terça-feira, 11 de setembro de 2007

Jerome Clark é o entrevistado do CUB

CUB- Depois de todos estes anos estudando o fenômeno UFO, o que você aprendeu?
JC - A pesquisa e a escrita que me levou para o projeto da enciclopédia me ajudou a focar meus pensamentos e a notar pequenos e súbitos aspectos que tinha escapados de minha percepção anteriormente. Para mim, o fenômeno ainda guarda uma questão intelectual para ser vista em uma fria distância analítica, não como um item de compromisso emocional de uma forma ou de outra. Tenho vários outros interesses que persigo, e a ufologia é apenas um deles. Sou capaz de guardá-los em outra perspectiva em outras palavras.

Em minhas observações existem um núcleo do fenômeno que para todas as aparências envolvem uma tecnologia avançada mais um fenômeno secundário – geralmente confundido com o primeiro – que é puramente experimental e subjetivo, e provavelmente ligado há vários séculos de testemunhas e tradição de uma crença sobrenatural.

É minha visão que é possível para alguém se submeter numa experiência vivida aonde os índices são dados formados por expectativas culturais sobre o encontro com o além, mesmo se esta experiência (sua vivência não fundamentada) não seja um fato. Mais ainda, talvez muitas das experiências anômalas ocorram em um tipo de zona limite aonde coisas são e não são e aonde a sensação da “realidade” e a “imaginação” sejam indistinguíveis.

Falta-nos até mesmo vocabulário para discutir essas coisas, então nos as chamamos de “visionárias”, o que é meramente descritível e não uma explicação. E olha que não estou falando de outras “dimensões”. Isto é uma experiência com a larga e o jogo da consciência humana talvez determinando um papel.

Continua

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