segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Nova classe de supernova sai reforçada

O Sol
É a estrela nossa vizinha, que se encontra no centro do Sistema Solar. Trata-se de uma estrela anã adulta (dita da seqüência principal) de classe espectral G. A temperatura na sua superfície é aproximadamente 5800 graus centígrados e o seu raio atinge os 700 mil quilômetros, é um objeto muito estável e não explode sozinho. Contudo, se uma anã branca tiver uma companheira próxima, poderá arrancar gás a essa companheira, crescer para lá de uma massa.

Massa.
A massa é uma medida da quantidade de matéria de um dado corpo crítico, e por fim explodir. Simulações de computadores de remanescentes da supernova Tipo Iam mostram que a explicação mais viável para estes dados de raios-X é o cenário no qual estas anãs brancas explodem em ambientes muito densos.

Isto sugere que as estrelas que evoluíram para estas anãs brancas tinham uma massa mais elevada do que se esperava, porque se sabe que as estrelas de maior massa expelem mais gás para a sua vizinhança.

“Sabemos que quanto mais massa tem uma estrela, mais curto será o seu tempo de vida”, disse Kazimierz Borkowski, da Universidade Estatal da Carolina do Norte, nos EUA. “Se uma estrela dessas também pudesse começar a arrancar matéria da sua companheira numa fase inicial, então esta estrela poderia ter uma vida curta e explodiria passados apenas 100 milhões de anos – muitos menos que outras supernovas Tipo Ia”.

Outras equipas já tinha encontrado evidências para este tipo de supernova através de observações ópticas, mas a distâncias maiores, onde não é possível sondar o ambiente da explosão estelar. Estes novos dados representam exemplos próximos deste novo tipo de supernova. “Ainda precisamos saber mais acerca dos detalhes destas explosões visto serem uma ferramenta tão importante no estudo da cosmologia”, disse Stephen Reynolds, também da Universidade Estatal da Carolina do Norte.(A luminosidade)

A luminosidade
É a quantidade de energia que um objeto celeste emite por unidade de tempo e em determinado comprimento de onda, ou em determinada banda de comprimentos de onda das explosões de supernova Tipo Ia é praticamente constante de estrela para estrela, o que as torna uma ferramenta muito útil na determinação de distâncias. Os astrônomos têm usado a observação de supernovas Tipo Ia para estudar a expansão acelerada do cosmos.

Cosmos.
O conjunto de tudo quanto existiu, existe e alguma vez existirá. A larga escala, o Universo parece ser isotrópico e homogêneo causado pela energia escura. Se as supernovas Tipo Ia puderem ocorrer mais rapidamente, como é sugerido neste estudo, então as supernovas Tipo Ia poderão ter existido muito mais cedo na história do Universo do que se pensava anteriormente, permitindo o estudo da expansão do Universo ainda mais jovem. Claro que há a possibilidade das supernovas Tipo Ia precoces terem propriedades distintas das supernovas Tipo Ia e não serem úteis da mesma forma na determinação de distâncias. Os investigadores estão agora à procura de outros remanescentes de supernova, mais próximos, na própria Via Láctea.

Via Láctea.
A Via Láctea é a galáxia de que faz parte o nosso Sistema Solar. Trata-se de uma galáxia espiral gigante, com um diâmetro de cerca de 160 mil anos-luz e uma massa da ordem de 100 mil milhões de vezes a massa do Sol, para ver se estas poderão ser exemplos desta nova classe. Por exemplo, a famosa supernova observada por Johannes Kepler em 1604 poderá ter sido uma supernova do Tipo Ia precoce.

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