segunda-feira, 16 de abril de 2007

Porque os UFos preferem a noite...

Existem padrões na manifestação UFO? Esta pergunta tão velha começou a ser formulada assim que o acúmulo de relatórios permitiu que se capacitasse fazer um estudo estatístico das aparições aéreas. Estudos e mais estudos foram feitos por diversos centros particulares de pesquisa sobre UFOs, conseguindo coligir modelos da sua manifestação. O que vem de interesse aqui são as estatísticas para o período do dia em que os UFOs são vistos. Hynek, depois de alguns anos do fim do projeto Blue Book da USAF em 1969, revisou inúmeros dos casos relatados à Força Aérea durante os seus 22 anos de atividade envolvida na temática. Dos 640 casos de Não-Identificados, 42% deles eram da categoria de Discos Diurnos e 38% das Luzes Noturnas, o restante preenchia as outras categorias. O próprio astrônomo se admirou que a categoria Luzes Noturnas não estivesse encabeçando a lista, visto que todos os outros estudos de centros civis de pesquisa, até então, apontavam neste sentido.

Entretanto, as estatísticas gerais não estavam mentindo, os UFOs ainda eram mais vistos à noite. A classificação de Hynek tinha sérios problemas neste sentido, como exemplo, muitos casos de discos visto à luz do dia e que também foram radarizados ou casos de contatos próximos com humanóides e também radarizados podiam se alocar em duas categorias ao mesmo tempo, o que conseqüentemente uma das duas iria sofrer um desfalque e uma amputação de registros. Essa falha na arquitetura da classificação podia ser o responsável por camuflar os dados estatísticos.

Antes do trabalho de Hynek, um outro sistema de classificação de UFOs já havia sido criado pelo astrofísico e cientista da computação Jacques Vallee, junto com o ufólogo francês Aimé Michel e o astrofísico Pierre Guerin nos anos de 1961 e 62. Este sistema visava perpetrar um estudo sistemático para o aglomerado de relatos providos da onda de UFOs na França em 1954. As categorias criadas foram quatro, denominadas de Tipo I até Tipo IV. Posteriormente em 1966, Vallee aplicou seu sistema para casos franceses e norte-americanos na tentativa de encontrar um padrão na distribuição de tempo diário das aparições...E encontrou! Dentro de uma amostragem de centenas de casos, Vallee publicou em seu livro Challege to Science: The UFO Enigma referindo-se que "as observações de aterrissagem de UFOs [categoria Tipo I] ocorrem durante o dia somente raramente, entre 6:00 e 18:00 horas.

Ao pôr-do-sol há um súbito aumento na freqüência de observações, sendo que o ápice é atingido quase que imediatamente". Essas visões de pousos iam decaindo no correr da noite, mas apresentavam um segundo pico de ocorrências pela madrugada, chegando a zero por volta das 6:00 horas. As observações que respondiam pela categoria Tipo III criada pelo astrofísico, a de UFOs no céu executando movimentos irregulares ou somente parados, ocorriam em grande maioria no período das 18:00 às 24:00 horas. Os picos de atividade desta categoria estavam centrados entre 20:00 e 21:00, decaindo também no avanço da noite. Durante o dia existia pouca manifestação ufológica desta classificação.

Por outro lado, os avistamentos do Tipo IV, UFOs no céu em movimento contínuo, ocorriam com maior freqüência durante o dia, alcançando o auge ao se aproximar do pôr-do-sol. Em uma amostra de seiscentos casos da categoria Tipo IV, 60% deles foram de avistamentos entre o período das 17:00 às 23:00 horas. Os casos do Tipo II, UFOs em formato cilíndrico, não entraram neste estudo por apresentarem um número alto de "ruído".

CONTINUA

Nenhum comentário: