quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Evolução Do Pensamento Ufológico -VIII

Uma maneira seria esquadrinhar rapidamente todo o céu em busca de sinais. Outra, mais demorada, procuraria contato diretamente com os alvos mais promissores. A NASA pretende usar grandes radiotelescópios, como o já citado de Arecibo, para passar um pente fino por cerca de mil estrelas parecidas com o Sol, catalogadas pela União Astronômica Internacional, e portanto candidatas em potencial a possuírem sistemas planetários.

Na escala do Universo isso é menos que uma insignificância: corresponde a décima parte de
1
por cento do espaço conhecido. De seu lado, para completar a pesquisa, o Jet Propulsion Laboratory de Pasadena pretende usar o pente grosso, fazendo uma varredura total do céu com os mesmos radiotelescópios usados normalmente no rastreamento das sondas espaciais.

Segundo o astrônomo Michael Klein, encarregado dessa parte do projeto, em sete anos teremos dado um passeio completo pelo céu à procura de sinais extraterrestres. Mas nem tudo nessa pesquisa será feito nos Estados Unidos.
Desde o começo do ano, astrônomos argentinos estão aprendendo como funciona o META, na Universidade de Harvard. Eles pretendem usar o radiotelescópio de 40 metros de diâmetro, instalado em Vila Elisa, a 40 quilômetros de Buenos Aires, para sintonizar estrelas parecidas com o Sol, cuja a radiação só pode ser captada no hemisfério sul.

O Brasil, no entanto, não vai usar nesse projeto a antena de
13,7 metros de diâmetro do rádio-observatório do INPE, em Atibaia, São Paulo. Embora possa ser sintonizada na freqüência de 1.666
megahertz, aquela do poço de água, a antena do INPE não tem a mesma sensibilidade dos receptores maiores.

Ainda assim já serviu para a busca de sinais extraterrestres. Há dois anos, o astrônomo William Vilas-Boas captou ondas de rádio vindas de uma das estrelas da constelação de Fornax, a
20
anos-luz da Terra. Com o auxílio do radar da Aeronáutica da Barreira do Inferno, em Natal, as emissões foram retransmitidas em outubro passado para o ponto de origem, como quem diz mensagem recebida.

Como os sinais de rádio viajam à velocidade da luz, só em
2008
, ou seja, vinte anos depois, os eventuais habitantes de um eventual planeta ao redor de uma estrela da constelação de Fornax estarão recebendo os sinais retransmitidos pelo astrônomo brasileiro. Essa, aliás, é uma das ironias da comunicação em escala cósmica.

Tome-se, por exemplo, o caso da TV, que os astrônomos consideram o mais potente transmissor da Terra. Vai demorar ainda algum tempo até que os habitantes de um planeta distante possam assistir ao programa Notícias da Terra, transmitido no dia
26
de dezembro último pela rede americana ABC especialmente para ETs, mas que também pôde ser visto nos Estados Unidos.

Continua

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