terça-feira, 18 de setembro de 2007

E a Nave Vem

Com tudo isso, compreende-se por que ver um OVNI é fácil o difícil é fazer com que alguém acredite. No Brasil, os únicos que levam tais visões a sério são os grupos de estudos ufológicos. "De cada dez pessoas que fazem parte desses grupos, treze são piradas", brinca o engenheiro eletrônico Ricardo Varela, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), referindo-se à salada de místicos, curiosos e visionários de todo tipo que se abrigam nas sociedades ufológicas.

O engenheiro Varela, que trabalha no lançamento de balões à estratosfera, até que se interessa pelos OVNIs uma exceção no meio científico. Pois, sob o argumento de que não trata de fatos comprovados, a discussão do assunto passa ao largo das universidades e instituições de pesquisa.

Os cientistas reagem com impaciência, até mesmo com desagrado, às sugestões de estudos ufológicos. "Qualquer coisa que se disser sobre o assunto é puro chute ou crença pessoal", afirma o astrofísico Roberto Boscko, da USP. Ele acredita que boa parte dos astrônomos pensa em disco voador "como sinônimo de pilantragem".

Mas por que os OVNIs despertam uma reação tão violenta? Afinal, ver um deles não significa automaticamente entrar de sócio no fã-clube dos discos voadores indica apenas alguma coisa incompreendida. E numa época em que satélites humanos se afastam dos limites do sistema solar com mensagens do planeta Terra, seria natural que a ciência estudasse a possibilidade de algo parecido "do lado de lá" até para derrubar, uma a uma as histórias de discos, se for o caso.

Continua

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