sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Detectando Desígnio Na Natureza - 7

Uma vez que se classificam como “naturais”, nem sequer poderia existir um modo de demonstrar que os muros de pedra são o produto da força das inteligências de gerações de agricultores. Restringir a ciência às explicações naturais cria uma expectativa razoável de que sejam atribuídas propriedades à natureza que, em realidade, a natureza pode não ter, e o fenômeno que foi classificado erroneamente como natural continuará mantendo equivocadamente essa classificação por mais que mude a nossa compreensão do funcionamento da natureza.

O único modo em que a ciência pode determinar se os muros de pedras são o produto de processos naturais ou inteligentes é admitir a possibilidade de que seres inteligentes intervieram na sua construção. Uma vez tendo sido admitidas causas inteligentes, a ciência pode avaliar as provas, determinar se os muros cumprem ou não os critérios de um projeto inteligente e tirar conclusões lógicas.

Se não se admite a possibilidade da intervenção inteligente, a ciência do estudo dos muros se converte em algo dogmático. O mesmo se aplica quando se estuda a vida ou outros fenômenos. Se devemos determinar se a vida é o produto de causas inteligentes ou naturais, não podemos desprezar a possibilidade de um projeto inteligente antes de começar a nossa
investigação.

Porém, com isso surge de novo o problema do natural contra o artificial. Se a natureza não é natural, não pode ser chamada de natureza. Por outro lado, os mecanismos artificiais, tais como as máquinas, funcionam de acordo com leis naturais e não graças à magia.

Uma vez construídos, os muros de pedras são tão naturais como qualquer outro monte de pedras. O que lhes faz perder as suas características naturais é o fato de que existe algo mais além das ações normais e mecânicas da natureza que são responsáveis pelo alinhamento das pedras.

Continua

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