quinta-feira, 12 de julho de 2007

Antimatéria



Por Bob Berman

Se a antimatéria não existisse alguém teria de criá-la, pois ela é extremamente fascinante. Prevista pelo brilhante físico Paul Dirac em 1928 - e descoberta por Carl D. Anderson, da Caltech, em 1935 -, a antimatéria se parece com a matéria ordinária e atua exatamente como ela.

Mas deixe que ela toque em qualquer coisa: matéria e antimatéria desaparecem numa ex-plosão que libera a máxima energia possível. É fácil entender, pois a antimatéria é como a matéria comum, exceto que todas as cargas elétricas são invertidas. É como se um demiurgo incompetente de uma outra dimensão acidentalmente tivesse trocado os cabos. No centro dos antiátomos se escondem antiprótons com carga negativa, em vez de positiva. Elétrons positivos - pósitrons - orbitam os antiprótons.

Quando o Universo surgiu, há 13,7 bilhões de anos, quantidades iguais de matéria e antimatéria devem ter sido criadas. Colisões aconteceram o tempo todo naquele ambiente congestionado e turbulento. Quando a poeira assentou, o resultado deveria ter sido um empate cósmico. No entanto, não foi isso que aconteceu.

Continua

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