domingo, 16 de setembro de 2007

O mistério da castátrofe de Tunguska

Tudo indica que o romance de Kasanzev foi interpretado como código para fatos até então secretos e suas opiniões tornaram-se tão populares que publicou, em diversas revistas científicas, artigos de fundo no qual detalhava porque não poderia ser um impacto de um meteorito e porque imaginava que uma explosão nuclear na atmosfera teria sido a causa.

O ponto central de sua argumentação foi a disseminação de ondas de pressão no foco a partir de bombas atômicas detonadas a elevadas alturas, que explicariam as árvores desgalhadas deixadas de pé em alguns locais da catástrofe. Efeitos semelhantes ele pôde observar em Hiroshima pouco antes.

Outro esteio de sua teoria é o surgimento de uma tormenta magnética de duração curta incomum, de apenas
5 horas
. Tais fenômenos realmente só foram observados até agora após a ignição de armas atômicas. O mundo científico, a partir daí, caracterizou-se por vários anos por uma disputa, onde os astrônomos tradicionais continuavam a partilhar das opiniões de Kulik, enquanto que cientistas mais jovens e os cientistas soviéticos inclinavam-se para as teorias de Kasanzev.

Hoje, meio século depois, está claro que o mérito de Kasnazev está na retomada do debate sobre Tunguska e na contribuição para o reconhecimento de que os corpos de Tunguska devem ter explodido no ar a uma altura de mais de
6
quilômetros.

Demoraria ainda até o ano de
1958
até que nova expedição visitasse a região da catástrofe. Foi organizada pelo "Comitê de Meteoritos" da Academia de Ciências e foi dirigida pelo geoquímico K.P. Florenski, chegando à conclusão de que o episódio não poderia Ter como causa um meteorito.

Continua


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