sábado, 28 de fevereiro de 2009

Dr. Luciano Stancka: a psiquiatria na Ufologia -V



As hipóteses sobre atividades alienígenas na Terra

Se os grays são assim tão avançados quanto pensamos, e conhecem tão bem a biologia e a engenharia genética para fazerem clonagens perfeitas, além de terem a tecnologia suficiente para viajarem distâncias hoje inimagináveis, por que precisariam de animais inferiores como nós como fontes de órgãos?

Com certeza, de tão avançados, não existe o que eles precisam que não possam os próprios produzir. Se são capazes de manipular o DNA, o tempo e o ainda espaço, não é plausível que não consigam resolver problemas que nós mesmos, hoje, já estamos resolvendo. Enfim, a hipótese é tentadora, mas falta uma peça neste quebra-cabeças.

A hipótese de que somos animais inferiores.
Como fizemos antes, vamos novamente recorrer a uma pequena comparação com nossa sociedade para entendermos melhor esta outra teoria. Este entendimento é base para a teoria que aqui apresentamos. Os seres humanos, desde que se destacam dos outros seres vivos, se consideram superiores.

“Deus fez o homem a sua imagem e semelhança”, está na Bíblia. “Deus colocou os animais na Terra para nos servir”, idem. Nós mesmos nos consideramos superiores uns aos outros, usamos e abusamos de outros seres – e até mesmo de outros humanos – com a justificativa que é para um abstrato “bem maior”.

Prendemos ursos em gaiolas na China e extraímos sua bílis para o processamento de um remédio que não temos certeza se funciona. Tiramos os olhos do boto cor-de-rosa para servir de amuletos contra azar. Arrancamos a machadadas a mão de gorilas para servirem de cinzeiros sofisticados.

Exterminamos e quase extinguimos os elefantes apenas para ter lucro financeiro com suas presas de marfim, e fazemos o mesmo com baleias, que dão uma suculenta sopa. E muito mais! Ainda assim, nos consideramos mais evoluídos que nossos reféns!

Há aquelas outras situações em que pessoas bem-intencionadas buscam ajudar certas espécies de animais, impedindo-as de serem exterminadas. Mas mesmo sem querer prejudicá-los, ainda assim interferem em sua sociedade, em sua vida. É para um bem a estes animais que se faz isso, mas será que eles também pensam assim?

Se o homem conclui que num determinado local há poucos elefantes, basta tirar uns bichos de onde há abundância e colocá-los onde falta. Quando uma espécie passa dos limites e se reproduz demasiadamente, é só introduzir métodos anticoncepcionais pra controlar sua volúpia.

Se uma raça está em perigo de extinção, pegamos seu sêmen e óvulos e congelamos, para usá-los mais tarde. Claro, em nenhum desses casos perguntamos aos animais se eles querem ou permitem que façamos tais coisas. Afinal de contas, por mais evoluídos que sejamos em relação a eles, ainda não temos capacidade de comunicação com essas espécies.

E se tivéssemos, será que eles entenderiam por que queremos controlar sua população, evitar sua extinção ou melhorar sua vida? Ou ainda, será que eles achariam essas coisas tão importantes como nós? Ora, somos tão superiores que sabemos o que é melhor para eles, entendemos o mundo muito melhor e a opinião deles não interessa mesmo...

Fazemos o que fazemos com animais que repartem o mesmo planeta conosco mas, quando falamos em abdução, o tema nos revolta. Somos abdutores por excelência durante toda nossa existência, basta que se veja qualquer documentário sobre o mundo animal. Esse é o ponto da questão.

E se olharmos um pouco mais longe, mais para cima ou na direção do espaço, faremos outras descobertas e encontraremos novas possibilidades de vida. A julgar pelo que descobriremos, no entanto, talvez vejamos seres supostamente mais avançados que agem muitas vezes tão primitivamente quanto nós.

Ou cujas ações, por mais bem-intencionadas que sejam, não nos é compreendida. Se é que estas ações são tão benévolas quanto gostaríamos que fossem... Vamos imaginar por um momento que a raça humana foi a primeira em todo o universo a adquirir consciência.

Estamos desesperadamente procurando por outras formas de vida lá fora, sendo que a ciência já admite que formas de vidas mais simples possam viver em alguns planetas ou luas de nosso próprio Sistema Solar. Alguns estudos dizem que em ambientes parecidos com o terrestre a vida pode se desenvolver até chegar a produzir seres mais complexos, assim como aqui.

E imaginemos que consigamos encontrar planetas que já tenham vida em determinados estágios e em constante evolução, seja sozinha ou com um empurrão tecnológico de nossa parte. Será que resistiríamos à tentação de abduzir alguns espécimes dessa nova forma de vida, como fazemos com nossos animais terrestres?

Não tenho dúvidas que isso é mais do que uma possibilidade. Numa analogia muito apropriada, será que antes de nós não existiu outra civilização, que pudesse ter passado por um processo parecido com o nosso e que, na busca por conhecimento, tenha descoberto nosso mundo em seu “começo de carreira”?

Não teríamos nessa uma explicação mais plausível para os relatos de abdução? Como em nossa sociedade existem várias motivações para abduções internas, elas também estariam presentes nas atividades de civilizações mais avançadas. Mas se a abdução existe, e isso é fato, deve ter uma razão. Nossos visitantes não viriam até aqui apenas para brincar e perturbar o ser humano.

No entanto, talvez os motivos das abduções sejam mais simples do que imaginamos ou, em certos casos, do que queremos. Nossos abdutores podem apenas e simplesmente estarem vivendo sua vida como bem entendem, fazendo aquilo que acham certo, e no processo acabam interferindo em nossa sociedade da mesma forma como nós interferimos na dos animais que estudamos.

Talvez nossos visitantes espaciais tenham as mesmas dúvidas e anseios que nós: o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Por que deveríamos achar que eles detêm o segredo da vida e da existência? Se assim fosse, de nada serviriam as abduções.

Enfim, é possível que estejamos atribuindo a eles uma divindade tal qual um indígena que nunca viu a civilização atribui a nós. Pode ser muito mais glamurosos nos acharmos uma peça importante dentro do esquema universal, e tal importância se reflete em sermos usados em abduções para uma finalidade significativa.

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