sábado, 26 de maio de 2007

Raios cósmicos podem devastar vida na Terra

Richard Muller, físico da Universidade da Califórnia em Berkeley, descobriu a existência do ciclo de 62 milhões de anos, em pesquisas nas quais contou com a colaboração de um aluno, Robert Rohde. “Passamos um ano procurando por possíveis mecanismos”, disse Muller. “Fiquei atônito quando descobri que Medvedev e Melott haviam obtido sucesso quanto a um ponto em que fracassamos, e os congratulo por isso".

Nosso sistema solar viaja pela Via Láctea, uma galáxia em forma de disco, em um complicado circuito que leva cerca de
225
milhões de anos para ser concluído. Em intervalos regulares, o percurso do sistema o faz cruzar a fina porção central do disco, para baixo ou para cima. O Sol atinge sua maior distância quanto ao plano central da galáxia a cada 62 milhões de anos.

Todo o disco galáctico, enquanto isso, se arremessa pelo gás quente que o envolve a uma velocidade de cerca de
200
quilômetros por segundo. “O movimento da Via Láctea não começa pela borda, como o de um Frisbee”, diz Melott. Em lugar disso, explica, ele se processa pelo ponto mais largo, como uma torta arremessada contra o rosto de alguém.

A nova teoria sugere que os raios cósmicos são gerados continuamente devido a uma onda de choque no ponto em que o perímetro “norte”, ou a frente, da galáxia colide com os gases que a envolvem. À medida que o Sistema Solar ascende para além do plano central, ele se destaca como se fosse uma cereja no topo da torta galáctica, ou seja, fica mais próximo à fonte de radiações cósmicas.

“Ficamos mais expostos à frente de choque quando estamos ocupando posição do lado norte do disco galáctico”, explica Melott. Ao mesmo tempo, ele acrescenta, o Sistema Solar recebe menos proteção dos poderosos campos magnéticos que formam um escudo contra a radiação cósmica na densa porção central da galáxia.

Continua

Nenhum comentário: