mistério e temor envolvendo a figura materna.

Ainda criança, conviveu com um avô que tinha crenças espíritas e conversava diariamente com o espírito da finada esposa. Mais velho, cursando a faculdade, durante o período de férias que passava na casa de sua mãe, ocorreram dois fenômenos de natureza Poltergeist, isto é, eventos de ordem física sem causas lógicas conhecidas que pudessem explicá-los.

Um deles foi a rachadura de uma mesa maciça de nogueira, sem que houvesse uma ação física sobre ela ou mesmo condições climáticas que pudessem causar tal evento. O outro foi o rompimento da lâmina de aço de uma faca, em três partes, dentro de uma gaveta da casa, sem que qualquer pessoa a tivesse forçado para tal.

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Jung e a Pesquisa Psi

Estas ocorrências causaram em Jung profundas impressões e influências, principalmente pela falta de explicações na ciência de então. Em seu livro de memórias ( JUNG, C.G. - Memórias, sonhos e reflexões. Reunidas e editadas por Aniela Jaffé, Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1995, 17. Edição ) , Jung conta uma situação curiosa, na qual, em uma festa de casamento, acabou relatando detalhes indiscretos da vida de um dos convidados que nunca vira.

Relata, ainda, os impactos de uma visão premonitória da guerra mundial de 1914, que teve em 1913, ponderando que, por não ter compreendido logo de início a natureza precognitiva de tais visões, temeu estar adoecendo psiquicamente, invadido por conteúdos do inconsciente.

Também no trabalho clínico, na relação com seus pacientes, Jung observava ocorrências de natureza extrasensorial e, não raro, bastante oportunas e significativas para o bom desenvolvimento do tratamento em questão. Neste sentido, conta o caso de um paciente de quem havia tratado uma depressão e, mesmo sem notícias sobre ele, pressentira o momento de seu suicídio através de sensações correlatas; que ele pôde avaliar, posteriormente, terem ocorrido simultaneamente ao ato do ex-paciente.

Nota-se, na trajetória de Jung, o profundo interesse que nutriu por ocorrências de natureza extrasensorial, abundantes em sua experiência pessoal, e a seriedade com que ele buscou abordar tais questões, buscando observá-las sob o crivo da ciência. Jung não deixou de se opor aos colegas céticos que simplesmente desconsideravam fenômenos que não pudessem ser reconhecidos e aprovados como tal pelas ciências da época.

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Jung e a Pesquisa Psi

Este tema também foi fonte de discordância entre ele e Freud e prenunciou a divergência teórica entre eles. Intrigantemente, no dia em que Jung esteve no consultório de Freud para conversar sobre suas observações a respeito da extra- sensorialidade, em meio ao acirramento da tensão e divergência entre eles, ocorreram, em uma estante, estalos repetitivos e pressentidos por Jung; o que, embora tenha surpreendido Freud, não foi por ele considerado como prova imediata da existência de fenômenos anômalos.

Outrossim, falando sobre o tema posteriormente, atribuiria o ocorrido às condições climáticas e ao material da estante. Dada à inexistência de modelos teóricos para explicar e abarcar tais tipos de ocorrências, em diversos momentos, Jung conduziu estudos, entendendo serem tais aspectos profundamente instigantes e reveladores da alma humana.

Ao descobrir familiares envolvidos na prática do espiritismo, acompanhou semanalmente sessões espíritas durante dois anos, o que encerrou ao descobrir atitudes fraudulentas da médium. Suas observações sobre estas sessões embasaram uma tese. Em 1950, decidiu colocar no papel o resultado de suas experiências e observações sobre acontecimentos que não obedeciam ao princípio da causalidade. Escreveu, assim, o livro "Sincronicidade".

Os eventos de natureza extra-sensorial foram compreendidos à luz dos fundamentos da Psicologia Analítica e, no decorrer de sua obra, Jung estabeleceu correlações entre a os conceitos e as observações e experiências neste campo. Exemplo disso também pode ser visto nas reflexões de Jung sobre os resultados positivos encontrados por Rhine em experimentos de precognição, nas quais Jung expõe como os conceitos de sua psicologia dariam conta de compreender e explicar este tipo de ocorrência.

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Jung e a Pesquisa Psi

Jung foi um amplo e profundo conhecedor da filosofia e outras ciências, o que referenciou suas próprias descobertas, experiências e raciocínio científico. Dentre os cientistas conterrâneos, tinha grande admiração pelos trabalhos de Rhine a respeito de precognição, chegando a indicá-lo para o prêmio Nobel, tanto pela relevância que atribuía à temática escolhida por ele, como pelo caráter experimental de sua pesquisa.

Aos estudiosos de fenômenos Psi, mostra-se particularmente interessante, na abordagem dos fenômenos parapsicológicos por Jung, sua recusa por um modelo de transmissão de energia, em vigor em algumas correntes científicas da Pesquisa Psi atual. Em seu pensamento, a telepatia e demais experiências extra-sensoriais estão ligadas a um instinto, a uma capacidade da mente humana.

Os fenômenos psi são contemplados pela Psicologia Analítica como manifestações dos arquétipos do Inconsciente Coletivo. Chamados por Jung de eventos sincronísticos, obedecem não ao princípio de causalidade admitido em geral pela ciência, mas sim ao que ele denominou princípio de sincronicidade.

Jung não só admitiu a existência dos fenômenos dando-lhes nome, mas inseriu-os no corpo de sua teoria como o fez com os sonhos. Sendo o principal discípulo de Freud, sua teoria baseia-se também no conceito de inconsciente. Também para ele a estrutura da psique compõe-se de conteúdos conscientes e inconscientes; no entanto, aqui o inconsciente não se resume a conteúdos individuais reprimidos ou esquecidos pela consciência, mas algo mais abrangente, que contém a memória de um passado ancestral, da consciência da humanidade através dos tempos.

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Jung e a Pesquisa Psi

Foi preciso criar um novo conceito para o que entendia ser o inconsciente. Assim como nossa consciência, também o inconsciente é composto de conteúdos individuais e coletivos. À porção formada de nossa experiência individual Jung denominou Inconsciente Pessoal e à outra, mais profunda, chamou de Inconsciente Coletivo .

O Inconsciente Coletivo, igual para todos nós, compõe-se do que é chamado de arquétipos, que são "fatores formais responsáveis pela organização dos processos psíquicos inconscientes" e que nos fornecem os padrões de comportamento para as diversas situações de vida que experimentamos, representando a possibilidade de determinados tipos de percepção e ação.

Os arquétipos revelam-se através de imagens e fantasias e correspondem a nossas reações instintivas. Há aqui uma idéia que nos importa em particular, a de que o inconsciente se manifesta. Manifesta-se nas imagens dos sonhos, fantasias, delírios; permitindo-nos observar sua existência.

A forma de manifestação dos arquétipos que nos interessa é a sincronicidade; cujo conceito foi definido com base na experiência clínica e pessoal de Jung e também da observação dos experimentos de Rhine, assim como no conhecimento que tinha do livro do I Ching, recém traduzido por seu amigo Wilhem, da filosofia oriental e ocidental, desde os gregos até a alquimia da idade média e finalmente também da ciência dos séculos XIX e XX, dos físicos contemporâneos de quem recebeu influência e a quem influenciou.

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Jung e a Pesquisa Psi

Partindo da discussão sobre o princípio de causalidade, Jung definiu que a sincronicidade consiste de eventos acausais, aparentemente sem conexão. Em seu livro Sincronicidade diz: "O princípio da causalidade nos afirma que a conexão entre causa e efeito é uma conexão necessária. O princípio da sincronicidade nos afirma que os termos de uma coincidência significativa são ligados pela simultaneidade e pelo significado".

Desta forma, a ênfase é dada ao estado psíquico da pessoa que experimenta o fenômeno. A coincidência não se dá apenas entre fatos objetivos, mas tem relação profunda com a afetividade (e portanto com a manifestação de um arquétipo, que é o que provoca o afeto). Aliás, para Jung, sem a presença do fator afetivo nada disso ocorre, o afeto é "uma das condições com base nas quais o fenômeno pode mas não deve acontecer".

Além de considerar os fenômenos psi mais comumente discutidos, Jung também ocupou-se com a união mente-corpo como o principal acontecimento sincronístico. E há ainda a questão da relatividade psíquica do tempo e do espaço em que a sincronicidade nos coloca. Jung remonta ao surgimento da noção de tempo, inexistente em alguns povos primitivos.

Trata-se de uma construção de nossa consciência – que podemos inclusive observar ao acompanhar o crescimento de uma
criança. Não vou me alongar nestas questões, embora sejam importantes, nosso tempo só permite este breve e enxuto resumo.

Termino com a definição do conceito. Os eventos sincronísticos são coincidências de um estado psíquico do observador com um acontecimento externo objetivo e são basicamente de três tipos:

• Simultâneo
• Mais ou menos simultâneo e fora do campo de percepção do sujeito,ou seja, espacialmente distante
• Distante no tempo, ou seja, acontecimentos futuros.

Disco- voador ecológico...

Projeto não deve chegar para o uso na aviação comercial até o ano 2020



"Disco-voador ecológico" irá transportar 125 passageiros a 852Km/h
Do VoIT

Pesquisadores da Universidade Delft, na Holanda, projetaram um avião "ultra-ambientalmente correto", no formato de um disco voador. O motivo para tal substituição é o fato de que o desenvolvimento das aeronaves como conhecemos chegou ao limite da economia em emissão de poluentes.

Segundo os pesquisadores, com a utilização de novos formatos e materiais mais leves (como este disco-voador), será possível reduzir a emissão de poluentes na atmosfera em até 50%. Os pesquisadores afirmam que não é razoável esperar que esse novo avião, seja lá qual for o seu aspecto, decole comercialmente antes de 2020. O projeto foi nomeado CleanEra, e de acordo com a equipe, conhecida como DELcraFTworks, este conceito será difundido em novos projetos.




Professora opera braço robótico para expansãode ISS

Bárbara Morgan, 55, primeira professora a embarcar em um ônibus espacial desde a tragédia do Challenger, em 1986, está participando ativamente da missão da Nasa na ISS (Estação Espacial Internacional). Ela ajudou operar o braço robótico utilizado na expansão da estação.

Ela e Tracy Caldwell, especialista de missão, operaram o equipamento a partir do Endeavour, enquanto o piloto Charles Hobaugh e o engenheiro de vôo Clay Anderson controlaram outro dispositivo na ISS.

O objetivo é instalar uma nova plataforma de estocagem externa. Bárbara se juntou ao corpo de astronautas da Nasa em 1998 como especialista de missão, depois de dois anos de formação e avaliação.

O objetivo dessa missão, que terá 14 dias de duração, é levar e instalar na ISS uma nova seção metálica de 1,58 tonelada e do tamanho de um pequeno automóvel. Uma vez concluída a tarefa, a estação irá medir 108 metros. Os astronautas substituirão também um dos quatro giroscópios defeituosos da estação, além de instalarem uma plataforma exterior de armazenamento de cerca de 3,3 toneladas. A ISS é um projeto de US$ 100 bilhões do qual participam 16 países.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u319929.shtml