sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Onde Estão todos os outros?

As imagens da sonda Galileu na segunda metade dos anos 1990 revelaram surpreendentes detalhes dessa lua glacial, com padrões possivelmente causados por sucessivos derretimentos e movimentos das placas de gelo, cuja explicação pode residir na existência de um oceano líquido por baixo da capa glacial.

Isso, apesar de ainda não inteiramente comprovado, é perfeitamente possível se considerarmos que Europa, devido à excentricidade de sua órbita, sofre um forte efeito de maré gravitacional de seu planeta-mãe, Júpiter. Como conseqüência, Europa deve possuir um núcleo metálico quente e fundido que serviria de base para alguma atividade geológica submarina.

A prospecção do oceano de Europa não é tarefa simples e vem cercada de uma série de cuidados para evitar contaminação por microorganismos terrestres. Estudos preparatórios estão sendo feitos na Antártida (ver "Exobiologia na Antártida") onde há lagos enormes aprisionados sob quilômetros de gelo há milhões de anos, como o Vostok.

Também estão sendo testados robôs submarinos autônomos junto às fumarolas submarinas de Lo-ihi, no Havaí. Com as lições de Vostok e Lo-ihi, estaremos preparados para perfurar a calota de Europa em busca de evidências de vida, mas isto não deve ser levado a cabo antes da segunda década deste século. DOS ENIGMAS DE EURORA, UMA DAS QUATRO GRANDES LUAS DE JÚPTER.

Europa, uma das luas de Júpiter descobertas por Galileu em
1609
, pode ter um oceano profundo encobrindo um núcleo rochoso, com uma superfície gelada como os mares polares na Terra. Perfurar a camada de gelo e mergulhar um robô no oceano de Europa pode abrir uma nova fronteira para a compreensão da natureza e da diversidade da vida.

Continua

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