quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Missão vai procurar planetas fora do sistema solar

A primeira missão espacial em busca de planetas como a Terra deverá ser lançada nesta quarta-feira de Baikonur, no Cazaquistão.

O projeto foi liderado pela agência espacial francesa, Cnes, mas também envolveu outros países, incluindo o Brasil. Batizada de Corot, a espaçonave é a primeira capaz de detectar planetas fora do Sistema Solar, apenas algumas vezes maior do que a Terra.

"Nós deveremos ter condições de detectar (planetas) duas vezes maior do que a Terra", afirmou o professor de astronomia na Universidade de Londres e representante da Agência Espacial Européia no comitê científico Corot.

O menor planeta fora do Sistema Solar encontrado até hoje é cinco vezes maior do que a Terra. Estima-se, entretanto, que a Corot possa detectar centenas de planetas menores assim como outros muito maiores enquanto vasculha o espaço.

A Corot deverá ser lançada por um foguete Soyuz-2-1b a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 12h43 de Brasília de quarta-feira. A espaçonave será levada para a órbita polar, a 827 quilômetros da Terra, onde começará a procurar campos estelares. A duração prevista da missão é de aproximadamente dois anos e meio.

Fora do Sistema Solar
Cientistas esperam que a missão amplie o seu conhecimento sobre planetas do tamanho da Terra que estão fora do Sistema Solar. A identificação desses planetas é considerada crítica na busca por eventuais formas de vida extraterrestre.

O primeiro planeta "extrasolar" foi observado em 1995, quando dois astrônomos do Observatório de Genebra detectaram um planeta orbitando a estrela 51 Pegasi, a uma distância de 50 anos-luz. Desde então, foram descobertos 209 planetas em 170 sistemas solares e o número aumenta a uma média de dois por mês.

Monitorar estrelas
"Nós esperamos 25 anos para lançar uma missão dessas no espaço", disse Ian Roxburgh, professor de astronomia na Universidade de Londres e representante da Agência Espacial Européia no comitê científico Corot.

Segundo Roxburgh, a missão também servirá para "monitar um número significativo de estrelas para descobrir como elas são no interior e como evoluem ao longo do tempo".

Além do Brasil, participam da missão Áustria, Espanha, Alemanha, Bélgica e a Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês). A França assumirá 75% do custo do projeto, estimado em US$ 221 milhões.










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