quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Como reconstruir o genoma neandertal

Ainda que os pesquisadores, incluindo Pääbo, conseguissem extrair o DNA dos ossos, o código genético completo seria difícil de mapear devido à confusão gerada pelos espaços vazios na cadeia e de uma contaminação em potencial.

Mas, por meio da análise do DNA disponível, Pääbo descobriu que os danos ocorrem principalmente em certas ligações da cadeia e no final de algumas moléculas. Além disso, esses danos nas ligações são provavelmente uma confusão na interpretação da citosina (C) por tiamina (T) ou guanina (G) por adenina (A) – as bases nitrogenadas que formam o DNA.

“O dano parece estar limitado a esses dois tipos de mudança e, os cientistas acreditam que outras variações podem ser reconhecidas como diferenças genuínas entre as seqüências antigas e as modernas” explica John Hawks, paleoantropólogo da University of Wisconsin em Madison.

Com essas informações em mãos, os pesquisadores devem conseguir reconstruir o genoma do neandertal, ou até quem sabe de mamutes, ursos das cavernas ou qualquer outra criatura extinta daquele período usando muito menos amostras de DNA para concluir o trabalho, evitando assim a destruição de fósseis para a preparação de amostras para a análise.

Continua

Nenhum comentário: