sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Onde Estão todos os outros?

Frank Drake, pioneiro no uso de radiotelescópio para a detecção de eventuais mensagens das estrelas

Para que esta empreitada não seja como buscar agulha em palheiro é decisivo escolher a freqüência de rádio correta, daí os primeiros projetos se concentrarem nos 1420 MHz (21 cm), a chamada linha do hidrogênio, radioemissão natural mais bem conhecida emitida pelo elemento químico mais comum do Universo. Outras "freqüências mágicas", como o "buraco d'água" (emissões do H e do OH) também foram investigadas, mas atualmente, com os avanços técnicos disponíveis, são possíveis varreduras em janelas bem mais amplas do espectro de rádio.

Quatro décadas de busca, porém, não parecem ter sido suficientes, pois até hoje nada foi encontrado. Isso pode significar que não há nada, como temem alguns. Mas podem indicar que essa procura não é algo simples e direto. A ausência de sinais de civilizações extraterrestres não prova que elas não estejam lá, que não tenham estado, ou que não venham a estar um dia, mas é profundamente incômoda, como as sereias de Kafka, que -têm uma arma ainda mais fatal que seu canto, que é o seu silêncio - (do conto "O Silêncio das Sereias", de Franz Kafka).

SETI@home : participação popular na pesquisa CENTO E SETE SEGUNDOS DE SINAIS DE RÁDIO REGISTRADOS em uma banda com 2,5 milhões de Hz de largura centrada no "buraco d'água" (1420 MHz) e cobrindo ponto a ponto (setores de 0,1o X 0,6o) cerca de 1/3 de toda a abóboda celeste. Nisto consiste o mais importante projeto Seti da atualidade, realizado na antena de Arecibo, em Porto Rico.

O problema da interpretação destes registros supera, em muito, as eventuais dificuldades em fazê-los. A quantidade de informação bruta acumulada para se analisar é espantosa e exigiria muito tempo de processamento, mesmo com os melhores e maiores computadores disponíveis.

Continua

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