terça-feira, 18 de setembro de 2007

Seu brilho máximo, segundo as estimativas da época, foi equivalente ao dos planetas Júpiter e Vênus. Em fins de março de 1605, após sete meses durante os quais apresentou oscilações de brilho, deixou de ser visível. O surgimento da estrela nova foi antecipado em 17 de dezembro de 1603 por um belo e raro fenômeno de grande importância astrológica:

A conjunção tríplice dos planetas Júpiter e Saturno, que, além de ter fascinado a mente mística de Kepler, lhe sugeriu a idéia de que a estrela de Belém estivesse relacionada com uma conjunção análoga. De fato, após longos cálculos, Kepler concluiu que no ano
748 de Roma, ou seja, no ano 6
a.C., ocorreu um fenômeno astronômico semelhante, que poderia ter anunciado o aparecimento da Estrela.

Uma conjunção tríplice não é, como a princípio sugere o nome, uma a aproximação de três planetas, mas a sucessão de três conjunções de dois planetas num curto período. Durante a conjunção de dois astros, as suas coordenadas celestes atingem valores quase idênticos num determinado instante.

Numa linguagem popular poderíamos dizer que a conjunção é a aproximação aparente de dois astros. Para Kepler, a grande conjunção não substituiu na realidade a estrela dos Magos, como lhe atribuem vários autores. Segundo as concepções aceitas na época, os fenômenos celestes influenciavam os acontecimentos terrestres ou eram sinais dos mesmos.

Continua

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